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O que fazer em Genebra: roteiro para 2 ou 3 dias na segunda maior cidade da Suíça

Planejando a viagem pela Suíça? É muito provável que Genebra esteja incluída no seu roteiro. Afinal, a segunda maior cidade da Suíça é uma das mais conhecidas e visitadas do país, além de contar com o Genève Aéroport (Aeroporto Internacional de Genebra), que ao lado do aeroporto de Zurique é a principal porta de entrada ou saída para voos do Brasil. Dessa forma, muita gente opta por começar ou terminar a viagem pela Suíça justamente por Genebra, e com 2 ou 3 dias de um roteiro bem planejado já é possível conhecer o essencial da cidade. Há quem considere Genebra um destino um pouco “chato” ou “entediante”, mas honestamente não foi essa a impressão que tivemos da cidade. Ao contrário, há muito o que fazer em Genebra e vale a pena reservar ao menos 2 dias para desbravar a cidade!

Para começar, Genebra conserva bem preservado seu centro medieval com prédios e ruas de pedra, hoje patrimônio histórico protegido. Boa parte desse patrimônio está localizado não muito distante das águas do Lago Léman (ou Lac de Genève), onde os passeios de barco oferecem vistas privilegiadas da cidade. Genebra também é a sede da ONU (Organizações das Nações Unidas) e de importantes museus como o Musée international de la Croix-Rouge (Museu da Cruz Vermelha). Conhecida também como o “berço da relojoaria”, Genebra tem até um museu inteiramente dedicado a história dos relógios, o Patek Philippe Museum.

Além de oferecer boas opções de passeios e atividades, Genebra merece destaque pela ótima rede hoteleira e pela variada cena gastronômica. Na cidade onde o francês é o idioma principal, a influência do país vizinho também se mostra fortemente presente na cultura local. Restaurantes estrelados e bistrôs tipicamente franceses coexistem com chalés e restaurantes de comida tipicamente suíça. O resultado? Uma cidade com variadas opções para agradar aos mais diversos paladares.

É verdade que assim como em toda a Suíça, Genebra tem um custo de vida elevado — o que de certa forma se reflete também nos gastos que temos como turistas. Especialmente por isso, fica ainda mais importante pesquisar cada detalhe para planejar o melhor roteiro com o menor custo possível. Sem mais delongas, saiba o que fazer em Genebra a partir desse roteiro de 2 ou 3 dias na cidade suíça. Tem dicas de atividades, passeios, restaurantes, hospedagem e muito mais!

Antes, algumas dicas para você economizar na viagem:

Como chegar em Genebra, na Suíça

Para quem pretende visitar Genebra partindo de outra cidade da Suíça, os melhores meios de transporte são o trem ou carro alugado.
De trem: a principal estação de trem da cidade é a Gare Cornavin, que fica bem próxima ao centro histórico de Genebra.
De carro alugado: Se a opção for alugar um carro, a nossa dica é consultar os preços na Rentcars. Um serviço que compara preços entre as melhores locadoras de automóveis e apresenta uma lista com todos os carros disponíveis e valores para a locação.

Já para quem chega de avião, o Aeroporto Internacional de Genebra é o Genève Aéroport. O aeroporto recebe um bom número de voos do Brasil e fica localizado a cerca 5 quilômetros do centro de Genebra. Nesse caso, o trajeto entre o aeroporto e o centro da cidade pode ser feito de trem gratuitamente em apenas 20 minutos. Para isso, basta pegar um ticket gratuito nas máquinas automáticas que ficam na área das esteiras de bagagem (antes do desembarque final). É sem dúvidas o jeito mais rápido, simples e seguro de se deslocar do aeroporto até o centro de Genebra.

Dia 1: Centro histórico de Genebra

O primeiro dia em Genebra deve ser inteiramente dedicado ao centro histórico. Para isso, nada melhor do que ficar hospedado nessa zona da cidade — nossa dica pessoal é o charmoso Hotel D Geneva, bem pertinho da estação de trem. Um hotel em que a gente amou ficar não apenas pela localização mas pelo conforto e pelo incrível café da manhã!

+ Leia mais: Onde se hospedar em Genebra – Hotel D Geneva

Independente da sua escolha, uma informação prática super importante é que todo mundo que se hospeda em hotel ou hostel em Genebra recebe gratuitamente um Geneva Transport Card válido pelo número de dias da sua hospedagem. É um cartão que dá direito ao uso de transporte público (incluindo alguns barcos) gratuitamente. Ou seja, na prática, é como dizer que transporte público em Genebra é grátis. Mas para esse primeiro dia pelo centro histórico a recomendação é fazer o máximo possível a pé mesmo. 🙂

Basilique Notre-Dame (Basílica Nossa Senhora de Genebra)

Ainda próximo à estação de trem de Genebra está a primeira atração do roteiro, a Basilique Notre-Dame (Basílica Nossa Senhora de Genebra). Construída de 1851 a 1857, a Basílica de Notre-Dame foi a primeira igreja Católica Romana construída em Genebra desde a grande Reforma protestante, e segue até hoje sendo o principal templo católico da cidade.

