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O que fazer na Côte D'Azur

O que fazer na Côte D’Azur: roteiro de 4 dias por 6 cidades da Riviera Francesa

A Côte D’Azur (ou Riviera Francesa) evoca aquela mistura perfeita entre charme mediterrâneo, vilarejos fotogênicos e um clima que convida a desacelerar — tudo isso com uma luz dourada que parece ter sido feita sob medida para as lentes de um bom roteiro. Se você quer saber o que fazer na Côte D’Azur e tem poucos dias disponíveis para explorar o melhor dessa região, este itinerário de 4 dias pela Riviera Francesa passa por 6 cidades e revela diferentes facetas do sul da França.

Mais do que um destino, a Côte D’Azur habita o imaginário de quem sonha com estradas à beira-mar, cafés com mesinhas nas calçadas, vilarejos de pedra empoleirados sobre penhascos e aquele estilo de vida leve e ensolarado, onde o tempo parece correr devagar. É o cenário perfeito para quem busca uma viagem que combina cultura, beleza natural e uma pitada de sofisticação — sem excessos, mas com muito charme.

De Nice, com seu calçadão à beira-mar e mercados vibrantes, às ruazinhas medievais de Èze e o glamour ensolarado de Cannes, cada parada tem seu ritmo próprio — e o melhor: dá para fazer tudo sem pressa, aproveitando bem o que cada lugar tem a oferecer. É um roteiro compacto, mas cheio de paisagens deslumbrantes, experiências culturais e boas surpresas (incluindo ótimas paradas gastronômicas, claro!).

A melhor época para visitar a região vai de abril a setembro, quando o clima mediterrâneo mostra seu lado mais agradável: dias longos, céu limpo e temperaturas perfeitas para curtir as praias e caminhar pelas cidadezinhas. Julho e agosto são os meses mais movimentados, ideais para quem gosta de energia e eventos animados, enquanto junho e setembro oferecem uma atmosfera mais tranquila — perfeita para explorar sem pressa.

Se você sonha com um roteiro equilibrado entre cidade, mar e montanha, esse guia é pra você. Prepare os óculos escuros, coloque um chapéu na mala e vem descobrir com a gente o que fazer na Côte D’Azur!

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Antes, algumas dicas para você economizar na viagem:

O que fazer na Côte D’Azur / Riviera Francesa

Para este roteiro de 4 dias pela Riviera Francesa, optamos por um formato dinâmico, combinando cidade, vilarejos e litoral em doses equilibradas. A ideia era explorar diferentes atmosferas da Côte D’Azur, sem correr demais, mas aproveitando ao máximo cada dia. A divisão ficou assim:

  • Dia 1 – Nice
    Ponto de partida e base para a viagem, Nice é vibrante, acessível e bem conectada. Reservamos o primeiro dia inteiro para explorar a cidade com calma.
  • Dia 2 – Villefranche-sur-Mer e Èze
    Dois vilarejos cheios de charme, bem pertinho de Nice. Foi o dia de ritmo mais tranquilo, perfeito para curtir paisagens e caminhadas.
  • Dia 3 – Antibes e Saint Paul-de-Vence
    Uma dobradinha que mistura o charme à beira-mar de Antibes com a arte e as ruazinhas medievais de Saint Paul-de-Vence, no alto das colinas.
  • Dia 4 – Cannes
    Fechamos a viagem com ares de glamour e uma caminhada pelo famoso Boulevard de la Croisette.

Carro ou trem? As duas opções funcionam

Fizemos esse roteiro mesclando trem e carro alugado, o que nos deu mais liberdade nos trajetos do terceiro e quarto dia. Mas vale dizer: quase todo o percurso pode ser feito de trem com facilidade, já que as cidades da Côte D’Azur são bem conectadas por linha ferroviária. A única exceção é Saint Paul-de-Vence, que exigiria um trecho final de táxi ou ônibus e, portanto, fica bem mais confortável de ser feita de carro alugado. Se a ideia for manter o roteiro todo com transporte público, basta adaptar esse trecho ou até deixar Saint Paul-de-Vence como uma visita futura.

E Mônaco? Vale incluir?

Os mais atentos devem ter reparado que o principado de Mônaco ficou de fora do nosso roteiro sugerido. Se você considera Mônaco um destino imperdível, pode tentar encaixá-lo no segundo dia, combinando com Villefranche e Èze. Apesar das distâncias serem curtas, é importante se preparar: caso esteja de carro, o trânsito entre Mônaco e Nice pode ser intenso, especialmente nos horários de pico. Se optar por incluir o principado, é recomendável sair cedo e reservar ao menos meio dia para explorar com tempo os principais atrativos da região.


Dia 1 – Nice

Comece o roteiro por Nice, uma das joias da Riviera Francesa, localizada entre o mar Mediterrâneo e as montanhas dos Alpes Marítimos. Elegante sem ser pretensiosa, vibrante sem perder o charme tranquilo, a cidade combina a típica sofisticação francesa com o clima descontraído do sul da Europa. É daquelas cidades em que dá vontade de andar sem pressa, se misturar entre os locais e viver uma experiência autêntica enquanto descobre todas as surpresas que Nice reserva. E há muito o que fazer em Nice: de cartões-postais como a bela enseada da Promenade des Anglais até o charmoso centro histórico na ‘Vieux Nice‘, um delicioso labirinto delicioso de ruelas, lojinhas, igrejas barrocas e mercados de rua como o Cours Saleya, ideal para experimentar os sabores locais. No alto da cidade, a Colline du Château oferece uma das vistas mais espetaculares da região, perfeita para fotos inesquecíveis.

E o melhor: Nice também é a escolha ideal como base para explorar outras cidades e vilarejos da Riviera Francesa, como Èze, Antibes ou Villefranche-sur-Mer. Neste roteiro de 4 dias pela Côte D’Azur, a sugestão é que você fique hospedado em Nice por 2 ou 3 noites. Em nossa viagem, ficamos hospedados no Le Windsor, Jungle Art Hotel Hotel, um agradável 4 estrelas com pegada artística bem no coração de Nice.

Le Windsor, Jungle Art Hotel Hotel - Onde ficar em Nice
Le Windsor, Jungle Art Hotel Hotel – Onde ficar em Nice

Promenade des Anglais: passeio na beira da praia

Comece o dia em Nice com uma caminhada na beira da praia. A Promenade des Anglais (ou ‘Passeio dos Ingleses’) é uma avenida de 7 km que se extende desde o aeroporto de Nice até o centro histórico da cidade, sempre à beira-mar, acompanhando as principais praias de Nice. Junto à avenida, o belo calçadão oferece vistas fantásticas: de um lado, o azul do mar mediterrâneo; do outro, a cidade com alguns dos edifícios mais imponentes da cidade.

Promenade des Anglais | O que fazer em Nice - Côte D'Azur
Promenade des Anglais | O que fazer em Nice – Côte D’Azur

É claro que você não precisará percorrer toda a Promenade des Anglais a pé. Um bom ponto de partida é a Plage Blue Beach, uma das praias privadas mais conhecidas da Riviera Francesa. Para os banhistas, o local oferece uma experiência premium, com estrutura que inclui espreguiçadeiras, guarda-sóis e até um restaurante à beira-mar. Mas mesmo para quem está por ali só turistando, é impossível não se encantar pelo visual do mar azul intenso e pelas fileiras de guarda-sóis.

Um detalhe curioso é que, ao invés de areia, a praia é toda formada por pedrinhas típicas dessa região, de coloração acinzentada e bem lisas. Para quem quiser conferir de perto, é possível descer por uma das escadas do calçadão e caminhar literalmente na beira da praia. Os mais animados podem até aproveitar para molhar as mãos ou os pés nas águas do mar Mediterrâneo.

Se de um lado da Promenade des Anglais está a beleza natural da praia, do outro está a arquitetura impressionante de diversos edifícios históricos da cidade. Boa parte deles abrigam hotéis de luxo, restaurantes ou cassinos. Um dos edifícios de maior destaque é o icônico Hotel Negresco e sua fachada tão característica, um símbolo da Belle Époque e um dos hotéis mais luxuosos da França.

Place Masséna

Da Promenade des Anglais, siga até a Place Masséna, uma das praças mais importantes e conhecidas de Nice. Com seu calçamento em preto e branco e imponentes edifícios vermelhos de estilo italiano, a praça é um dos cartões-postais da cidade. Rodeada por lojas (como a Galeries Lafayette), cafés e restaurantes, a Place Masséna é um ponto bastante central para quem está visitando a zona mais turística de Nice.

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Place Masséna | O que fazer em Nice – Côte D’Azur

Ao longo da praça, é impossível não reparar nas esculturas suspensas de pessoas sentadas de pernas cruzadas — são as Sete Estátuas de Jaume Plensa, representando cada uma delas um dos sete continentes do planeta.

É também na Place Masséna que se inicia a Avenue Jean Médecin, importante avenida considerada uma das principais zonas de compras de Nice. Com diversas lojas, incluindo grandes marcas, a avenida é uma ótima opção para quem deseja fazer compras ou simplesmente passear de olho nas vitrines da moda. Além disso, os bondes que cortam a Avenue Jean Médecin passando pela Place Masséna tornam todo cenário ainda mais fotogênico.

Em um dos cantos da praça fica a Fontaine du Soleil (Fonte do Sol), adornada por uma imponente estátua de Apolo e outras figuras mitológicas, dando um toque de grandiosidade ao espaço, remetendo aos monumentos e fontes de Roma.

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Fontaine du Soleil na Place Masséna | O que fazer em Nice – Côte D’Azur

Além da beleza arquitetônica (ou “por causa dela”), a Place Masséna costuma ser palco dos principais eventos da cidade ao longo do ano. Em fevereiro ou março, é nesta praça que se concentram os festejos e desfiles do Carnaval de Nice. Já em dezembro, a praça é tomada pelo clima mágico dos Mercados de Natal com suas barraquinhas repletas de aromas e sabores e até uma árvore de Natal central. Se estiver viajando em uma dessas ocasiões, aproveite!

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Fontaine du Soleil na Place Masséna | O que fazer em Nice – Côte D’Azur

Vieux Nice: centro histórico de Nice

A partir deste ponto, você estará oficialmente adentrando na Vieux Nice, também conhecida como Vieille Ville de Nice, ou seja, na Cidade Velha, coração histórico e cultural de Nice e um dos lugares mais charmosos de toda a Riviera Francesa. Com suas ruelas estreitas, prédios coloridos em tons quentes e clima vibrante, esse autêntico labirinto medieval é perfeito para ser inteiramente explorado a pé.

Aqui, o viajante deve seguir aquela famosa dica de “se perder” pelas ruas de Nice. Mas é sempre bom ter algumas referências do que não perder de vista, certo? Um dos destaques é a Cours Saleya, onde ocorre o famoso mercado de flores e produtos locais – um espetáculo de cores e aromas!

