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Colônia do Sacramento

O que fazer em Colônia do Sacramento, no Uruguai? Roteiro de 2 dias

Em 2009 visitei Colônia do Sacramento a partir de Buenos Aires, no clássico “day tour” com o BuqueBus. É um passeio interessante, mas por mais que o centro histórico da cidade seja de fato bem pequeno, eu senti falta de ter mais tempo por lá. Tempo para explorar um pouco mais cada canto, tempo para tirar fotos mais caprichadas, e principalmente, tempo para viver um pouco a realidade da cidade. Há muito o que fazer em Colônia do Sacramento e uma única tarde não foi o suficiente.

Coloquei na cabeça que seria necessário voltar um dia a Colônia do Sacramento e passar de fato um dia inteiro na cidade: acordando em Colônia, tomando café da manhã no hotel, explorando tudo que a cidade tem a oferecer, e claro, passando uma noite na cidade. A experiência de uma noite no friozinho de Colônia, caminhando pelas ruazinhas de pedras e pelas construções históricas iluminadas em tons de sépia pelas clássicas luminárias que são um símbolo da cidade que é patrimônio histórico da Unesco, era algo que eu gostaria muito de vivenciar. E essa oportunidade finalmente chegou em nossa viagem de 9 dias pelo Uruguai.

Nosso planejamento foi de viajar a partir de Montevidéu, chegar em Colônia do Sacramento em uma segunda-feira a noite, passar a terça-feira inteira na cidade e regressar para Montevidéu somente na quarta-feira pela manhã, totalizando oficialmente uma noite, um dia inteiro e um pedacinho de manhã (2 noites de fato dormidas em Colônia). Eu, para arredondar, chamarei de “roteiro de 2 dias em Colônia do Sacramento”. 🙂

Vinda de Montevidéu até Colônia do Sacramento: 1ª noite na cidade

Chegamos em Colônia do Sacramento as 18:30, vindo de ônibus desde Montevidéu em uma viagem bem tranquila de 3 horas de duração. (Contamos tudo no post ‘Como ir de Montevidéu para Colônia do Sacramento’). Como estávamos no auge do inverno uruguaio, já era noite e o clima bem friozinho fez a gente pegar um táxi na rodoviária de Colônia até o Hotel La Misión, onde ficaríamos hospedados pelas 2 noites.

La Misión Hotel: recepção e lounge de entrada
La Misión Hotel: recepção e lounge de entrada

Tudo é muito pertinho na cidade, e por volta das 19:00 já estávamos com check in feito, malas guardadas e prontos para começar a explorar a beleza de Colônia do Sacramento a noite. Nesse dia caminhamos um pouco livremente pelos arredores do hotel, desde a Plaza Mayor em direção ao Muelle de Colônia do Sacramento. Colônia definitivamente não é uma cidade para apressados: faça tudo calmamente, observando cada ruazinha, cada detalhe das casas.

Colônia do Sacramento
Colônia do Sacramento: descobrindo a cidade à noite

Enquanto nos perdíamos por essa encantadora cidade, paramos para tomar uma ‘merienda’ (chá da tarde) no Queriéndote, uma surpreendente casa de chás bem pertinho do nosso hotel. Não havíamos nesse dia e iríamos jantar perto das 23h (já nos habituando ao padrão uruguaio de jantar tarde, como contamos no post com curiosidades sobre os restaurantes uruguaios).

Queriéndote Casa de Té y Bistró: curtindo o chá da tarde
Queriéndote Casa de Té y Bistró: curtindo o chá da tarde

Na sequência, seguimos pela Plaza de Armas onde vimos a fachada lateral da Basílica do Santíssimo Sacramento iluminada.

Colônia do Sacramento
Colônia do Sacramento

Caminhando mais um pouco, chegamos no Muelle de Yates de Colônia do Sacramento (também conhecido como deck ou trapiche). Confesso que tenho dificuldades para afirmar se essa região é mais bonita de dia, com o sol refletindo no mar, ou a noite, onde as luminárias da cidade e a ligeira neblina deixavam tudo com um ar de magia. As fotos falam por si, depois vocês comparam com a foto do dia seguinte. 😉

Colônia do Sacramento
Colônia do Sacramento: muelle (pier)

Saindo dali, fizemos o caminho inverso para circundar o restante do centro histórico da cidade até chegar no extremo sul, onde fica o Portão de Campo (a antiga porta de entrada da cidade histórica de Colônia do Sacramento). É mais um lugar que definitivamente vale ser visitado de dia e de noite.

Colônia do Sacramento
Colônia do Sacramento: Portão de Campo

A fome (e a vontade de comer uma parrilla) começou a apertar novamente e voltamos até um restaurante que havíamos visto no início da nossa caminhada, bem pertinho do nosso hotel: o Marlo Parrilla. Excelente parrilla acompanhada de vinho uruguaio para encerrar bem a nossa primeira noite por Colônia do Sacramento. 🙂

Roteiro de 1 dia inteiro: acordando e dormindo em Colônia do Sacramento

Acordamos por volta das 8h30 para poder tomar café da manha com calma e aproveitar bem a cidade. Demos muita sorte de, em pleno inverno uruguaio, após uma semana de muita chuva, pegarmos um dia de céu completamente azul (apesar do frio).