Por ser uma cidade de maioria religiosa protestante, é fato que mesmo a principal igreja católica nem de longe ostenta o luxo ou a imponência das Catedrais protestantes. Mas ainda assim não deixe de conhecer o interior da Basílica (aberto a visitação gratuita) e conferir os belos vitrais, o órgão e a estrutura arquitetônica de colunas e telhado.

Basilique Notre-Dame (Basílica Nossa Senhora de Genebra)
Endereço: Place de Cornavin, 1201
Horário: diariamente das 8:30 às 22:00
Entrada gratuita

Geneve Tourist Office (Centro de Informações Turísticas de Genebra)

Na sequência, algo que sempre recomendamos no início de um roteiro por qualquer cidade da Europa é fazer uma visita rápida ao Centro de Informações Turísticas — no caso de Genebra, o Geneve Tourist Office. Nesses locais é possível obter informações turísticas atualizadas, mapas ou adquirir aqueles cartões de descontos em atrações e transporte público.

Em Genebra, a dica é adquirir o Geneva Pass, o city card de Genebra que dá direito ao uso de transporte público ilimitado e acesso a mais de 50 atrações com entrada gratuita. Museus, passeios de barco e até tours guiados estão incluídos na lista de benefícios do cartão, que tem validade de 24h, 48h ou 72h e preços à partir de 26 CHF.

Geneva Pass | O que fazer em Genebra
Geneva Pass | O que fazer em Genebra

Bom, a parte do transporte público grátis acaba sendo meio redundante em relação ao Geneva Transport Card que já mencionamos — e que você provavelmente já recebeu no seu hotel. Mas de qualquer forma, praticamente todas as atividades pagas desse roteiro estão incluídas no Geneva Pass, e com isso o cartão possibilita uma enorme economia para conhecer o essencial de Genebra.

Geneve Tourist Office (Centro de Informações Turísticas de Genebra)
Endereço: Rue du Mont-Blanc 18
Horário: De segunda a sábado, das 10:00 às 16:00
Site: www.geneve.com

Quai des Bergues: as pontes e a ilha de Genebra

Localizada nas margens do Rio Rhône (Ródano, em português), a região da Quai de Bergues é uma das mais nobres de Genebra e concentra alguns dos principais edifícios onde funcionam hotéis e restaurantes luxuosos, sedes de grandes empresas e lojas de grife.

Quai des Bergues | O que fazer em Genebra
Quai des Bergues | O que fazer em Genebra

Caminhar pelas margens do rio é sempre uma opção muito agradável, especialmente se o clima estiver propício pra atividades ao ar livre. Em alguns pontos é possível descer até o nível da água e se aproximar dos patos e cisnes que tornam a paisagem ainda mais charmosa.

No ponto onde acontece o encontro do rio Rhône com o Lago Léman estão as principais pontes para quem cruza em direção a parte mais antiga da cidade — todas podem ser atravessadas a pé e oferecem pontos de vista únicos da cidade. Uma das mais famosas é a Pont du Mont-Blanc, a ponte decorada com bandeiras e que delimita oficialmente o fim do lago e o início do rio.

A exemplo do rio Sena em Paris com a sua “Île de la Cité“, o rio Rhône em Genebra também possui uma ilha conectada às duas margens do rio por pontes, conhecida apenas como L’Île (ou “A Ilha, em português). Atravessar pela ilha também é uma ótima opção para cruzar até a outra margem. Quem estiver mais distraído pode nem perceber que se trata de uma ilha, afinal em toda sua extensão ela é completamente urbanizada com edifícios, ruas e praças como qualquer outra zona da cidade. Com exceção da rue des Moulins e da rue de la Tour de l’Île, a ilha é totalmente voltada para os pedestres.

Bem ao centro está localizada a Place de Bel-Air, cuja principal atração é uma torre medieval, a Tour de l’Île — último vestígio de um antigo castelo medieval do século XIII. À frente da torre está a estátua de Philibert Berthelier, um dos importantes heróis da Escalade — a guerra de resistência de Genebra perante as tentativas de invasão por parte do Ducado de Savoya durante o século XV. A Escalade é celebrada anualmente em Genebra a cada dia 12 de dezembro e até hoje traz profundas ligações com a cultura e as tradições locais. Para quem tiver especial interesse em saber mais sobre essa história e sobre o passado de Genebra, recomendamos agendar um dos tours guiados que estão entre os benefícios do Geneva Pass — daremos mais detalhes sobre eles ainda nesse roteiro, no segundo dia em Genebra.

