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MAR - Museu de Arte do Rio

Como é visitar o Museu de Arte do Rio – MAR, no Rio de Janeiro

O Museu de Arte do Rio (ou ‘MAR’) é um museu público municipal inaugurado em 2013 à época das iniciativas para revitalização da região portuária do Rio de Janeiro, bem na zona central da cidade. Antes abandonada e sem atrativos, a região se tornou presença obrigatória no roteiro de 10 entre 10 viajantes que visitam a cidade. Nessa região, fica também o Museu do Amanhã e seu ambicioso projeto arquitetônico, do qual falamos nesse outro post.

Falando em projeto arquitetônico, o MAR ocupa dois prédios históricos da cidade, interligados por uma espécie de plataforma: o Palacete Dom João VI, tombado e eclético, e um antigo terminal rodoviário, de estilo modernista.

“Os dois prédios que formam a instituição são unidos por meio de uma praça, uma passarela e cobertura fluida, em forma de onda – o traço mais marcante da caligrafia dos arquitetos – transformando-os em um conjunto harmônico” (Site do MAR)

No antigo palacete (a direita da foto) ficam as salas de exposição do museu. Já o prédio vizinho (a esquerda da foto) é o espaço da Escola do Olhar – projeto com foco na formação de educadores da rede pública de ensino. Eu diria que a visita ao Museu já começa admirando o exterior do Museu e toda a região do entorno, que ficou realmente muito interessante. 🙂

A partir da nossa experiência pessoal no museu, fizemos esse post contando como é visitar o Museu de Arte do Rio – MAR, com todas as dicas e informações práticas do que fazer por lá – incluindo um delicioso café da tarde no Cristóvão Café & Bistrô, que fica no andar térreo do museu. 🙂

Início da visita

Após adquirir o ingresso na bilheteria, você é orientado a pegar um elevador que fica situado no prédio da Escola do Olhar e subir até o 4° andar, onde fica a entrada para as exposições do museu. Porém, dependendo do horário, recomendamos que você vá até o último andar logo de início e aproveite a cobertura. É onde há um terraço e também o Restaurante Mauá. Lá de cima do terraço, a vista deixa qualquer um boquiaberto, tamanha beleza, especialmente se for ao cair da tarde já com o pôr do sol se aproximando.

Circuito de Exposições

Mas vamos falar do acervo e de como é a visita pelos espaços internos do museu. De acordo com o site oficial, o MAR nasceu com o propósito de fazer uma “leitura transversal da história da cidade, seu tecido social, sua vida simbólica, conflitos, contradições, desafios e expectativas sociais”. O museu tem atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais, conforme recomenda a UNESCO.

As exposições em si são modificadas de tempos em tempos, mas vamos contar os detalhes de uma das visitas que fizemos ao MAR, para dar uma boa ideia de como é o museu.

“Dja Guata Porã | Rio de Janeiro indígena”
Já falamos ali em cima que a visita “oficial” se inicia pelo 4° andar do prédio à esquerda, onde, após as catracas de validação do ingresso, você se depara com um extenso corredor em declive. Na verdade é uma rampa, por onde a gente desce e chega aos espaços expositivos. Na nossa visita, a rampa estava ambientada com som e uma cor vermelha intensa, dando esse efeito incrível na foto.

Essa instalação sonora que já recebe os visitantes na passarela de acesso ao Pavilhão de Exposições faz parte da mostra permanente “Dja Guata Porã | Rio de Janeiro indígena”, localizada no 3° andar.

MAR: exposição "Dja Guata Porã | Rio de Janeiro indígena”
MAR: exposição “Dja Guata Porã | Rio de Janeiro indígena”

A mostra foi constituída com a colaboração de povos, aldeias, movimentos e indígenas que residem no estado e na capital carioca e tenta provocar uma reflexão sobre a realidade indígena no Rio de Janeiro, contando com 260 peças divididas em vários núcleos.

MAR: exposição "Dja Guata Porã | Rio de Janeiro indígena”
MAR: exposição “Dja Guata Porã | Rio de Janeiro indígena”

Cada núcleo apresentar aspectos importantes da vida dos indígenas, da espiritualidade à economia no Rio de Janeiro. De fato, percorrer as galerias por entre as obras permite que a gente se aproxime um pouco da realidade do índio que aqui viveu.