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Cours Saleya na Vieille Ville de Nice | O que fazer em Nice – Côte D’Azur
Cours Saleya e Marché Aux Fleurs: tradicional mercado de rua com produtos locais

Poucos metros separam a Place Masséna do início da Cours Saleya, a charmosa rua que é famosa por abrigar o Marché Aux Fleurs, que em uma tradução literal seria o “Mercado de Flores”. Mas apesar do nome, o mercado que funciona desde 1897 não se limita apenas às flores. Trata-se de um típico mercado de produtores locais, onde você encontrará também frutas frescas, legumes, queijos, especiarias e produtos típicos de Nice e de toda a região da Provence.

O mercado acontece todos os dias pela manhã (vai até o iniciozinho da tarde), e durante todo o tempo o burburinho é intenso, com moradores locais e turistas circulando entre os estandes enquanto os cafés e restaurantes ao redor convidam para uma pausa. Apenas às segundas-feiras o tradicional mercado dá lugar a uma feira de antiguidades.

Para quem gosta de experiências autênticas, essa é uma parada obrigatória em Nice! A ocasião perfeita para experimentar comidinhas típicas como os Macarons de Nice (que são diferentes dos parisienses), queijos, frios e todo tipo de iguaria local. O Marché Aux Fleurs também é ótimo para quem já quiser providenciar algumas lembrancinhas de viagem, como os sachês de lavanda (populares em toda região da Provence).

Place Rossetti

Ao caminhar pelas ruas da Cidade Velha de Nice, é bem provável que você acabe chegando até a Place Rossetti, um dos pontos de encontro mais charmosos dessa parte da cidade.

De qualquer forma, não deixe de mapear a localização dessa praça cheia de vida, coração do centro histórico onde turistas e locais se reúnem para aproveitar o clima descontraído. Cercada por edifícios coloridos que em sua maioria abrigam restaurantes de comida tradicional niçoise, a Place Rossetti é um daqueles locais que parecem ter vida própria.

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Place Rossetti | O que fazer em Nice – Côte D’Azur

Durante todo o dia, o vai e vem de pessoas é constante, assim como o movimento dos cafés e restaurantes que são um convite para uma pausa para um café, uma cerveja, ou até para uma refeição rápida. Apesar de serem claramente estabelecimentos voltados para turistas, nós experimentamos uma porção de Moules (mexilhões) com fritas em um desses locais e foi tudo bem honesto.

A trilha sonora é garantida pelos artistas de rua que se revezam em apresentações e ajudam a tornar a experiência na praça ainda mais especial. De fato, uma coisa que não se pode negar é que poucos lugares traduzem tão bem a essência vibrante e mediterrânea de Nice do que a Place Rossetti.

Cathédrale Sainte-Réparate de Nice

Ainda na praça Rossetti, a belíssima Cathédrale Sainte-Réparate dá o toque majestoso que faltava ao cenário com sua fachada em estilo barroco.

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Cathédrale Sainte-Réparate de Nice | O que fazer em Nice – Côte D’Azur

Além dos detalhes da fachada, não deixe de tentar observar também a cúpula revestida de azulejos coloridos, um dos símbolos arquitetônicos de Nice, mas que não pode ser vista por quem está exatamente de frente para a igreja (basta olhar um pouco de lado para vislumbrar ao menos uma parte do telhado).

Dedicada a Sainte Réparate (Santa Reparata), padroeira da cidade, essa catedral do século XVII impressiona não apenas pelo lado de fora, mas também pelo seu interior ricamente decorado e aberto para visitação gratuita. Destaque para os afrescos detalhados e para o colorido e imponente altar principal.

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Cathédrale Sainte-Réparate de Nice | O que fazer em Nice – Côte D’Azur
Église Saint-Jacques-le-Majeur (Igreja de Santiago Maior)

Outro tesouro escondido da Vieille Ville de Nice é a Église Saint-Jacques-le-Majeur, ou Igreja de Santiago Maior. Construída originalmente no século XVII pelos jesuítas, a igreja de estilo barroco fica em uma rua estreita do centro histórico e pode até passar despercebida pela fachada relativamente discreta. Mas seu interior belíssimo justifica a visita! Mais uma vez, destaque para os afrescos do teto incrivelmente ornamentado e para o altar principal. A entrada é gratuita, e como a igreja é pequena, a visita pode ser feita bem rapidamente.

Ônibus Turístico ou Cruzeiro de Barco

Depois de explorar o essencial do centro histórico de Nice a pé, que tal dar um descanso temporário para as pernas? Duas opções de passeios turísticos bem interessantes são o Nice Le Grand Tour (ônibus turístico hop on hop off) ou o passeio de cruzeiro de 1 hora com a Trans Côte d’Azur. Em ambos, você terá a oportunidade de conhecer o Porto de Nice e a pequena Villefranche-sur-Mer por ângulos diferentes do que você terá quando visitar a cidade a pé. Mas como não dá tempo de realizar essas duas atividades em apenas um dia de roteiro, será necessário escolher apenas uma delas.

Opção 1: Nice Le Grand Tour (ônibus turístico)

O Nice Le Grand Tour é aquele típico serviço de ônibus turístico de 2 andares ao estilo “hop-on hop-off” que permite explorar os principais pontos de interesse de Nice e Villefranche-sur-Mer. Com 11 paradas estrategicamente localizadas, você pode descer e subir do ônibus conforme desejar para conhecer as atrações no seu próprio ritmo. Para quem está nos arredores da Vieille Ville de Nice, as melhores opções para o embarque são a parada 1 (Esplanade Georges Pompidou, próximo a Opera) ou a parada 6 (Cathédrale – Vieille Ville).

O que fazer na Côte D'Azur: roteiro de 4 dias por 6 cidades da Riviera Francesa - Plan NLGT 1920w
Nice le Grand Tour | O que fazer em Nice – Côte D’Azur

O passeio completo, da parada 1 até a parada 11, sem desembarques, duraria cerca de 1 hora e 30 minutos no total. Os ônibus operam com frequência de 60 minutos, das 11h às 16h (desembarque final às 17h). Os passes estão disponíveis para 1 ou 2 dias consecutivos.

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Para este roteiro, se a sua escolha for pelo ônibus turístico, sugerimos que você compre o Nice Le Grand Tour de 1 dia, e faça o trajeto completo (da parada 1 a parada 11) até VilleFrance-sur-Mer sem nenhum desembarque (ou no máximo com 1 desembarque em VilleFranche, mas que fará você gastar 1 hora a mais na atividade). No trajeto, você irá rever pontos já visitados como a Promenade des Anglais, mas também passará por pontos inéditos como a Place Garibaldi, o Porto de Nice e a bela Villefranche-sur-Mer.

O ônibus conta com audioguia disponível em vários idiomas, sendo uma ótima oportunidade para aprender mais sobre a história e curiosidades de Nice enquanto se desloca de um ponto turístico a outro.

Ao final, basta desembarcar na parada 11 (Île de Beauté – Port) e continuar o roteiro pelo Porto de Nice.

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Nice le Grand Tour | O que fazer em Nice – Côte D’Azur
Opção 2: Cruzeiro turístico de 1 hora na baía de Villefranche

Se você prefere explorar Nice e seus arredores a partir do mar, a opção ao ônibus turístico é passeio de cruzeiro de 1 hora até Villefranche-sur-Mer. A atividade acontece diariariamente (exceto às segundas-feiras) em dois horários de partida, às 11h e às 15h (neste nosso roteiro, a sugestão é realizar o cruzeiro das 15h).

Com duração total de 1 hora, o passeio oferecido pela empresa Trans Côte d’Azur parte do Porto de Nice (Quai Lunel), e é recomendado chegar 30 minutos antes do horário de partida para efetuar o embarque. A atividade éstá inclusa nos benefícios do PASS Côte d’Azur. Se preferir reservar apenas a atividade, a compra do ingresso antecipada deve ser feita online através do link abaixo:

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Após a partida do Porto de Nice, o cruzeiro percorre a deslumbrante Baie des Anges, passando pelo Cap de Nice e chegando até a pitoresca baía de Villefranche-sur-Mer. Tudo sob um ponto de vista único que somente o barco é capaz de proporcionar.

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Cruzeiro turístico de 1 hora na baía de Villefranche | O que fazer em Nice – Côte D’Azur

Durante todo o trajeto, o capitão do cruzeiro e sua equipe fornecem informações sobre os principais atrativos do passeio, com destaque para Villefranche-sur-Mer, onde o barco fica parado por alguns minutos para que todos possam apreciar o visual de cartão-postal.

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Cruzeiro turístico de 1 hora na baía de Villefranche | O que fazer em Nice – Côte D’Azur

PASS Côte d’Azur
Vale destacar que ambas as atividades (ônibus turístico ou cruzeiro de 1 hora) estão incluídas entre os benefícios do PASS Côte d’Azur, o cartão de descontos da Côte d’Azur que dá direto a visita de 3 ou 5 atrações da região (a depender da modalidade escolhida).
+ Leia mais sobre o PASS Côte d’Azur

Porto de Nice / Port Lympia

Independente de ter optado pelo ônibus ou pelo cruzeiro, em ambos os casos o roteiro segue pelo Porto de Nice, que oficialmente também pode ser chamado de Port Lympia.

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Porto de Nice | O que fazer em Nice – Côte D’Azur

Em cidades costeiras da Europa, é bastante comum que seus portos sejam um ponto de atrativo turístico, e em Nice isso não é diferente. Aproveite para caminhar pelo cais enquanto observa os iates luxuosos, veleiros e barcos de pesca coloridos no mar Mediterrâneo.

Letreiro #ILoveNICE

Volte caminhando pelo calçadão à beira-mar em direção ao elevador que leva até o alto da Colina do Castelo (Colline du Château). No caminho, o famoso letreiro #ILoveNICE pode render uma pausa para aquela foto clássica. O local costuma estar sempre movimentado por turistas, mas o fluxo é rápido e não demora muito para conseguir uma foto em frente ao letreiro.

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Letreiro #ILoveNICE | O que fazer em Nice – Côte D’Azur

Plage Publique de Castel

Poucos metros adiante fica a Plage Publique de Castel, mais um local em Nice que oferece vistas deslumbrantes do mar azul-turquesa. Localizada no fim da Promenade des Anglais, essa praia pública é uma das mais bonitas da cidade. Diferente das praias privadas que dominam a orla, aqui os mais animados podem até estender a canga sem pagar nada e curtir o visual incrível da Baie des Anges — e talvez até arriscar um mergulho? Mas lembre-se que as águas costumam ser bem geladas, e a temperatura só costuma colaborar mesmo no auge do verão de Nice.

Colline du Château: Vistas e pôr do sol no Parque da Colina do Castelo

Neste momento do roteiro você estará próximo ao final de tarde — momento ideal para subir para os mirantes da Colline du Château. O ‘Parque da Colina do Castelo’ oferece algumas das vistas panorâmicas mais incríveis que você pode ter de Nice, e sem dúvidas é o local perfeito para curtir o pôr do sol na cidade.