Rue du Rhône: o paraíso das compras de luxo

Na sequência, é hora de caminhar até a Rue du Rhône, uma das principais ruas que cortam o centro histórico de Genebra. A rua é considerada um “paraíso das compras de luxo”, reunindo lojas das principais grifes mundiais e suíças. Relógios, moda, joias, chocolates e itens de confeitaria estão entre alguns dos produtos que garantem a ótima reputação de Genebra entre os apaixonados por grandes marcas.

Rue du Rhône: o paraíso das compras de luxo
Rue du Rhône: o paraíso das compras de luxo

Mesmo que esse não seja o foco da sua viagem — como não era o nosso — ainda assim a Rue du Rhône merece estar presente no seu itinerário pela cidade. Ao longo da rua você encontrará belos edifícios antigos, além de alguns segredinhos escondidos da cidade como a Passage Malbuisson — uma galeria de compras no centro de Genebra. Por lá a principal atração é o Relógio de Malbuisson, um símbolo da relojoaria suíça que celebra a passagem de cada hora com o soar de sinos e a movimentação de 42 figuras de bronze inspiradas na história da Escalade — sim, sempre ela!

Relógio de Malbuisson | O que fazer em Genebra
Relógio de Malbuisson | O que fazer em Genebra

Place du Rhône, Place de la Fusterie, Place du Molard e Place de Longemalle

Ao longo de sua extensão, a Rue du Rhône passa por algumas das importantes praças do centro de Genebra, tais como Place du Rhône, Place de la Fusterie, Place du Molard e Place de Longemalle.

Place du Rhône | O que fazer em Genebra
Place du Rhône | O que fazer em Genebra

Para quem é fã de mercados de rua, a Place de la Fusterie geralmente abriga de quarta a sábado um dos mercados do tradicional Marché de la Fusterie. Dependendo do dia ou da época do ano, são realizados desde mercados de frutas e legumes, passando por feiras de livro, até mesmo os incríveis Mercados de Natal ao longo dos meses de novembro e dezembro.

Já a Place du Molard preserva um dos vestígios da Idade Média: a Tour du Molard.
Construída originalmente para fins militares, a torre fazia parte das antigas muralhas que circundavam a cidade. A versão atual foi reconstruída em 1591 e traz alguns frisos e brasões pintados em homenagem aos principais nomes da Reforma Protestante.

Por último, a Place de Longemalle ocupa o espaço do antigo porto de Genebra e constitui um verdadeiro patrimônio histórico integrando a Genebra contemporânea com seu centro histórico. Da praça se tem caminho livre até a beira do lago Léman, próxima parada do roteiro.

Place de Longemalle | O que fazer em Genebra
Place de Longemalle | O que fazer em Genebra

Promenade du Lac e Jet D’Eau: passeio à beira do lago

A Rue du Rhône segue em paralelo às margens do Lago Léman, e a qualquer momento é possível deixar a famosa rua de compras de luxo e chegar até a Promenade du Lac. Não deixe de reservar um tempo para caminhar pela enseada do lago, nessa que é uma das regiões mais bonitas do centro de Genebra. Ao longo de todo o trecho é possível observar as calmas águas do lago Léman, os barcos atracados, as simpáticas gaivotas e o vai-e-vem de turistas e moradores.

Mas o centro das atenções acaba sendo o Jet D’Eau (ou “Jato D’Água), uma atração bem peculiar de Genebra. Trata-se literalmente de um potente jato de água que ao longo do dia pode alcançar até 140 metros de altura! E o mais impressionante é que ele pode ser visto de diversos pontos da cidade, tornando-se de fato uma marca registrada de Genebra — dava para ver até da janela do nosso quarto no Hotel D Geneva! 🙂

Confesso que antes de visitar Genebra, ainda nas pesquisas prévias, a gente olhava as imagens do Jet D’Eau e se perguntava “por que um jato de água é uma atração turística?”. Mas é incrível como uma solução tão simples e original como um grande jato de água ajuda a trazer charme e personalidade para Genebra. Em pouco tempo na cidade essa imensa coluna de água virou uma referência geográfica mesmo para nós que estávamos apenas “turistando” pela cidade. E a presença do Jet D’Eau ao fundo dá aquele toque especial às fotos e vídeos da viagem por Genebra.

Para curtir ainda mais o Lago Léman, existem ótimas opções de passeios de barco de curta ou longa duração — nesse roteiro, nós deixaremos essa sugestão para o segundo dia em Genebra.

