Com 150.000 habitantes, a encantadora e histórica cidade de Dijon, famosa mundialmente por sua mostarda, é uma das paradas obrigatórias para quem faz a rota dos Grand Crus da Borgonha, na França. Há muito o que fazer em Dijon, e em nosso roteiro de 2 dias pela Borgonha, escolhemos a cidade como “base” para uma das noites que passaríamos nessa região.
Situada mais ao norte, Dijon é a maior cidade, sendo a capital do departamento da Côte D’Or e da Borgonha como um todo. Para quem planeja passar ao menos uma noite pela Borgonha, Dijon oferece ótimas opções de hotéis e restaurantes. A proximidade em relação a Beaune e a diversas cidades e vilarejos como Nuits-St.-George, Vosne-Romanee, Vougeot e Musigny (especializados na produção dos vinhos mais intensos e complexos da Borgonha, em sua maioria tintos da uva pinot noir) torna a localização privilegiada para explorar as belezas dessa região repleta de história, de vinhedos e de construções medievais.
Para conhecer um pouco da cidade de Dijon, em especial o seu centro histórico, é recomendável passar ao menos 1 dia completo por lá. O centro histórico mencionado pode ser explorado totalmente a pé por exemplo, mas nós achamos que vale muito dedicar um tempinho maior para conhecer com a calma outras áreas da cidade e dedicar a atenção que Dijon merece. Ficou curioso para saber o que fazer em Dijon, na Borgonha? Então dá uma olhada no nosso roteiro de 1 dia por Dijon, a “Capital da Borgonha”, na França.
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Roteiro de 1 dia em Dijon | O que fazer em Dijon
Chegamos a Dijon de carro por volta de 12h30, depois de passar a manhã toda por Beaune e pelos vilarejos da Rota dos Vinhos da Borgonha, incluindo uma paradinha no Château Clos de Vougeout. Ainda com o carro alugado, fizemos o check in no Grand Hotel La Cloche, deixamos as malas e fomos devolver o carro no escritório da Hertz que por acaso ficava ali pertinho. Com toda a parte “burocrática” resolvida, começamos a explorar a cidade – não sem antes uma paradinha para o almoço no estrelado restaurante William Frachot onde aproveitamos uma das melhores coisas de Dijon: sua gastronomia e os vinhos da Borgonha. 🙂
Após o almoço caminhamos pela Rue des Forges, uma das principais da cidade, em direção ao ‘Office de Tourism de Dijon’. O motivo? Tínhamos reservado um passeio pela cidade a bordo de um segway! Isso mesmo, rsrsrsrs. Sabe o que é um segway? Dá uma olhada aí nas fotos pra entender.
A gente na verdade nunca tinha andado de segway na vida, mas vimos uns vídeos sobre o passeio no site oficial do turismo em Dijon e a Chai super se empolgou de pagarmos esse “mico” juntos. Hehehehe. O tour se chama “Balade en Segway“, e existem 3 opções de itinerários possíveis (todos de 1h30 de duração e com preços a partir de 20€ por pessoa): Dijon “Centre historique”; Dijon “Allées du Parc” e Dijon “La Coulée Verte”. O itinerário é escolhido no próprio dia, em função tanto do seu interesse quanto também das condições climáticas e da cidade como um todo (ex: em dias em que o centro está muito cheio de pessoas, não é recomendado fazer o tour pelo centro histórico). No nosso caso, fizemos o Dijon “Allées du Parc”, que vai até o parque onde fica localizado o Lago Kyr, um dos maiores da cidade.
Para quem nunca tinha andado de segway, de fato é possível aprender a usar o básico bem rapidamente. E depois que pega o jeito é até divertido. Mas pensando pelo lado de quem quer observar bem o caminho e as paisagens, ainda prefiro andar a pé ou de bike. O foco em não fazer besteira andando de segway acabou me distraindo um pouco. 🙂
[Nota da Chai: Eu adorei a aventura e depois de um tempo você já está pilotando o negócio no instinto. Super curti o passeio e consegui ver tudo do parque 😀 ]Após essa “aventura” inicial, estávamos com 1 hora e meia livres até a próxima “atração” agendada (a subida a Torre Philippe Le Bon, que contaremos mais adiante). Aproveitamos esse tempo pra passear livremente pelo centro histórico de Dijon.
Por volta de 17h30 voltamos novamente para o Office de Tourism para fazermos a subida guiada a Tour Philippe Le Bon, uma torre original do século XV de onde se tem uma vista privilegiada de toda a cidade de Dijon do alto de seus 46 metros (e muitos degraus).
A subida não é tão puxada quanto outros monumentos franceses que oferecem o mesmo tipo de atividade, como o Arco do Triunfo ou a Catedral de Notre-Dame em Paris. Durante a subida, o guia faz algumas breves pausas para contar um pouco da história da torre e da cidade como um todo – e a gente aproveita pra respirar, é claro! 🙂
Mesmo com o tempo bem fechado e até com momentos de chuva, a subida vale a pena e a vista compensa. Toda a atividade (subir, ver a vista e descer) leva no total cerca de 45 minutos, e o valor cobrado é quase simbólico (a partir de 3€ por pessoa).