A visita à Colline du Château é inteiramente gratuita, e você pode chegar ao topo de duas maneiras: pela escada (em um trajeto que vai levar de 10 a 15 minutos e exigir bastante do preparo físico) ou de elevador. Como o elevador também é gratuito, nossa sugestão é que você faça a subida de elevador e a descida de escada, tendo assim o melhor dos dois mundos (a praticidade do elevador e as vistas que a escadaria oferece). Quando estivemos por lá, o elevador estava sem nenhuma fila e foi super fácil e rápido de acessar. A única limitação do elevador é o horário de funcionamento (das 7h às 20h), mas na prática é bem improvável que você pretenda subir fora desse período.

Mas o que é a Colline du Château? Originalmente, a colina abrigava uma fortaleza medieval, construída no século XI, mas que foi destruída no século XVIII. Hoje, o que você encontra por lá é um grande parque público, com ruínas que lembram a antiga fortaleza, jardins bem cuidados e o mais interessante: vistas espetaculares de toda a cidade.

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Colline du Château (Parque da Colina do Castelo) | O que fazer em Nice – Côte D’Azur

No parque propriamente dito, confesso que demos apenas uma rápida olhada, e logo seguimos para o mirante mais próximo à saída do elevador. Tudo é relativamente bem sinalizado, e em poucos minutos já é possível estar diante de vistas panorâmicas como essas:

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Colline du Château (Parque da Colina do Castelo) | O que fazer em Nice – Côte D’Azur

Além das vistas de 360 graus que você tem de Nice e da Riviera Francesa, uma das vantagens de observar tudo do alto é perceber as nuances e diferentes tons de azul que o mar de Nice apresenta. Especialmente se estiver em um dia de sol, com boa luminosidade, as cores são realmente impressionantes, com tons de azul únicos.

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Colline du Château (Parque da Colina do Castelo) | O que fazer em Nice – Côte D’Azur

Se de um lado está o Porto e o Phare de Nice (o farol), de outro é possível observar toda a beleza da enseada da Promenade des Anglais. Diversão garantida para quem gosta de fazer fotos e vídeos durante a viagem.

Não deixe de conferir ainda essa incrível e inusitada cascata artificial, que inclusive pode ser vista desde o centro histórico de Nice. O local rende boas fotos e ajuda a refrescar nos dias mais quentes.

Para quem seguiu a nossa dica de subir de elevador e descer pela escadaria, o trajeto ainda reserva novos pontos de vista imperdíveis e que valem a parada para novas fotos. Para o total da atividade (subida, descida e mirantes principais), reserve de 45 minutos a 1 hora do seu roteiro.

🍽Onde comer em Nice

Com o cair da noite, é hora de escolher um restaurante especial para encerrar sua primeira noite em Nice e na Riviera Francesa. A cidade traz ótimas opções para os apaixonados por gastronomia — uma fusão entre a sofisticação francesa e os sabores vibrantes do Mediterrâneo. A cena gastronômica local é marcada pela autenticidade da cozinha niçoise, onde se destacam sempre os ingredientes frescos e sazonais. Dos mercados de rua aos restaurantes estrelados e bistrôs criativos, Nice sabe equilibrar tradição e ousadia, oferecendo ao paladar experiências genuínas e inesquecíveis.

Sugestão estrelada: LES AGITATEURS
Se você deseja uma experiência única e marcante, o estrelado Les Agitateurs (* Michelin) é sem dúvidas a escolha ideal. ​No coração de Nice, o restaurante se destaca como um farol de inovação culinária na cidade. O Chef Samuel Victori e sua parceira Juliette Busetto oferecem uma experiência gastronômica que desafia as convenções, em um menu de passos com pratos que harmonizam texturas e sabores de forma magistral. A prioridade é sempre para ingredientes de fornecedores locais e para vinhos de excelência produzidos na região da Provence. A atmosfera chique e ao mesmo tempo aconchegante, aliada ao atendimento de excelência, tornam o Les Agitateurs uma escolha realmente única para o jantar em Nice.

Endereço: 24 Rue Bonaparte
Horário: Aberto de quinta a segunda para o jantar (reserva é obrigatória)
Leia mais: Onde comer em Nice (em breve)

Sugestão para gastar pouco: LA PLANXA
Em uma zona bem turística, próximo a estação de trem, o La Planxa conquista pelo clima descontraído e pelo aroma convidativo vindo da grelha. Como o nome já indica, todos os pratos do local são preparados “a la plancha” (ou ‘grelhados’). O ambiente é simples e até um pouco brega, mas os sabores realmente surpreendem. Os pratos são servidos em porções bastante generosas (um casal que não come tanto pode perfeitamente dividir uma porção) e tudo é preparado na hora, com carnes perfeitamente seladas e acompanhamentos frescos que fogem do óbvio que poderia se esperar em um local menos sofisticado — além das batatas fritas e dos legumes grelhados com ervas frescas, é possível escolher pratos com cogumelos, feijões verdes e até um queijo camembert assado direto na churrasqueira. Os pratos possuem nomes curiosos, fazendo alusão a receitas familiares (receita do “Vovô” ou da “Vovó”) e reforçando esse caráter de “comida afetiva”. É aquele tipo de lugar sem glamour, mas que entrega uma refeição bastante autêntica acompanhada de um vinho da casa aceitável a preços bem convidativos. Um ótimo custo-benefício em se tratando de Nice!

Endereço: 28 Rue d’Angleterre
Horário: Aberto todos os dias para almoço e jantar


Dia 2 – Villefranche-sur-Mer e Èze

Depois de um primeiro dia cheio de descobertas em Nice, o segundo dia do roteiro é dedicado a dois vilarejos que representam a essência da Côte D’Azur: Villefranche-sur-Mer, à beira do mar, e Èze, nas montanhas. Ambos estão a poucos minutos de Nice e oferecem experiências completamente diferentes — mas igualmente encantadoras.

Villefranche-sur-Mer

Villefranche-sur-Mer é sem dúvidas uma das vilas mais charmosas e fotogênicas da Riviera Francesa. Aninhada entre Nice e Mônaco, essa pequena cidade costeira encanta logo de cara com sua baía de águas cristalinas, casinhas coloridas à beira-mar e um centrinho que parece ter parado no tempo.

Villefranche-sur-Mer | O que fazer na Côte D'Azur
Villefranche-sur-Mer | O que fazer na Côte D’Azur

Villefranche tem aquele clima de vilarejo mediterrâneo tranquilo, perfeito para caminhar sem pressa, curtir um vinho branco gelado à beira da marina nos dias de calor ou simplesmente contemplar o mar, os barcos e as fachadas das casas coloridas. Apesar do tamanho compacto, ela oferece cenários dignos de cinema: das ruelas do centro histórico às escadarias escondidas, passando pela charmosa igreja de Saint-Michel e o calçadão à beira-mar conhecido como Promenade des Marinières.

Villefranche-sur-Mer: como chegar

O ideal é começar o dia bem cedo, partindo de Nice em direção a Villefranche-sur-Mer. O trajeto é fácil, rápido e cheio de paisagens lindas pelo caminho, independente do meio de transporte que você escolher.

O trem é a forma mais prática e rápida. A viagem de trem regional (TER) entre Nice e Villefranche-sur-Mer dura cerca de 7 minutos e parte da estação Nice-Ville. Os trens passam com frequência ao longo do dia, e o bilhete pode ser adquirido na hora. Chegando na estação Villefranche-sur-Mer, é só descer uma escadinha e pronto: você já está pertinho da praia, do centrinho e dos principais pontos turísticos.

Entretanto, para a sequência do roteiro até Èze, apesar da curta distância, seria necessário pegar novamente um trem (cerca de 10 minutos de viagem) + Ônibus 83 até a Èze Village — o centrinho de Èze, que fica no alto da montanha). Nesse caso, o trajeto fica um pouco mais demorado e menos confortável.

Por conta disso, ir de carro pode ser uma melhor opção se considerarmos o roteiro completo do dia. Neste caso, a distância entre Nice e Villefranche é de cerca de 6 km — coisa de 10 a 15 minutinhos, dependendo do trânsito. O trajeto pode ser feito pela rodovia costeira M6098, que é super cênica e oferece vistas incríveis do mar Mediterrâneo. Só atenção nos horários de pico, que podem ter um trânsito chatinho.

Se esta for a sua escolha, já salva essas duas boas opções de estacionamento público em Villefranche: Parking des Marinières (ótima opção se sua ideia é curtir a praia, já que fica colado na orla e próximo a estação de trem); Parking Wilson – Parkings Municipaux (bem localizado próximo ao porto de Villefranche e ideal para quem quer explorar o centrinho a pé). Em ambos, é necessário utilizar o parquímetro para o pagamento antecipados das horas em que pretende ficar na cidade.

Neste nosso roteiro, fizemos o trajeto de carro alugado e estacionamos o carro por 2 horas no Parking Wilson – Parkings Municipaux. O tempo é suficiente para visitar o vilarejos sem pressa, mas sem longas pausas. Se optar por fazer uma refeição na cidade ou quiser aproveitar o dia de praia (caso esteja viajando no verão), vale a pena acrescentar 1 horinha no tempo de estadia em Villefranche.

Chapelle Saint-Pierre “Cocteau”

Logo na saída do estacionamento, a caminho da orla de Villefranche, está a Chapelle Saint-Pierre. Dedicada a São Pedro, a capela teve sua origem no século XIV, mas ganhou fama depois de ser completamente transformada nos anos 1950 pelo artista francês Jean Cocteau, com intervenções tanto em seu interior quanto na fachada.

Para conhecer o interior da igreja (que é bem pequena, por sinal) é necessário pagar uma entrada relativamente cara, o que nos desanimou um pouco. Recomendamos a visita somente se tiver bastante tempo de sobra pela cidade, ou se for um grande fã do artista francês.

Porto de Villefranche-sur-Mer

Bem pertinho da Capela está o Porto de Villefranche-sur-Mer, também conhecido como Port de la Santé. Logo de cara, esse é um dos cantinhos mais encantadores não apenas da cidade, mas de toda a Côte d’Azur. Prepare-se para ver os barquinhos coloridos balançando ao sabor do vento em um mar azul-turqueza e uma orla repleta de casas e edifícios com fachadas coloridas em tons quentes.

Aproveite esse momento para dar uma voltinha pela orla próxima ao porto, já que em boa parte dessas casinhas coloridas funcionam bares e restaurantes com mesinhas no exterior, especialmente nos dias de calor.

Rue de l’Église

Na sequência, é hora de subir vilarejo acima, e uma boa escolha é a simpática Rue de l’Église. Se existe uma rua que resume bem o charme de Villefranche-sur-Mer, é essa ruazinha de paralelepípedos, que sobe suavemente a partir do porto em direção à igreja de Saint-Michel.

Aproveite a subida para curtir o visual (tanto da igreja rua acima, quanto do mar ao fundo), em meio as fachadas antigas, janelas floridas e detalhes que pedem para serem fotografados a cada passo.