“Lugares do delírio”
Nas galerias seguintes, percorrendo os demais andares do museu, a gente chegou a outra exposição: “Lugares do delírio”. Essa mostra apresentava cerca de 150 trabalhos – entre instalações, mapas, performances, pinturas e objetos – de diversos artistas, entre eles alguns diagnosticados com algum transtorno psíquico. É dessa forma que esta mostra busca trabalhar uma reflexão política e ética sobre loucura e arte.

MAR: exposição "Lugares do delírio"
MAR: exposição “Lugares do delírio”

E se a intenção é fazer a gente refletir, com certeza a meta foi alcançada. A experiência de andar por entre as obras e interagir com aquelas que se propõem a isso nos faz pensar sobre a realidade e o modo como compreendemos o que nos rodeia.

MAR: exposição "Lugares do delírio"
MAR: exposição “Lugares do delírio”

“A intenção é colocar em suspenso a delimitação entre o normal e o dito “louco”. A arte e a loucura têm em comum a força de transformação da realidade e isso está representado na exposição”, explica a curadora Tania Rivera, que é psicanalista e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF).

MAR: exposição "Lugares do delírio"
MAR: exposição “Lugares do delírio”

Quanto custa?

O valor do ingresso é de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia entrada). Porém, como a maioria dos museus, há sempre um dia gratuito no mês ou semana. No MAR a entrada gratuita acontece sempre às terças-feiras.

Há ainda o Bilhete Único dos Museus que dá direito ao MAR e ao Museu do Amanhã. Nesse caso, o valor para os dois museus fica: R$ 32 (inteira) e R$ 16 (meia-entrada). Dá até pra comprar online pelo site, mas o ticket precisa ser trocado na bilheteria.

Quanto tempo leva a visita?

Na visitação, percorrendo todos os espaços e galerias do museu, levamos pouco menos de uma hora. Circulamos pelos espaços, caminhando e parando para observar com calma as obras que mais nos chamavam atenção e fazer fotos. No total, ficamos de 1 hora e meia a 2 horas no museu, contando o tempo de admirar a vista do terraço ao cair da tarde e fazer umas fotos e depois de percorrer o acervo, mais uma paradinha para saborear um café da tarde completo no Cristóvão Café e Bistrô.

MAR: vista do terraço
MAR: vista do terraço

Quando ir?

O MAR funciona de Terça a Domingo, das 10h às 18h – mas com a última entrada às 17h. Se você tiver uma boa flexibilidade de datas, logicamente a Terça-Feira seria o melhor dia, por ter entrada gratuita. Entretanto, justamente por isso, pode acontecer de ficar mais cheio, mas nada que inviabilize a visita. Dificilmente o MAR fica tão cheio quanto o vizinho mais famoso, o Museu do Amanhã.

Em relação ao horário, em geral quanto mais perto do por do sol, mais bonita fica a vista do terraço. Por volta das 16/16h30 é o melhor horário para fazer sua visita com calma e depois ainda aproveitar o entardecer na região.

Como chegar?

O MAR fica no Centro do Rio de Janeiro, em uma região bem abastecida de opções de transporte. Por isso, é super fácil de chegar utilizando a infra-estrutura de transporte público da cidade, conforme indicado no próprio site do museu. Eles ainda sugerem: “Evite ir de carro”. E a gente assina embaixo. Quando recebo amigos do Rio Grande do Sul ou minha família, sempre optamos pelo transporte público ou aplicativos de táxi e carona.

Museu de Arte do Rio | MAR
Endereço: Praça Mauá, 5 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20081-240
Telefone: (21) 3031-2741

Vale a pena visitar o Museu de Arte do Rio | MAR?

E vale a pena visitar o MAR? Sim, vale a pena. É bem provável que o turista com pouco tempo acabe optando pelo Museu do Amanhã, mas basta se programar um pouquinho que dá para aproveitar o mesmo dia e visitar tranquilamente os 2 museus.

O acervo do MAR é bem diferente do Museu do Amanhã, retratando parte da história do Rio de Janeiro, ajudando a perceber que há mais movimentos e habitantes nesse pedaço de Brasil do que a gente está acostumado a conviver na rotina do cotidiano ou ler nas notícias dos jornais.

Isso tudo em um experiência que mistura a vista lá de cima do terraço das belas paisagens da orla do Porto e um aconchegante café coado diretamente na caneca acompanhado de delícias que só o Cristóvão Café e Bistrô serve! Muito amor por esse lugar. 🙂


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Escrito por
Augusto
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