Logo após descer da torre, aproveitamos para conhecer o Palais des Ducs, antigo palácio dos Duques da Borgonha onde atualmente funciona o Musée des Beux-Arts (museu de belas artes). Como faltavam só 30 minutos para o museu fechar (o horário de visitação é até as 18h), conhecemos o local apenas por fora e deixamos a visita propriamente dita para a manhã do dia seguinte. Ah, um detalhe importante: sabe quanto custa a entrada ao museu? Nada, é gratuita! 🙂
Apesar da chuva, o dia ainda estava claro (no verão em Dijon e em toda a França a noite cai somente pelas 21h30) e como não tínhamos mais nenhum “compromisso” até o jantar, lá fomos nós explorar um pouco mais da cidade. A chuva era um estímulo para procurarmos atrações em locais fechados, então aproveitamos para conhecer por dentro a Igreja de Notre-Dame e também algumas lojas tradicionais da cidade, como a clássica Millière e a Edmond Fallot Moutarderie. Infelizmente os preços no geral eram meio salgados, então ficamos só olhando (e aproveitando as provinhas que eram oferecidas, hehehe).
Depois de um tempo vimos que a chuva não ia dar trégua e fomos para o hotel descansar um pouco, tomar banho e trocar de roupa para o jantar. Foi o tempo suficiente pra chuva quase parar, e pudemos ir caminhando com o guarda-chuva do hotel até o restaurante Stéphane Derbord (que infelizmente mudou de nome e de dono, então não temos informações se mantém a qualidade).
No caminho, tanto na ida quanto na volta, aproveitamos para conhecer um pouco mais da cidade a noite, onde a iluminação dá uma atmosfera ainda mais incrível às ruas e construções. Passamos pela Place de la Libération, Place du Theatre, Porte Guillaume (o antigo portão de entrada da cidade) e pelo charmoso cinema Le Darcy todo iluminado.
Dia seguinte: manhã em Dijon
No dia seguinte, acordamos bem cedo para aproveitar ao máximo os últimos momentos das nossas 24 horas dedicadas a conhecer Dijon. Como estávamos hospedados na Place Darcy, fomos direto conhecer o agradável Parque Darcy e passear novamente pelos arredores da praça.
Na sequência fomos em direção aos locais históricos e turísticos que ainda não havíamos visitado. E a melhor forma de fazer isso em Dijon é seguindo o ‘Parcours de la Chouette‘, ou o Percurso da Coruja. O Percurso da Coruja é uma sugestão de percurso a ser feito a pé pelo centro de Dijon, passando pelos 22 principais pontos turísticos e referências históricas da cidade. Cada um desses 22 pontos é sinalizada por uma placa numerada de metal em formato de seta com o símbolo da Coruja.
Os números fazem referência a um mini-guia com as explicações de cada um desses pontos turísticos e que pode ser adquirido no Office de Tourisme. A ideia é que seguindo esse caminho você conheça o básico da cidade e termine a sua visita justamente… na Coruja! Sim, existe uma coruja de fato, em pedra, esculpida na lateral da Igreja de Notre-Dame. A Coruja na verdade é pequena e bem desgastada pela ação do tempo. O mais interessante de fato é essa forma lúdica e original que criaram para estimular a circulação por todo o centro da cidade. 🙂
Como o Percurso da Coruja é inteiramente livre, nós optamos por não passar por todos os 22 pontos turísticos pois já havíamos visto vários deles em outros momentos. Dessa forma, cortamos caminho para ver o que faltava na nossa lista e, claro, a coruja!
O caminho nos levou a Place Grangier, onde fica um antigo e imponente prédio dos correios.
Demos uma passadinha também no Les Halles de Dijon, que é o mercado público da cidade. A gente adora visitar esse tipo de mercado, e só é uma pena o fato de não podermos comprar quase nada dali pra trazer pro Brasil.
Dali seguimos finalmente pela Rue de la Chouette, onde encontramos finalmente a misteriosa Coruja, símbolo da cidade de Dijon.
Como ainda tínhamos um tempinho até o almoço e a viagem de trem de volta a Paris, fizemos um walking tour guiado organizado pelo office de tourisme, o Dijon Découverte. O tour durava cerca de 1h30, justamente o tempo que tínhamos até a nossa reserva para o almoço. Nossa guia foi uma simpática senhora espanhola, que além do espanhol mandava um ‘portunhol’ bem tranquilo de entender. 🙂
Com ela visitamos uma das lojas da Moutarde Maille, uma das mais conhecidas do mundo quando se fala de mostarda de Dijon. E ao contrário de custarem uma fortuna como aqui no Brasil, lá os preços são bem acessíveis, e a vontade é comprar a loja inteira. Tem até um sistema onde a pessoa leva o próprio pote de casa (ou adquire na loja) e eles enchem com a mostarda da sua escolha, tipo um refil de mostarda. Demais!