Colônia do Sacramento
Colônia do Sacramento: dia de céu azulzinho

Começamos o dia caminhando pela plaza Mayor em direção ao Portão de Campo (agora de dia). No caminho, pausa para várias fotos de detalhes das casas, das ruas e de alguns dos muitos painéis de azulejos que podem ser encontrados por todo o centro histórico, fruto da influência da colonização portuguesa na região.

Colônia do Sacramento
Colônia do Sacramento: azulejos

Começar a explorar a cidade pelo antigo portão de entrada é também o fluxo natural das visitas guiadas. Por conta disso, logo que identificamos as pequenas hordas de turistas se aproximando, tratamos de apressar o passo para garantir fotos sem tantos “figurantes”. Rsrsrs

Colônia do Sacramento
Colônia do Sacramento: Portão de Campo durante o dia

Além do portão propriamente dito, vale destacar também o trecho da antiga muralha da cidade com seus canhões e a bela vista que se tem do “mar” (oficialmente o Rio da Prata) e também do “Faro”, o farol da cidade de Colônia. A cidade toda é ótima para quem gosta de fotografar, mas esse pedaço em especial rende muitos ângulos incríveis!

Colônia do Sacramento
Colônia do Sacramento: muralha e a super vista lá de cima

Há poucos metros dali fica a charmosíssima Calle de los Suspiros, outro clássico da cidade. Fortemente influenciada pela colonização portuguesa, é uma rua que sintetiza bem a essência e a beleza do centro histórico de Colônia do Sacramento. O calçamento (original) é todo em pedras, e a rua é repleta de casinhas antigas – simples, mas encantadoras. É o tipo de local onde basta apontar a câmera que já sai uma foto boa. Se caprichar, é foto de instagram na certa! Rsrsrs

Colônia do Sacramento
Colônia do Sacramento: Calle de los Suspiros

Outro detalhe que torna a Calle de los Suspiros ainda mais interessante é a lenda em relação a origem de seu nome. Existem várias hipóteses conhecidas: uma diz que os “suspiros” se referem aos condenados que suspiravam ao passar pela rua em direção ao Rio da Prata, onde cumpriam a sentença de morte. Há também a versão de que o nome se deve ao último suspiro de uma moça apaixonada que foi esfaqueada em uma das casas. A última, menos “mórbida”, é de que a rua concentrava os prostíbulos da cidade, e os “suspiros” seriam de prazer. Fato é que a rua hoje concentra a atenção dos turistas, e tem que ter paciência pra conseguir boas fotos por lá. 🙂

A partir dali, caminhamos em direção ao Faro de Colônia do Sacramento admirando cada detalhe do caminho. É justamente nos detalhes que Colônia do Sacramento consegue nos impressionar, tamanho o cuidado e a conservação que observamos por toda a parte histórica da cidade. E a cada esquina que passávamos, podíamos ver o farol mais de perto, e por um ângulo diferente.

Colônia do Sacramento
Colônia do Sacramento: à caminho do Faro de Colônia
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Colônia do Sacramento: Faro de Colonia

Inaugurado em 1857, o ‘Faro’ é aberto a visitação diária (25 pesos uruguaios por pessoa, o equivalente a uns R$3). Pra subir, é bom estar com o preparo físico em dia: a subida é por uma escada bem grande, dividida em 2 lances. Tanto o espaço da escada quanto as portinholas da parte superior do farol são bem estreitas, então acho que não seria recomendável para quem sofre de claustrofobia.

Colônia do Sacramento
Colônia do Sacramento: Faro de Colonia (o Farol de Colônia)

É provável que você precise encarar uma pequena fila para subir no farol. Além disso, como não cabe muita gente lá em cima (e as escadas são bem estreitinhas), o processo de subir e descer é feito em “levas” de pessoas. De tempos em tempos o segurança autoriza o pessoal a descer (e aí tem que descer todo mundo) ou a subir (da mesma forma, sobre todo mundo). Por conta disso, a visita toda acaba levando cerca de 30 a 40 minutos, em média. Mas eu achei que valeu muito a pena: é barato, é tranquilo de subir pra quem está acostumado a caminhar muito como a gente, e a vista que se tem lá de cima (principalmente do 2º e último nível) é muito bonita. Nos dias mais limpos, dá até pra ver na penumbra alguns prédios da vizinha Buenos Aires.

Colônia do Sacramento
Colônia do Sacramento: a vista lá de cima

Na sequência caminhamos um pouco pela rambla de Colônia, ou seja, pela “orla” da cidade. Por ali ficava também o clássico mapa da cidade murada de Colônia do Sacramento, todo em azulejo. Salve a localização no seu mapa para não passar batido, já que ele fica num muro normal, sem grandes sinalizações.

Colônia do Sacramento
Colônia do Sacramento: pela rambla à caminho do restaurante

Nesse momento já eram mais de 13h e a fome estava começando a apertar. A cidade de Colônia é repleta de opções gastronômicas, principalmente nessa região do centro histórico, e acabamos optando por almoçar em um ensolarado restaurante de esquina na Calle San Jose, já quase chegando na região dos decks: o La Comandancia (contamos toda nossa experiência por lá).