Église Saint-Michel

No topo da rua, a recompensa pela subida: a singela Église Saint-Michel, igreja de fachada barroca que é uma das construções mais importantes da cidade. Construída no século XVIII, ela domina a paisagem do centro histórico — sua torre principal inclusive pode ser vista de vários pontos do vilarejo. Em seu interior (aberto à visitação gratuita), destaque para a atmosfera acolhedora e a beleza delicada da decoração em estilo rococó, com detalhes em madeira, pinturas religiosas e um órgão do século XVIII que ainda funciona.

Rue Obscure

Da Igreja de Saint-Michel, siga para a Rue Obscure, um dos “segredos” mais intrigantes de Villefranche-sur-Mer — e uma parada imperdível pra quem gosta de lugares fora do comum. Seu nome já entrega o mistério: trata-se de uma rua coberta e sombria, que corre paralela ao mar, praticamente escondida sob as construções do centro histórico.

Villefranche-sur-Mer | O que fazer na Côte D'Azur
Villefranche-sur-Mer | O que fazer na Côte D’Azur

Datada do século XIII, essa passagem subterrânea foi construída com função defensiva, permitindo o deslocamento protegido dos soldados em tempos de guerra. Mas o que era uma estratégia militar, hoje é um passeio cheio de charme, história e um toque de mistério medieval. Ao caminhar por seus arcos de pedra, com iluminação amarelada e atmosfera silenciosa, é impossível não se sentir transportado para uma outra época. O percurso pela rua é relativamente curto, e vale a pena reparar nos detalhes dos nichos nas paredes, dos antigos portões e das pedras desgastadas pelo tempo.

Place du Conseil

Uma das saídas principais da Rue Obscure dá direto na Place du Conseil (Praça do Conselho), uma daquelas pracinhas escondidas que a gente quase passa batido, mas que, quando encontra, dá vontade de fotografar por todos os ângulos. Pequena, charmosa e cercada por casinhas coloridas com janelas floridas, ela é um respiro no meio do labirinto de ruelas do centro histórico de Villefranche-sur-Mer.

A praça recebe esse nome porque, antigamente, era neste local que se reunia o conselho local da cidade — algo como a câmara municipal da época. Era o ponto onde as autoridades se encontravam para discutir assuntos administrativos, políticos e comunitários de Villefranche-sur-Mer. Hoje, o local não tem mais essa essa função oficial, mas manteve o nome como forma de preservar a história e a memória do vilarejo.

Plage des Marinières

Saindo da Place du Conseil você irá avistar a Plage des Marinières, a principal praia de Villefranche-sur-Mer. Com sua extensão generosa, a praia é cercada por morros verdes e casas coloridas ao fundo, e costuma atrair muitos visitantes especialmente durante o verão.

Villefranche-sur-Mer | O que fazer na Côte D'Azur
Plage des Marinières em Villefranche-sur-Mer | O que fazer na Côte D’Azur

Não foi o caso da nossa viagem, em pleno outono europeu, e tivemos que nos contentar em só espiar a praia vazia de longe. Apesar de ser um modelo de praia bem diferente do que estamos acostumados, a Plage des Marinières realmente tem os seus encantos — as águas calmas e limpíssimas, em tons que variam entre o verde-esmeralda e o azul profundo, dependendo da luz — um espetáculo à parte!

Ruas do centrinho de Villefranche

Antes de deixar Villefranche, nos perdemos um pouco mais pelas ruas do centrinho de Villefranche. Aqui não há exatamente um itinerário a percorrer, e o melhor é se deixar levar pelo momento e pelas belezas que o vilarejo oferece.

Caso prefira ter uma referência para se guiar, a Rue de Poliu pode ser considerada a “espinha dorsal” do centrinho de Villefranche — uma ruazinha animada, cheia de vida local, onde lojinhas, padarias, cafés e pequenos restaurantes se espalham lado a lado. Apesar do nome curioso (uma homenagem aos “poilus”, como eram chamados os soldados franceses da Primeira Guerra), o clima da rua é leve, acolhedor e muito autêntico. É o lugar perfeito para uma pausa estratégica para um café, um sorvete ou uma pâtisserie artesanal antes de encerrar esse giro por Villefranche-sur-Mer!

Èze: como chegar e o que fazer?

Depois de explorar as cores e encantos de Villefranche-sur-Mer, é hora de subir rumo ao alto das colinas para conhecer Èze, um dos vilarejos mais visitados da Côte d’Azur. Com uma localização privilegiada — literalmente pendurada sobre um penhasco com vista para o Mediterrâneo — Èze é o tipo de lugar que parece ter saído de um conto antigo.

Èze | O que fazer na Côte D'Azur
Èze | O que fazer na Côte D’Azur

Inclusive, um dos principais atrativos para quem visita Éze de carro é justamente parar em um dos mirantes no caminho, próximo à chegada do vilarejo, e curtir esse visual incrível, que certamente vai render algumas das melhores fotos do passeio.

Depois da sessão de foto, hora de seguir viagem até a charmosa Èze. Para quem vai de carro, é bom se preparar: apesar da boa oferta de vagas, praticamente todas ficam em estacionamentos pagos (e bem pagos, já que o valor cobrado por hora é bastante elevado). Essa é uma das formas encontradas pelo vilarejo para arrecadar com o turismo e evitar a superlotação, prática que aliás é bastante comum na maior parte das cidades dessa região. De qualquer forma, o ideal é tentar para o mais perto possível da entrada do vilarejo — assim, você consegue otimizar o tempo sem grandes deslocamentos a pé e aproveitar ao máximo o dia por lá. Para esse nosso roteiro, 2 horas em Èze foram mais do que suficientes. Acrescente mais tempo no planejamento caso queira parar para o almoço ou para um lanche mais reforçado por lá.

Pequenina no tamanho, mas gigantesca em charme, Èze é daquelas vilas que se exploram a pé, sem mapa e com o coração aberto. Se Villefranche-sur-Mer é um típico vilarejo litorâneo da Côte d’Azur, Èze é o seu oposto das montanhas. Essa vila medieval murada e encrustada em uma colina é conhecida por suas ruelas em caracol, casinhas de pedra, ateliês de artistas e jardins com vistas surreais. Caminhar por Èze é como voltar séculos no passado, mas com o bônus de paisagens de tirar o fôlego. Dica importante: vá com sapatos confortáveis, porque é subida e descida o tempo todo!

Parfumerie Fragonard

Bem na entrada do vilarejo, ainda na parte baixa (próxima aos estacionamentos) fica uma das sedes da tradicional perfumaria francesa Fragonard. Para quem é fã dos produtos da marca, é possível realizar uma visita guiada gratuita à fábrica para conhecer o processo de produção dos perfumes, sabonetes e cosméticos. Outra opção é visitar somente a lojinha e experimentar/comprar alguns dos produtos da marca, que dizem ter preços bem atrativos — como não somos especialistas, não deu para validar se de fato os preços são melhores do que em outros locais.

Parfumerie Fragonard em Èze | O que fazer na Côte D'Azur
Parfumerie Fragonard em Èze | O que fazer na Côte D’Azur
Subida para a ‘Èze Village’

Assim que você começa a subida até o centrinho de Èze, já dá pra entender por que o vilarejo é tão especial. As ruas são estreitas, feitas de pedra, e o trajeto todo a pé é feito em um zigue-zague por entre as construções antigas.

As casas de pedra são bem preservadas, assim como a atmosfera medieval do vilarejo. Tudo é muito bem cuidado, e toda essa parte do vilarejo é de fato perfeita para ser explorada com calma e fazer paradas rápidas para fotos, ou mesmo para contemplar a beleza do lugar.

Ateliês e lojinhas artesanais

Pelo caminho, você vai encontrar uma série de ateliês de artistas, perfumarias, galerias e lojinhas que vendem desde cerâmicas pintadas à mão até peças de decoração únicas. Um lugar ótimo pra quem gosta de levar lembranças autênticas e apoiar a produção local. Èze, aliás, é bastante conhecida por essa pegada artística, e as diversas galerias ajudam a dar um colorido todo especial ao vilarejo.

Mas é claro que também há espaço para lojinhas gastronômicas, com comidinhas típicas e produtos produzidos na região — muitas vezes com direito a provinhas, como nessa loja de torrones.

Église Notre-Dame de l’Assomption

Entre os edifícios da Èze Village, talvez o mais importante seja a Église Notre-Dame de l’Assomption. Com sua fachada ocre em estilo barroco e interior sereno, essa igreja do século XVIII é um pequeno refúgio de paz em meio ao agito das lojinhas e ateliers do vilarejo. Apesar de ficar um pouco escondida entre as vielas (é necessário um pequeno desvio da rota principal), vale fazer a visita.

A entrada é gratuita, e o interior surpreende pela riqueza de detalhes, se comparado à simplicidade de seu exterior.

Église Notre-Dame de l’Assomption em Èze | O que fazer na Côte D'Azur
Église Notre-Dame de l’Assomption em Èze | O que fazer na Côte D’Azur
Jardin Exotique d’Èze

Èze é daqueles lugares em que a principal atividade é simplesmente caminhar pelas vielas do vilarejo. Mas se existe uma atração daquelas “obrigatórias”, sem dúvidas é o Jardin Exotique d’Èze. Situado justamente no ponto mais alto do vilarejo, esse jardim suspenso cheio de cactos, plantas exóticas e esculturas delicadas está aberto para visitas todos os dias, das 9h30 às 19h. O ingresso pode ser comprado no local, ou você pode acessar utilizando o seu PASS Côte d’Azur (o Jardin Exotique d’Èze é uma das atividades inclusas nos benefícios do passe).

Além da vegetação “exótica”, como o nome já deixa claro, o Jardin Exotique oferece ainda mirantes com vistas espetaculares da Côte d’Azur, com o azul do mar se encontrando com o horizonte. Vale reservar ao menos cerca de 1 hora para percorrer o jardim com calma e aproveitar a experiência. Uma dica é tentar fazer a visita próximo ao pôr do sol, quando a luz deixa tudo ainda mais mágico.

PASS Côte d’Azur
A entrada no Jardin Exotique d’Èze está inclusa nos benefícios do PASS Côte d’Azur, o cartão de descontos da Côte d’Azur que dá direto a visita de 3 ou 5 atrações da região (a depender da modalidade escolhida).
+ Leia mais sobre o PASS Côte d’Azur

Pausa para o jantar / retorno a Nice

Encerrando o dia, você pode optar por ficar mais um pouco em Èze e jantar por lá, ou retornar logo para Nice e jantar novamente em um dos restaurantes da cidade. Nós optamos por retornar para Nice, mas apesar de pequena, Èze tem restaurantes muito bem recomendados, incluindo alguns com terraços com vista panorâmica. Se quiser uma experiência especial, vale reservar uma mesa com antecedência em lugares como o Château Eza ou o La Chèvre d’Or, ambos com vistas deslumbrantes e ótimas avaliações.