O mais bacana de fazer o tour guiado logicamente são as explicações. Nós já havíamos passado pela Rue des Forges, uma das principais do centrinho de Dijon. Mas a guia nos contou a história dos principais prédios, como essa farmácia bem antiga e com estilo enxaimel bem diferente do restante da cidade e a Maison Maillard, um Hôtel Particulier construído no século XVI (uma mansão que sempre pertenceu a uma mesma família).
O tour se encerrou com uma visita ao Palais des Ducs, onde funciona o Musée des Beaux Arts (lembra que passamos por lá no dia anterior mas deixamos a visita para depois?). Lugar incrível por dentro e por fora, e com entrada gratuita. Imperdível!
Encerramos a visita na hora marcada para o almoço, em um simpático bistrô que escolhemos em pesquisas pela internet, o La Fine Heure. Local agradável e informal, com ótimo atendimento e boa oferta de pratos e vinhos típicos da região.
Após o almoço não havia tempo pra mais nada. Pegamos nossas malas no hotel e fomos caminhando até a Gare de Dijon para pegar o trem em direção a Paris e encerrar nossa viagem pela Borgonha. 🙂
Segue um mapa com alguns dos principais pontos do nosso roteiro de 1 dia por Dijon, na França:
Onde ficar em Dijon?
Para quem planeja passar 1 noite na cidade de Dijon, a melhor opção da cidade é o Grand Hotel La Cloche Dijon MGallery Collection. Além de funcionar em um edifício histórico e emblemático da cidade, o hotel oferece de fato uma experiência de charme e conforto únicas, em uma localização privilegiada no coração da cidade de Dijon.
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Booking.com Booking.comOnde comer em Dijon?
Não só a cidade de Dijon como toda a região da Borgonha é muito bem servida de bons restaurantes. Para quem procura os melhores restaurantes da cidade, recomendamos dois deles em especial:
O primeiro é o restaurante Chapeau Rouge, do chef William Frachot, onde tivemos uma experiência espetacular. Esse conta com um atendimento mais formal, e o menu degustação harmonizado com vinhos locais estava irretocável.
Para quem procura uma opção menos sofisticada (e mais em conta), uma dica para experimentar pratos típicos de Dijon e da Borgonha é o La Fine Heure, onde experimentamos um autêntico Boeuf Bourguignon e um filé ao molho de queijo epoisses, delícias que você só encontra com essa qualidade na Borgonha. 🙂
O que é imperdível em Dijon?
Todo o “centrinho” de Dijon é muito interessante e merece ser visitado com calma. Mas se tiver que escolher as atrações imperdíveis da cidade, eu citaria a subida na Tour Philippe ‘Le Bon’ e o ‘Parcours de la Chouette’, uma forma super original que a cidade criou para estimular a caminhada pelos principais pontos turísticos da cidade. A subida na torre compensa em função da vista privilegiada da cidade e do breve apanhado histórico feito pelo guia. Já o Percurso da Coruja é algo exclusivo de Dijon e te indica de forma lúdica os principais pontos a conhecer na cidade. Além disso, em que outro lugar você terá como símbolo uma corujinha simpática esculpida em uma rocha? 🙂
Dijon City Pass: passe para transporte e acesso às atrações de Dijon
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Mais atividades em Dijon
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* A viagem contou com o apoio do Escritório de Turismo de Dijon e da Eurail.
Olá!
Cruzarei pela Borgonha em dezembro. Pretendo ficar duas noites, apenas. Sugerem me hospedar numa cidade ou dividir uma noite para Beaune e outra para Dijon?
Grato pelas informações,
Felipe
Olá Felipe, como vai? As 2 cidades são relativamente próximas, então realmente seria possível fazer as 2 coisas (ficar 1 noite em cada cidade ou ficar 2 noites na mesma cidade e fazer um bate-volta até a outra). Na prática, depende um pouco do seu perfil. Tem gente que odeia trocar de hotel. A gente não se incomoda com isso, e optamos por ficar 1 noite em cada cidade (na mesma situação que você, de ter 2 dias na região). A vantagem disso é que você faz só 1 deslocamento (de carro ou trem) e tem a chance de curtir 1 noite completa em cada uma das cidades. 🙂
Se optar por fazer dessa forma, recomendamos os 2 excelentes hotéis em que ficamos hospedados nessas duas cidades.
Hotel em Beaune: https://www.viajaredemais.com.br/europa/franca/borgonha/beaune/hotel-le-cep-experiencia-inesquecivel-de-luxo-e-conforto-em-beaune-na-borgonha/
Hotel em Dijon: https://www.viajaredemais.com.br/europa/franca/borgonha/dijon/grand-hotel-la-cloche-dijon-hospedagem-com-charme-e-elegancia-na-capital-da-borgonha/
Olá,
Quantos dias vc acha que são necessários para conhecer bem a cidade de Dijon?
Olá, em 24 horas bem planejadas você consegue conhecer o essencial do centro histórico. Com 2 dias você conseguiria conhecer com mais calma e dedicar mais tempo a algumas atividades “indoor”, como desgustações de vinhos, almoço ou jantar harmonizado, visitas a museus, e até algum passeio pelos arredores de Dijon. Um abraço! 🙂