La Comandancia: super vista pra curtir uma bela refeição
La Comandancia: super vista pra curtir uma bela refeição

Após o descanso do almoço, fomos até o deck mais a esquerda no mapa, o Puerto de Yates. Nesse horário ele ainda não estava cheio (os decks costumam lotar mais próximo ao por do sol), e aproveitamos para curtir o visual e, claro, tirar algumas fotos.

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Colônia do Sacramento: Puerto de Yates

Dali rumamos para a Plaza de Armas para visitar a simpática Basílica do Santíssimo Sacramento. Apesar de ter passado por algumas reconstruções e restaurações, a Igreja é considerada a mais antiga do Uruguai. Vale a pena conhecê-la em seu interior também – que é bem simples, remetendo bastante ao estilo Colonial, mas bem conservado.

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Colônia do Sacramento: Basílica e Plaza de Armas

Bem em frente a Igreja fica o clássico restaurante El Drugstore. Confesso que nunca comi por lá (nem nessa visita nem na anterior), mas na verdade a sua fama não se deve a qualidade da comida, mas aos inúmeros carros antigos que ficam estacionados do lado de fora e fazem parte do próprio ambiente do restaurante. Um deles é até adaptado para servir de mesa para um casal! Rsrs  Mas a maioria dos visitantes acaba indo lá para tirar fotos com os carros mesmo. 🙂

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Colônia do Sacramento: carros antigos pelas ruazinhas

Dali voltamos caminhando em direção ao Muelle de Colônia do Sacramento, onde, reza a lenda, tem-se o pôr do sol mais bonito da cidade. Seria o nosso primeiro (e único) pôr do sol em Colônia do Sacramento, e queríamos aproveitar bem a sorte de ter pego um dia tão bonito e ensolarado.

Colônia do Sacramento

Colônia do Sacramento: Muelle (pier)

Como ainda faltavam alguns minutos para os momentos mais bonitos do sol baixando, demos uma paradinha em um café que fica bem na chegada ao deck: o Café del Muelle. Como ainda não estávamos com fome, pedimos só um cappuccino e um submarino (leite quente com um pedaço de chocolate) para dividir e descansar mais um pouquinho aproveitando a bela vista.

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Colônia do Sacramento: Café del Muelle

Na saída do café, percebemos o movimento de pessoas aumentando a medida que o sol começava a se esconder. Pudemos confirmar a fama do local: realmente, o visual do sol se pondo e a luz se refletindo no mar, cortados somente pelos barcos e pelos vultos das pessoas, é belíssimo e super romântico!

Depois de muitas fotos, nem esperamos o sol se esconder inteiramente e seguimos um pouco mais pela rambla, agora em direção ao norte da cidade de Colônia. A cada vez que parávamos para olhar para o lado, a vista incrível tornava quase obrigatório uma nova foto. Rsrs

Colônia do Sacramento
Colônia do Sacramento: pôr do sol no Muelle e caminhando pela Rambla

Quando finalmente o sol se escondeu, aproveitamos que ainda estávamos em pleno horário “comercial” e demos uma voltinha pela principal rua do centro histórico de Colônia do Sacramento no que diz respeito a comércio: a Avenida General Flores. Não vimos nada de muito imperdível por lá: algumas lojinhas especializadas em produtos de couro e outros produtos típicos. O mais interessante talvez tenha sido o “mini supermercado” que encontramos, o Super Usa Express. Por incrível que pareça, os preços dele eram na média melhores do que os preços de Montevidéu. Aproveitamos para comprar alguns alfajores uruguaios para trazer para o Brasil e um pote de doce de leite fabricado em Colônia. O único “detalhe” é que esse doce só vendia em potes de 1 quilo!!! Mas fazer o que? É claro que eu não ia perder a chance de trazer mais um exemplar para montar o meu ‘ranking de dulces de leche uruguaios’. Rsrsrs

Depois de tanta caminhada, voltamos para o hotel para um banho e uma descansadinha para curtir bem o finalzinho da noite e nosso último jantar na cidade.

Já revigorados, fomos até a histórica Pulperia de los Faroles, o restaurante mais antigo do centro histórico de Colônia do Sacramento – e que por coincidência ficava há uns 50 metros do nosso hotel. Jantar delicioso, para fechar com chave de ouro um dia longo de muita programação pela apaixonante cidade de Colônia do Sacramento, no Uruguai. 🙂

Pulperia de Los Faroles: fachada
Pulperia de Los Faroles: fachada

Volta logo cedo para Montevidéu

Nosso ônibus de volta para Montevidéu estava previsto para as 9:15 da manhã, então foi só mesmo o tempo de acordar, tomar o café e partir com as malas para a rodoviária, com a sensação de dever cumprido na tarefa de explorar um pouco mais cada canto da linda cidade de Colônia do Sacramento.


E você, já visitou Colônia do Sacramento, no Uruguai? O que mais gostou de fazer por lá? E o que não gostou? Conta pra gente! 🙂


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Escrito por
Augusto
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