Dia 3 – Antibes e Saint Paul-de-Vence

Depois de explorar Villefranche e Èze, o terceiro dia do roteiro pela Riviera Francesa é dedicado a dois destinos que revelam lados bem distintos — e complementares — da região: Antibes, com seu clima vibrante à beira-mar, e Saint-Paul de Vence, um vilarejo artístico e medieval no alto das colinas. Enquanto Antibes mistura história, praia e vida local agitada, Saint-Paul encanta com ruelas de pedra, galerias e vistas tranquilas do interior da Provence. Dois passeios que mostram como a Côte d’Azur vai muito além do clichê das praias — e oferece experiências ricas em cultura, arte e autenticidade.

Vale reforçar que, de todo esse roteiro, Saint-Paul de Vence é a única cidade onde o carro é praticamente obrigatório — não há estação de trem na cidade e ir de ônibus demandaria muito tempo. Portanto, se quiser fazer tudo inteiramente de trem, neste caso a melhor opção seria focar apenas em Antibes.

Antibes: como chegar, onde ficar e o que fazer?

Partindo de Nice, é possível seguir de carro ou trem diretamente para Antibes, uma cidade vibrante que combina muito bem o clima descontraído do litoral com um centro histórico cheio de personalidade. Em ambos os casos, como as cidades ficam bem próximas uma da outra, você deve levar de 30 a 45 minutos para o deslocamento. A dica é partir logo cedo (no nosso caso, nos planejamos para chegar as 10h em Antibes), deixar as coisas no hotel e partir para aproveitar ao máximo o seu dia em Antibes. Em nossa viagem, nos hospedamos no Hotel Royal Antibes, um 4 estrelas confortável e bem localizado, de frente para a praia, com fácil acesso tanto ao centro quanto ao porto.

Localizada entre Nice e Cannes, Antibes é conhecida por seu porto repleto de iates, pela beleza das praias e por um centrinho cercado por muralhas que protegem construções antigas, lojinhas de artesanato e mercados locais. Tem ainda o Marché Provençal, perfeito pra quem curte sabores locais, e uma orla deliciosa pra caminhar ou sentar num café e curtir o vai e vem. Além do visual encantador, a cidade respira arte e cultura — afinal, Pablo Picasso morou por alguns anos em Antibes e por conta disso há até um museu inteiramente dedicado ao artista por lá.

Royal Beach: Praia particular em frente ao Hotel Royal Antibes

Esse roteiro por Antibes começa pela Royal Beach, ponto de partida ideal especialmente para quem se hospeda no Hotel Royal Antibes. Afinal, essa é a praia que fica bem em frente ao hotel. Apesar de ser uma praia particular (ou seja, é acessível apenas para os hóspedes do hotel, mediante reserva), o foco aqui é no visual belíssimo, um cartão de visitas de Antibes que já deixa claro o que a cidade oferece.

Antibes | O que fazer na Riviera Francesa
Antibes | O que fazer na Côte D’Azur
Caminhada pela orla de Antibes: Museu de Arqueologia de Antibes e Jardin des Poètes

Desse ponto até a Vieil Antibes (o centro histórico própriamente dito) seriam cerca de 5 minutos de caminhada, se fosse o caso de ir direto pra lá. Mas o ideal é caminhar um pouquinho por esse “calçadão” a beira mar para conhecer algumas das atrações litorâneas de Antibes.

A primeira delas é o Museu de Arqueologia de Antibes, oficialmente chamado Musée d’Archéologie d’Antibes, que ocupa um prédio cheio de história: o antigo Bastion Saint-André, uma fortificação do século XVII construída para proteger a cidade. Hoje, o espaço abriga um acervo que conta a história da região desde a Antipolis grega até o período romano e medieval. Não chegamos a fazer a visita — se você entrou no museu, aproveita para contar lá nos comentários o que achou!

Logo na sequência está o Jardin des Poètes, um pequeno parque público que funciona como uma transição entre a orla e a parte mais antiga da cidade. O nome não é à toa: placas discretas espalhadas pelo jardim homenageiam escritores e poetas franceses. O espaço é muito bem cuidado e costuma ser utilizado para intervenções artísticas diversas, como essas esculturas da exposição “Geste Céleste”, do artista Nicolas Lavarenne, que estavam espalhadas pelos jardins quando estivemos na cidade.

Musée Picasso Antibes

Um pouco mais adiante, ainda a beira-mar, está o Musée Picasso, uma das principais atividades culturais de Antibes — além da beleza de estar em uma localização privilegiadíssima. Instalado no antigo Castelo Grimaldi, o museu tem uma vista panorâmica do Mediterrâneo que já vale a visita por si só.

Mas você deve estar se perguntando: o que Picasso tem a ver com Antibes? Pouca gente sabe, mas o artista viveu e trabalhou neste castelo por um breve período em 1946, e doou dezenas de obras à cidade. Pinturas, cerâmicas e esboços dessa época, que revelam fases menos conhecidas do artista, compõem a exposição permanente.

O espaço não é grande, o que torna a visita leve e acessível mesmo para quem não é profundo conhecedor de arte. Além de Picasso, há também obras de outros artistas modernos como Nicolas de Staël e Joan Miró. Infelizmente não pudemos fazer nenhum registro do interior do museu — quando estivemos na cidade, fotos e vídeos eram estritamente proibidos, apesar de termos visto alguns visitantes burlando a proibição e fazendo fotos. Mas quem tiver interesse em conhecer mais, pode procurar o site oficial do museu ou do turismo de Antibes. A visita dura cerca de 40 minutos, e o museu está aberto todos os dias (Exceto segundas). Ingressos podem ser adquiridos no local, no momento da visita.

Vieil Antibes: o centro histórico

Na sequência, é hora de explorar o Vieil Antibes e mergulhar no lado mais autêntico da cidade. O centro histórico, com suas ruas estreitas de paralelepípedos e edifícios antigos preserva o charme de uma vila mediterrânea que resiste ao tempo — mesmo estando a poucos minutos de iates milionários e resorts modernos da zona costeira da cidade.

Catedral de Antibes

Comece pela Catedral de Antibes (ou Cathédrale Notre-Dame-de-la-Platea), que fica logo ao lado do Museu Picasso. Apesar da versão atual ser uma reconstrução do século XVII, a origem dessa igreja remete à Antiguidade Romana. Antibes foi, durante séculos, a capital de uma diocese que abrangia parte da Côte d’Azur. Essa diocese existiu oficialmente até 1244, quando a sede episcopal foi transferida para Grasse. Mesmo depois dessa mudança, o templo manteve o título honorário de “Catedral”, já que a designação não depende apenas do uso atual, mas também da importância histórica e religiosa do edifício.

Apesar do título de “Catedral”, a igreja é relativamente simples, a começar pela fachada em tons terrosos e pela porta de madeira entalhada rementendo às igrejas mediterrâneas mais antigas. O interior também é discreto, mas como a entrada é gratuita, vale a pena entrar por alguns minutos para visitar e conferir dos detalhes da igreja mais importante de Antibes.

Marché Provençal

Para quem gosta de explorar a gastronomia de um destino por meio de seus mercados, o Marché Provençal é uma parada obrigatória em Antibes. Localizado em uma estrutura coberta próxima ao Museu Picasso e a Catedral de Antibes, o mercado acontece de terça a domingo, sempre pela manhã. Das 6h às 13h, pequenos produtores ocupam o espaço com bancas de frutas da estação, ervas aromáticas, queijos artesanais, embutidos, azeitonas temperadas, azeites e outras iguarias e comidinhas típicas dessa região.

Antibes | O que fazer na Côte D'Azur
Antibes | O que fazer na Côte D’Azur

Com ode costume nesse tipo de mercado, um dos pontos fortes é a possibilidade de provar antes de levar. Vários produtores oferecem amostras — seja de tapenade, mel de lavanda ou queijos de cabra curados — o que torna o passeio ainda mais interessante para quem gosta de sabores locais. Há também bancas com produtos prontos para consumo, como sanduíches com ingredientes provençais e tortas salgadas. Para quem prefere pular o almoço e fazer apenas um lanche rápido, o Marché Provençal pode ser o momento certo para essa pausa gastronômica.

Boulevard d’Aguillon e Les Casamates de la Création

Ao deixar o Mercado Provençal, siga até a região do Boulevard d’Aguillon, uma importante via que conecta o centro histórico com o Porto de Antibes. Essa é uma zona que concentra bares e restaurantes com mesas ao ar livre, além de atrativos históricos como um trecho preservado da antiga Muralha de Antibes e monumentos importantes como a Fontaine d’Aguillon, uma antiga fonte de água. Essa é uma região agradável de ser visitada tanto de dia (como no caso desse nosso roteiro) quanto a noite, quanto os restaurantes ficam ainda mais movimentados tanto pelos turistas quanto por moradores locais.

Se de um lado do Boulevard o atrativo são os restaurantes, do outro um conjunto de casamatas históricas sob a antiga muralha de fortificação da cidade foram transformadas em ateliês e galerias de arte abertas ao público. O local recebeu o sugestivo nome de Les Casamates de la Création — ambiente que mistura o rústico das antigas estruturas militares com a energia criativa de artistas locais que expõem pinturas, esculturas, cerâmicas e fotografias. A visita é gratuita, e é um lugar interessante para quem gosta de arte contemporânea ou simplesmente tem curiosidade em observar os artistas em seu ambiente de trabalho. Quando estivemos por lá, conseguimos acompanhar o processo de criação de uma peça em argila e um daqueles clássicos sopradores de vidro dando forma a uma nova peça.

Plage de la Gravette

Ao deixar o Viel Antibes, em poucos passos você estará na Plage de la Gravette, uma das praias públicas mais acessíveis e agradáveis de Antibes. “Escondida” atrás de um portão de pedra junto às muralhas da cidade, ela tem um clima mais reservado do que outras praias urbanas da região. Com sua faixa de areia bem curta, a ‘Gravette’ tem um formato de meia-lua e o mar bem calmo por conta das barreiras de pedras.


Antibes | O que fazer na Côte D'Azur
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Porto de Antibes

Saindo da praia, vale circular pelo Port Vauban, o principal porto de Antibes e um dos maiores portos de iates de luxo da Europa. A área é aberta ao público e permite caminhar entre as embarcações, que variam desde pequenos veleiros até superiates de alto valor. Por detrás dos mastros dos barcos, ao fundo, é possível avistar o Forte Carré, uma antiga fortaleza do século XVI, posicionada estrategicamente sobre uma colina.

Antibes | O que fazer na Côte D'Azur
Antibes | O que fazer na Côte D’Azur
Trilha “Le Sentier du Littoral”, Cap d’Antibes (*Opcional)

Agora uma dica de atividade extra, indicada principalmente para quem vai passar esse 3º dia de roteiro inteiro somente em Antibes. Já para quem pretende incluir Saint-Paul-de-Vence no mesmo dia, tudo vai depender do ritmo da viagem — pode ser preciso deixar esta experiência de fora para não apertar demais o roteiro.

Antibes | O que fazer na Côte D'Azur
Antibes | O que fazer na Côte D’Azur

Estamos falando da Trilha “Le Sentier du Littoral”, uma das experiências ao ar livre mais bonitas da Riviera Francesa. A trilha começa na Plage de la Garoupe e contorna toda a região de Cap d’Antibes, uma península rochosa que se projeta no mar Mediterrâneo, localizada entre as cidades de Antibes e Juan-les-Pins, passando por trechos de pedra bem junto ao mar azul-turquesa. Para chegar até o início da trilha, o ideal é estar de carro ou utilizar o transporte público de Antibes (fica a 7km do centro da cidade).

Com um total de cerca de 5 km de extensão, a trilha é considerada de dificuldade fácil a moderada. O percurso em si é praticamente plano, mas o terreno é bastante irregular em alguns trechos, com pedras e passagens estreitas, exigindo atenção e calçado apropriado. Mas não há muito risco de se perder, ou algo do tipo, já que tudo é bem sinalizado e sempre tem outras pessoas fazendo a trilha.

Vale a pena fazer a caminhada não somente pela atividade física, mas principalmente pelas vistas incríveis dessa imersão na natureza mediterrânea. Em média, a atividade deve levar de 1h30 a 2 horas, em um ritmo tranquilo, aproveitando as paradas para fotos e para curtir o visual.

🍽Onde comer em Antibes

Antibes tem uma cena gastronômica que combina charme provençal com o frescor do Mediterrâneo, e é possível provar um pouco de cada escolhendo bem onde sentar à mesa. No coração do centro histórico, o ensolarado La Cour des Thés oferece uma pausa acolhedora em meio às ruas de paralelepípedo, ideal para um almoço leve ou um chá da tarde. Já à beira-mar, próximo ao hotel, o Chez Mo – Albert 1er convida a saborear frutos do mar fresquíssimos com vista direta para a praia, perfeito para quem quer unir boa comida e o prazer de comer ao som das ondas.

La Cour des Thés
Se a ideia é fazer uma pausa durante o dia enquanto explora o centro histórico, o La Cour des Thés é uma escolha que combina bem com o ritmo tranquilo de Antibes. Localizado em uma rua estreita de paralelepípedos, o espaço tem clima intimista, com um pequeno e ensolarado pátio interno e decoração ao melhor estilo rústico provençal. O cardápio aposta em pratos do dia leves e bem apresentados, perfeitos para um almoço descomplicado, além de uma seleção especial de chás e doces que vale provar sem pressa. Lembrando que o local fecha as 17h, então não perca a hora se deseja incluir uma visitinha ao La Cour des Thés na sua estadia por Antibes.
Endereço: 14 Av. 24 Août, 06600 Antibes, França
Horário: Segunda a sábado, das 9h às 16h (encerra as 17h)

Chez Mo – Albert 1er
Para quem busca unir a experiência gastronômica ao prazer de estar de frente para o mar, o Chez Mo – Albert 1er é uma excelente pedida. Situado a poucos passos da praia e próximo ao Hotel Royal Antibes, o restaurante é especializado em frutos do mar frescos, com um cardápio que valoriza o sabor natural dos peixes e mariscos da região. Ostras, lagostas e peixes grelhados chegam à mesa com aquele toque simples e elegante que combina perfeitamente com o cenário à beira-mar. O ambiente é descontraído, e a possibilidade de almoçar ou jantar observando o vai e vem das ondas torna a refeição ainda mais especial. Os menus promocionais são uma boa pedida para quem quer experimentar diferentes sabores sem gastar muito.
Endereço: 46 Bd Albert 1er, 06600 Antibes, França
Horário: Todos os dias, das 12h às 22h.

Saint-Paul-de-Vence: como chegar, onde ficar e o que fazer?

Se assim como a gente, você também optou por incluir Saint-Paul de Vence no seu roteiro para o final da tarde desse terceiro dia pela Riviera Francesa, com certeza não irá se arrepender. Saint-Paul de Vence é um daqueles lugares que parecem ter parado no tempo. Localizada entre Nice e Antibes, essa vila medieval no alto de uma colina combina arte, história e paisagens que fazem jus à fama de ser uma das mais bonitas da Riviera Francesa. Com suas ruelas de pedra, galerias de arte e vistas panorâmicas dos Alpes ao Mediterrâneo, é o tipo de lugar ideal para ser descoberto sem pressa.

Como já antecipamos, a melhor forma de chegar em Saint-Paul de Vence é de carro. a vila está a cerca de 30 minutos de Nice ou Antibes (calcule 45 minutos se estiver próximo a horários de pico). Até é possível utilizar transporte público, mas neste caso, é necessário pegar um ônibus saindo de Nice (linha 400) que vai te deixar a cerca de 15 minutos a pé do centro da vila (descer na parada “Saint-Paul Village”). Ou seja, o mais recomendado é mesmo visitar a cidade de carro alugado.

Saint-Paul-de-Vence | O que fazer na Côte D'Azur
Saint-Paul-de-Vence | O que fazer na Côte D’Azur

Ao longo da estrada, vale parar em um dos vários mirantes naturais para apreciar o panorama da cidade. Não há um ponto exato marcado, mas eles são fáceis de identificar — a vista se abre em vários trechos, e como a estrada é tranquila, dá para escolher onde encostar com calma.

Na chegada a Saint-Paul de Vence, o estacionamento mais próximo é o Parking de la Colle-sur-Loup, pago e bem sinalizado. Mas dependendo do dia escolhido, é possível até mesmo estacionar gratuitamente em uma das vagas do Café de la Place, que fica bem pertinho da entrada principal da cidade. A partir desse ponto, tudo deve ser feito a pé.

Em relação a quanto tempo ficar por lá, 2 horas já é suficiente para caminhar pelo essencial de Saint-Paul de Vence — lembre-se que o vilarejo é bem pequeno! Calcule um pouco mais de tempo se pretender fazer uma pausa gastronômica em um dos cafés ou restaurantes.

Chegada e primeiras impressões da cidade murada de Saint-Paul de Vence

A entrada na cidade acontece por um dos antigos portões da muralha de proteção, e a chegada já impressiona. Sim, Saint-Paul de Vence é cercada por muralhas do século XVI que ainda estão intactas, criando um contraste marcante com a paisagem do entorno. Ao passar pelos portões de pedra, a sensação é de estar entrando num cenário de filme. As ruelas estreitas sobem e descem entre casas de pedra restauradas, janelas floridas e becos onde o tempo parece andar mais devagar.

Saint-Paul de Vence é daqueles lugares onde o grande destaque é o próprio vilarejo em si. Impossível não se encantar a primeira vista com seu charme medieval. Caminhar pelas ruelas de pedra, entre casas antigas e detalhes preservados, já é o suficiente para entender o encanto do lugar — tudo convida a desacelerar e observar com mais calma.

Inclusive, uma sugestão comum para quem visita Saint-Paul-de-Vence é simplesmente se perder pelas ruelas do vilarejo sem se importar com mapas ou um caminho exato a seguir. Sem dúvidas essa pode ser uma boa forma de explorar o lugar. Mas se você é desses que não dispensa ter uma ideia de caminho a percorrer e um mínimo de informação sobre os principais atrativos, a dica é: passe pelo escritório de turismo oficial de Saint-Paul (logo após o portão de entrada) e pegue gratuitamente um mapa impresso com indicações de caminhos para percorrer o essencial do vilarejo em uma rota circular. Dessa forma você aproveita a cidade e garante que não deixou de fora nenhum dos locais mais importantes.

Église Collégiale

No ponto mais alto do vilarejo está a Église Collégiale, um desses pontos imperdíveis recomendados no mapa oficial do turismo de Saint-Paul de Vence. Basta seguir as indicações até a Montée de l’Eglise, a subida principal que leva até a charmosa igreja de estilo românico.

Além da fachada toda em pedrinhas (a exemplo da arquitetura típica das casas do vilarejo), o interior da Igreja também é bem bonito, com obras sacras em madeira e um pequeno claustro anexo. A entrada é gratuita, e a subida vale a pena!

Place de la Fontaine

Outro ponto imperdível é a Place de la Fontaine, uma das praças mais importantes e simpáticas de Saint-Paul de Vence. O nome faz referência a belíssima fonte central, mas todo o entorno da praça tem um charme todo especial, já que os arredores são repletos de cafés, lojinhas e galerias de arte.

Arte em cada esquina: galerias e ateliês

Falando em galerias, Saint-Paul de Vence tem uma ligação profunda com a arte. Desde os anos 1920, a cidade atraiu artistas como Chagall, Picasso e Matisse, que buscavam ali um refúgio criativo. Essa herança é visível até hoje nas dezenas de galerias de arte e ateliês espalhados pelas ruas, e certamente você acabará encontrando algumas delas durante o roteiro pela cidade. Mesmo que não tenha intenção de comprar nada, vale admirar as vitrines ou mesmo entrar para ver de pertinho o trabalho dos artistas locais.

Lojinhas de produtos locais: azeites, lavandas e cerâmicas

Antes de ir embora, vale reservar um tempo para conhecer as lojinhas de produtos regionais. Há azeites aromatizados, sabonetes artesanais, licores de frutas e peças de cerâmica feitas por artesãos locais. Os preços não são os mais baratos da região, mas a qualidade costuma compensar.

📍 Dica prática: Para presentes de viagem, os sabonetinhos de lavanda e os potes de flor de sal são leves, fáceis de carregar e bem típicos da Provence.

Acesso às antigas Muralhas

Além de explorar as ruelas por dentro, em alguns pontos é possível caminhar sobre parte das antigas muralhas de Saint-Paul de Vence, construídas no século XVI. O acesso é livre e, embora o percurso não seja contínuo por toda a extensão, há trechos elevados que permitem observar a cidade e seus arredores por novos ângulos.

Muralhas de Saint-Paul-de-Vence | O que fazer na Côte D'Azur
Muralhas de Saint-Paul-de-Vence | O que fazer na Côte D’Azur

A vista muda conforme o ponto: de um lado, o olhar alcança os vinhedos e os campos da região; de outro, os Alpes se revelam ao longe, especialmente nos dias mais claros.

Muralhas de Saint-Paul-de-Vence | O que fazer na Côte D'Azur
Muralhas de Saint-Paul-de-Vence | O que fazer na Côte D’Azur

Com o pôr do sol visto a partir das muralhas de Saint-Paul de Vence, é hora de retornar para Antibes e encerrar esse terceiro dia de roteiro pela Riviera Francesa com um jantar no Chez Mo – Albert 1er.


Dia 4 – Cannes

Depois de três dias explorando diferentes facetas da Côte d’Azur — entre vilarejos medievais, mercados provençais e paisagens à beira-mar — o quarto e último dia do nosso roteiro pela Riviera Francesa é dedicado a Cannes. Conhecida mundialmente pelo seu festival de cinema, a cidade vai além do glamour do tapete vermelho: tem um centrinho compacto, praias acessíveis, uma orla movimentada que convida a caminhar sem pressa e passeios de barco até ilhas próximas. A combinação agradável de praias urbanas, lojas, cafés e mirantes com vista para o mar faz de Cannes uma escolha prática (e visualmente bonita) para encerrar essa viagem pela Côte d’Azur.

Se Cannes é sinônimo de glamour, é de se esperar que os preços em geral costumem ser um pouco mais elevados do que em cidades vizinhas — tanto na hospedagem quanto nos restaurantes. Ainda assim, com planejamento, é possível explorar Cannes sem exageros e curtir o melhor da cidade em um roteiro de um dia bem aproveitado.

Cannes: como chegar, onde ficar e o que fazer?

Partindo de Antibes, chegar a Cannes é simples e rápido. A cidade está a cerca de 12 km de distância e pode ser acessada tanto de trem quanto de carro em aproximadamente 30 minutos. A dica é sair pela manhã para aproveitar bem o dia. Por conta da proximidade, seria possível até mesmo fazer um bate-volta de um dia em Cannes. No nosso caso, por ser o último dia do roteiro, optamos por ir de trem e passar a noite em Cannes, o que nos deu mais flexibilidade para conhecer bem a cidade.

Nossa dica de onde ficar em Cannes é o OKKO HOTELS Cannes Centre, que fica literalmente ao lado da estação de trem — uma escolha prática para quem está com malas e quer otimizar o tempo. Além da praticidade, a região oferece fácil acesso à parte central da cidade — dá para ir caminhando até a orla, a Croisette e o bairro histórico de Le Suquet.

Estação de trem em Cannes | O que fazer em Cannes
Estação de trem em Cannes | O que fazer em Cannes

O hotel é novo e tem um estilo moderno e funcional, com quartos compactos, confortáveis e bem isolados acusticamente (essencial numa área central). Um dos diferenciais é o Club Lounge, um espaço aberto aos hóspedes com bebidas e lanches leves como cortesia durante todo o dia, além de um ambiente tranquilo para trabalhar ou descansar ao longo da sua estadia.

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Explorando o centro de Cannes: Rue Hoche e Rue d’Antibes

Para começar o dia em Cannes, uma boa pedida é sair caminhando pelas ruas próximas à estação (e ao OKKO HOTELS para quem seguiu a nossa dica), e explorar dois dos endereços mais movimentados do centro: a Rue Hoche e a Rue d’Antibes. As duas ruas ficam praticamente paralelas e formam um eixo bem animado, com diveras opções de cafés, lojinhas, boutiques e padarias artesanais.

A Rue Hoche tem um clima descontraído e local. Ao longo da rua, é fácil encontrar padarias com vitrines bem montadas, pequenos empórios, restaurantes e cafés com mesas na calçada — perfeitos para um café da manhã ou pausa rápida antes de seguir o passeio. Por lá circulam não apenas turistas, mas também moradores locais, em uma atmosfera bem autêntica e agradável.

Já a Rue d’Antibes tem um perfil mais comercial e elegante. É uma das principais vias de compras da cidade, com lojas de marcas francesas, perfumarias, livrarias, papelarias e boutiques de roupas e acessórios. Mesmo que a intenção não seja comprar nada, vale o passeio pelas vitrines, que refletem bem o estilo da Riviera: sofisticado, mas sem ostentação.

Rue Meynadier e Marché Forville

Depois de caminhar pelas vitrines da Rue d’Antibes ou tomar um café na Rue Hoche, siga em direção à Rue Meynadier, uma das ruas mais antigas e tradicionais de Cannes. Diferente da sofisticação das avenidas vizinhas, aqui o clima é bem mais popular. A rua é estreita, sempre movimentada, e reúne lojas de produtos locais, restaurantes, padarias, queijarias e pequenos comércios familiares.

Uma caminhada por ali é também uma forma de observar a rotina local, com os moradores fazendo compras do dia a dia e turistas curiosos a procura de uma boa oportunidade. É o tipo de lugar onde o foco não está na estética das vitrines, mas sim na qualidade do que se vende.

Seguindo o fluxo da rua, você chega naturalmente ao Marché Forville, o principal mercado coberto de Cannes. Fique atento porque o mercado funciona apenas pela manhã (aberto de terça a domingo, até às 13h). Por isso é importante chegar cedo e começar logo a explorar a cidade — depois desse horário, pode até pular essa atividade pois nem compensa passar apenas por fora do mercado.

Marché Forville | O que fazer em Cannes
Marché Forville | O que fazer em Cannes

O Marché Forville é daqueles típicos mercados franceses que reúnem uma seleção de produtos frescos da região, como legumes, queijos, azeitonas, pães artesanais e flores. O local andava um pouco largado, mas a reforma realizada em 2024 deu uma bela revitalizada no local. Para quem não dispensa esse tipo de atividade, não deixe de dar uma passadinha por lá!

Marché Forville em Cannes| O que fazer em Cannes
Marché Forville em Cannes| O que fazer em Cannes
Port de Cannes e Promenade de la Pantiero

Saindo do Marché Forville, a caminhada segue em direção ao Port de Cannes, o principal porto da cidade. É onde estão ancorados desde pequenos barcos de pesca até iates impressionantes, que reforçam a fama da Riviera como destino de luxo — mas que aqui convivem com o cotidiano simples dos moradores.

O que fazer na Côte D'Azur: roteiro de 4 dias por 6 cidades da Riviera Francesa - Cannes 20241015 145238
Port de Cannes e Promenade de la Pantiero | O que fazer em Cannes, na Riviera Francesa

A região portuária é aberta ao público e convida a um passeio tranquilo à beira-mar. Ao longo da Promenade de la Pantiero (principal via que acompanha o contorno do porto), o visual é impressionante: de de um lado, os barcos ancorados com o mar ao fundo; em frente, o bairro de Le Suquet se ergue na colina com suas casas coloridas e a torre da igreja com o letreiro de Cannes dominando a paisagem.

É também na região portuária de Cannes que fica o ponto de embarque para passeios de barco e excursões até às Îles de Lérins, uma atividade opcional que é a próxima sugestão do nosso roteiro pela cidade.

Passeio de barco até a Île de Sainte-Marguerite (opcional)

Para quem deseja incluir um momento de natureza e tranquilidade no roteiro e fugir do clichê de um roteiro típico em Cannes, uma sugestão bem diferente é o passeio de barco até a Île Sainte-Marguerite, a maior das Îles de Lérins, localizadas a menos de 1 km da costa de Cannes. A travessia leva cerca de 15 minutos (cada trecho) e sai diretamente do Port de Cannes, com barcos regulares operando ao longo do dia, o ano inteiro — normalmente com saídas de hora em hora. Os ingressos podem ser comprados no próprio porto, no guichê da empresa “Trans Côte dAzur”, mas é bom chegar com alguma antecedência.

Como é um passeio de custo relativamente elevado (a partir de €18 por pessoa) e que tem uma duração média de 2 horas no total, colocamos a atividade como opcional — apenas para quem é fã desse tipo de atividade e não se importa de “perder” esse tempo na exploração do centrinho de Cannes.

Com os bilhetes em mão, é hora de embarcar para a primeira parte da atividade: o trecho de barco desde Cannes até a Île de Sainte-Marguerite. Apesar de curto, o passeio é bem bonito e oferece um ponto de vista único da costa de Cannes.

A medida que nos aproximamos das Îles de Lérins, o mar vai ficando ainda mais azul turqueza, como é típico da Côte d’Azur. Bom momento para um pequeno descanso e para aproveitar o calor do sol e a brisa do mar batendo no rosto.

A mais famosa das ilhas é a Île Sainte-Marguerite, conhecida pela combinação rara de natureza preservada e patrimônio histórico. Logo na chegada, próximo ao cais de desembarque, há um mapa com as principais informações e caminhos a percorrer. Para quem mora em Cannes ou arredores, é possível ir e passar o dia percorrendo as trilhas em meio a natureza. Mas nesse roteiro, recomendamos fazer um giro mais básico para que a aatividade não se estenda por mais de 1h30/2h.

No quesito “natureza preservada”, destaque para as trilhas, a vegetação nativa centenária e as enseadas de água cristalina. Toda a ilha é acessível a pé e oferece uma experiência silenciosa e desconectada de tudo, sem veículos motorizados. Dica: leve água e lanches, porque não há grandes opções por lá. Há banheiros e um restaurante sazonal, mas a estrutura é limitada — o ideal é encarar o passeio com espírito de leveza e simplicidade.

No que diz respeito a “patrimônio histórico”, a principal atração da ilha é o Fort Royal, uma antiga prisão militar onde ficou detido o enigmático Homem da Máscara de Ferro — que inclusive virou tema de filme. Hoje, o forte abriga o Museu do Mar, com exposições que incluem objetos arqueológicos submarinos e achados locais. Não fizemos a visita completa (que é paga e nos tomaria mais tempo do que o planejado), mas vale passar pela entrada e conferir um pouco do local histórico.

Planeje-se para caminhar por mais ou menos 1 hora pela ilha e retornar cerca de 10 minutos antes do horário previsto para a partida do barco de retorno a Cannes. Esse tempo é mais do que suficiente para desfrutar da experiência em meio a natureza sem prejudicar a continuidade do roteiro pelo centrinho de Cannes.

Le Suquet: história, vista panorâmica e o letreiro de Cannes

De volta ao Port de Cannes, provavelmente no meio da tarde, é hora de seguir rumo ao histórico bairro de Le Suquet, onde a cidade começou. Muito antes da fama internacional trazida pelo festival de cinema, Cannes era uma vila de pescadores cercada por colinas — e Le Suquet era o ponto estratégico de defesa e observação, no alto do que hoje é o centro histórico da cidade.

A subida até o topo leva cerca de 10 a 15 minutos, partindo do porto ou do Marché Forville. O bairro é pequeno e fácil de explorar a pé — só precisa de disposição para a subida.

Les Murs Peints – Cinéma Cannes

Antes de subir para o bairro histórico de Le Suquet pela Rue du Mont Chevalier, é impossível não parar por alguns minutos e ver de perto um dos famosos “Les Murs Peints“: o “Cinéma Cannes”, uma enorme pintura que cobre toda a lateral de um antigo edifício.

Estes murais são bem populares em Cannes e se espalham ao longo do centro histórico (inclusive, mencionaremos mais alguns na sequência desse roteiro). Esse, em específico, reúne personagens icônicos do cinema, como Charlie Chaplin, Marilyn Monroe, James Dean, além de diversas referências a filmes clássicos, em um grande painel que celebra a relação da cidade com a sétima arte. A obra se tornou um dos cartões-postais mais curiosos de Cannes.

Église Notre-Dame d’Espérance: silêncio, sombra e história

A subida a pé pela Rue du Mont Chevalier leva aproximadamente 10 minutos, e a chegada ao topo da colina nos reserva a experiência de ficar frente a frente com a Église Notre-Dame d’Espérance. A igreja paroquial de Cannes foi construída entre os séculos XVI e XVII com a fachada inteiramente de pedra, e sua arquitetura mistura o estilo gótico provençal com toques renascentistas, visíveis principalmente na torre do sino com relógio — um marco visual do panorama da cidade. A posição estratégica no alto da montanha, emoldurada pelo céu azul ao fundo, confere ainda mais imponência para esse símbolo de Cannes.

Aberto a visitação gratuita, o interior da igreja é bem simples, mas acolhedor. As paredes tem pouca ornamentação, e o que mais chama a atenção são os vitrais coloridos, os antigos bancos em madeira e algumas obras de arte sacra em posição de destaque. Como a maioria das pessoas sobe mais por conta dos mirantes e vistas que se tem do alto da colina, a igreja em si costuma estar pouco movimentada, o que permite entrar, sentar e observar os detalhes com calma — além de descansar e tomar um fôlego. Não é necessário muito tempo para conferir todo o interior da igreja e seguir o roteiro por Cannes.

Mirante e letreiro CANNES: a melhor vista da cidade

Ao lado da igreja, o mirante de Le Suquet oferece uma das vistas mais abertas da cidade: de um lado, o porto com seus iates; de outro, a Baía de Cannes e a orla da Croisette, com suas palmeiras enfileiradas. Em dias mais claros, é possível ver até mesmo as Îles de Lérins e, ao fundo, as montanhas do maciço de l’Esterel.

Mirante de Le Suquet | O que fazer em Cannes
Mirante de Le Suquet | O que fazer em Cannes

Em geral, o mais recomendado é fazer essa subida justamente no final de tarde, quando o sol já começa a baixar. Especialmente nos dias de sol, esse é o momento em que o clima está mais ameno e a luminosidade perfeita para curtir a vista mais bonita de Cannes.

Ali também fica o famoso letreiro CANNES, que você já terá visto lá de baixo, quando estiver circulando pela região do Porto de Cannes. Em letras grandes ao melhor estilo ‘Hollywood’, a atração é de fácil acesso, gratuita, e costuma render ótimas fotos.

Mais muros pintados (descida do le Suquet)

Na descida pelo outro lado do Le Suquet, pela Traverse de la Tour, você encontrará na sequência outras duas pinturas com a temática do cinema em fachadas de edifícios: L’envers du décor (retratando os bastidores de uma filmagem de cinema) e Le caméraman, que inverte as espectativas e mostra o operador de câmera, ao invés do conteúdo da sua filmagem.

Rue Félix Faure: cafés, vitrines e vista para o porto

Após deixar o bairro de Le Suquet para enfim seguir em direção ao icônico Palácio dos Festivais de Cannes, você irá passar novamente pela região do Port de Cannes. Dessa vez, ao invés de margear os barcos e iates de luxo, siga pela Rue Félix Faure, uma rua paralela ao porto e que oferece uma caminhada agradável entre prédios clássicos, cafés movimentados e um fluxo constante de pessoas indo e vindo. Independente do horário, as mesas nas calçadas quase sempre estão ocupadas — seja para um almoço ao ar livre, uma pausa para o café ou um happy hour de fim de tarde, como no caso deste roteiro.

Essa é uma das zonas mais charmosas da cidade, com destaque para a arquitetura dos elegantes edifícios ao longo de toda a rua. Um ótimo exemplo é o imponente Hotel Splendid, um dos hotéis mais antigos e tradicionais de Cannes. Com localização privilegiada, de frente para o porto e a poucos passos do Palais des Festivals, o prédio carrega o charme da Belle Époque, com varandas ornamentadas e vista ampla para o mar. Mesmo que não esteja nos planos se hospedar ali, vale a pena observá-lo com atenção. O Splendid faz parte da história da cidade e já recebeu celebridades, artistas e viajantes ilustres desde o início do século XX.

Fachada do Splendid Hotel | O que fazer em Cannes
Fachada do Splendid Hotel | O que fazer em Cannes

Essa caminhada leva naturalmente até o Palais des Festivals, onde está o famoso tapete vermelho. É um trajeto curto e plano, ideal para fechar o dia no ritmo da cidade — sem pressa, aproveitando os últimos raios de sol.

Palais des Festivals et des Congrès: o famoso tapete vermelho do Palácio dos Festivais de Cannes

O passeio pela Rue Félix Faure termina diante do ponto mais emblemático de Cannes: o Palais des Festivals et des Congrès, sede oficial do Festival de Cinema de Cannes. É aqui que acontece, todos os anos, a icônica subida da escadaria com o tapete vermelho, por onde passam as maiores estrelas do cinema mundial.

Palácio dos Festivais | O que fazer em Cannes
Palácio dos Festivais | O que fazer em Cannes

É claro que Cannes deve ser uma “outra cidade” durante o período em que acontece o maior evento da cidade. Mas mesmo fora da época do festival, o local continua movimentado: a escadaria está sempre montada e virou parada obrigatória para quem visita a cidade. Isso porque, além do evento de cinema, o local recebe diversos congressos internacionais, incluindo feiras de publicidade e encontros de negócios, o que movimenta a cidade o ano todo.

Ao redor do Palais fica a “Allée des Étoiles du Cinéma”, uma espécie de calçada da fama com moldes das mãos de grandes nomes do cinema. É fácil se perder ali, comparando assinaturas, datas e pegadas de artistas como Quentin Tarantino, Pedro Almodóvar, Sophia Loren, Catherine Deneuve, Spike Lee, Tim Burton — e, entre os destaques que registramos com fotos, os moldes de Sylvester Stallone e Clint Eastwood.

Dica: bem ao lado do Palais fica localizado o escritório de turismo oficial de Cannes. É sempre uma boa ideia passar por esses centros, mesmo com o roteiro pronto. Além de mapas gratuitos, eles oferecem dicas atualizadas, sugestões de exposições temporárias, informações sobre transporte e ainda dispõem de diversos souvenirs e produtos relacionados à cidade para venda — no nosso caso, não encontramos nada valendo muito a pena, mas sempre vale tentar garimpar aquela lembrança de viagem.

La Croisette: encerrando o dia na icônica avenida a beira-mar

Para encerrar o dia de atividades em Cannes, que tal uma caminhada pelo calçadão da praia mais famosa de Cannes? Estamos falando de La Croisette, que é um dos icônes de Cannes e fica bem pertinho do Palácio dos Festivais. Aliás, o Boulevard de la Croisette (a avenida à beira-mar) começa justamente no Palais des Festivals e segue beirando a baía de Cannes, com trechos de praia de areia clara e vista para o mar Mediterrâneo.

La Croisette | O que fazer em Cannes
La Croisette | O que fazer em Cannes (fonte: Cannes Tourisme Official)

O Boulevard de la Croisette é daqueles lugares que resumem bem o charme de Cannes. Com palmeiras de um lado, o mar do outro e hotéis históricos pelo caminho, essa avenida é o coração turístico da cidade — e também uma das mais elegantes da Riviera Francesa. São 3km de extensão de pura sofisticação à beira-mar, onde não faltam edifícios com fachadas elegantes, carros de luxo, hotéis e boutiques de lojas de grife.

Entre os edifícios, um dos destaques é o imponente InterContinental Carlton, um clássico da arquitetura Belle Époque. Mesmo para quem não vai se hospedar nos hotéis mais luxuosos ou fazer compras de luxo, o passeio pela Croisette vale pela atmosfera: é o tipo de lugar onde só de andar você já sente que está em um cartão-postal — daqueles que marcam a viagem.

La Croisette | O que fazer em Cannes
Hotel Carlton – La Croisette | O que fazer em Cannes

Assim termina o nosso dia de atividades em Cannes. Como esse roteiro é circular, nesse momento do dia você estará novamente próximo ao centro da cidade, à estação de trem e ao hotel (caso tenha optado por ser hospedar no OKKO HOTELS Cannes Centre. Dá tempo de passar no quarto para repor as energias e jantar em um dos restaurantes locais para encerrar com chave de ouro essa estadia em Cannes e na Côte d’Azur.

🍽Onde comer em Cannes

Com opções que vão de restaurantes sofisticados à beira-mar a cafés descontraídos no centro, comer bem por em Cannes. É fácil encontrar bons frutos do mar, sabores mediterrâneos e menus criativos em ambientes que equilibram elegância e informalidade.

Rosana Cannes: brunch, almoço ou jantar em um ambiente leve e moderno

Bem próximo à Croisette e ao centro, o Rosana é uma boa opção para quem busca um lugar com ambiente mais informal e um menu versátil. Com decoração contemporânea e toques tropicais, o espaço combina bem com diferentes momentos do dia — seja para um brunch descomplicado, uma pausa no meio da tarde ou um jantar leve.
Para o jantar, o cardápio traz pratos com influências mediterrâneas e asiáticas, servidos em porções bem apresentadas, mas sem afetação. A carta de vinhos reúne rótulos da região, com destaque para os brancos e rosés. O atendimento é bastante simpático, e quando estivemos por lá, tinha até um brasileiro na equipe!

Endereço: 13 Rue des Belges, 06400 Cannes, França
Horário: Aberto diariamente, das 9h às 23h

Marea: jantar em rooftop com vista para o porto histórico de Cannes

Se a ideia é encerrar o dia com uma refeição especial, o Marea é uma excelente escolha. No alto do hotel Canopy by Hilton Cannes, o Marea é um restaurante e bar no rooftop com uma vista realmente impressionante para o Porto Antigo de Cannes.
O ambiente é moderno, com móveis elegantes e clima relaxado. O cardápio tem inspiração mediterrânea, com pratos para compartilhar, opções cruas ou marinadas e combinações de terra e mar — tudo preparado com ingredientes locais e ótima apresentação. Além disso, o bar serve vinhos em taça e coquetéis autorais que valorizam sabores da região, como frutas cítricas e xaropes artesanais.
Endereço: 2 Bd Jean Hibert, 06400 Cannes, França (rooftop do hotel)
Horário: Aberto diariamente para o jantar, das 17h às 23h


Assim termina o nosso artigo sobre O que fazer na Côte D’Azur, na França, com todas as dicas de passeios e atividades imperdíveis para um roteiro de 4 dias, passando por 6 cidades.

Viajar pela Riviera Francesa é se deixar levar por um ritmo mais lento, feito de luz suave, paisagens que misturam mar e montanha, e cidades que revelam seu charme aos poucos. Em apenas quatro dias, é possível vivenciar desde o burburinho de Nice, com sua mistura cosmopolita e mediterrânea, até o silêncio das ruazinhas de Saint-Paul de Vence. Passando pelas belezas à beira-mar de Villefranche-sur-Mer, pelas histórias preservadas em Èze e Antibes, e pela elegância solar de Cannes, a sensação que fica é a de ter experimentado uma coleção de postais — só que ao vivo, com cheiros, sabores e encontros pelo caminho. Um roteiro que cabe em poucos dias, mas que marca como se fosse uma temporada inteira.

Se ficou com alguma dúvida, ou quer contar como foi sua experiência pela Côte d’Azur, deixa seu comentário logo abaixo! 🙂

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Onde ficar hospedado na Côte D’Azur

Em Nice:
Em Antibes:
Em Cannes:

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+ Lista de hotéis na Côte D’Azur

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Escrito por
Augusto

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