Jardin Anglais e L’Horloge Fleurie

Se de um lado da pista de caminhada da Promenade du Lac estão as águas do Lago Léman, do outro lado está um dos parques mais visitados da cidade, o Jardin Anglais (Jardim Inglês). Além da localização central e estratégica, o parque tem como grande atração um grande relógio feito com cerca de 6,5 mil flores e plantas: o L’Horloge Fleurie (ou “Relógio das Flores”). Já deu para perceber que os suíços adoram mesmo relógios, né? Afinal, não é a toa que Genebra é conhecida como o “berço da relojoaria”! 🙂

Place de la Madeleine e Terrasse Agrippa D’Aubigne

A seguir, é hora de partir rumo a Cathédrale Saint-Pierre Genève, situada em uma parte mais elevada do centro de Genebra. No caminho, a charmosa Place de la Madeleine situada aos pés da Catedral é parada obrigatória. Além dos bares e restaurantes que costumam lotar a noite, a praça tem como principais atrativos o carrossel Madeleine — uma atração nostálgica da cidade que pertence à mesma família ao longo de muitas gerações — e a bela fonte em calcário embutida no muro próximo à escadaria — escultura centenária do artista Luc Jaggi.

Ainda a caminho da Catedral, em um nível acima da praça, o Terrasse Agrippa D’Aubigne oferece uma área de lazer com belíssima vista da própria Place de la Madeleine e dos telhados de edifícios históricos do centro de Genebra. Ao fundo, o Jet D’Eau confere ainda mais beleza para o panorama da cidade.

Cathédrale Saint-Pierre Genève: subida à torre e vista panorâmica da cidade

Entre a lista de atrações obrigatórias de Genebra certamente está a Cathédrale Saint-Pierre Genève (Catedral de São Pedro), uma das mais importantes igrejas protestantes do mundo. Situada no ponto mais elevado do centro histórico, a Catedral é o monumento mais visitado de Genebra, com quase meio milhão de visitantes por ano. E parte importante da atividade é justamente observar a imponente Catedral sob diferentes pontos de vista, cada qual mais impressionante.

Construída no século XII, a igreja originalmente Católica passou por diversas transformações ao longo do século XVI — mais especificamente durante o período da Grande Reforma, quando a Catedral se consolidou como um local de culto protestante. Na fachada percebe-se claramente uma mistura de estilos arquitetônicos. Dependendo do ângulo fotografado, pode até parecer que são edifícios diferentes, como nas fotos abaixo da entrada principal pela Cour de Saint-Pierre.

Se a fachada impressiona, o interior da Catedral não deixa nada a dever em matéria de encantamento. A visitação é gratuita (com exceção das torres e do subterrâneo, atrações cobradas à parte) e impressiona imediatamente pela imponente arquitetura e pela beleza dos elementos em madeira. Alguns destaques ficam por conta do Cadeiral (assentos dedicados ao clero), do órgão e da preservada cadeira que era utilizada pelo teólogo João Calvino, um dos grandes nomes da Reforma Protestante. Sim, apesar de francês, Calvino viveu boa parte de sua vida em Genebra — que por conta das atividades do teólogo nessa mesma Catedral acabou por se tornar o principal centro protestante de toda a Europa e berço do chamado “Calvinismo”.

Além da inegável relevância histórica, do ponto de vista turístico a Catedral de Genebra tem como principais atrações as suas torres, ou melhor, a subida dos 157 degraus até o topo da torre norte, de onde se tem uma vista panorâmica incrível da cidade e do lago. Essa é uma atividade com cobrança de entrada (gratuita com o Geneva Pass). Muitas vezes esse tipo de atividade pode ser um pouco frustrante ao perceber que a tão esperada vista não é tão impressionante assim, mas esse definitivamente não é o caso de Genebra e da Cathédrale Saint-Pierre Genève. A vista é realmente de tirar o fôlego — e não estou me referindo ao exercício de subir as escadarias!

Vista da Cathédrale Saint-Pierre Genève | O que fazer em Genebra
Vista da Cathédrale Saint-Pierre Genève | O que fazer em Genebra

Do alto da Catedral se tem uma das vistas mais bonitas do Jet D’Eau e do lago Léman, especialmente para quem der a sorte de pegar um dia de céu limpo.

Algo que sempre nos impressiona é observar a própria arquitetura desses edifícios seculare e ficar imaginando toda a complexidade na construção de uma estrutura com tamanha magnitude. Em poucos minutos saímos do ponto onde observávamos as torres da Catedral lá de baixo e de repente estávamos no ponto mais extremo da torre. É sempre uma experiência marcante. 🙂

Reserve no roteiro cerca de 1 hora para toda a atividade envolvendo a Cathédrale Saint-Pierre Genève, desde a visita ao interior até a subida à torre.

Cathédrale Saint-Pierre Genève
Endereço:
Cour de Saint-Pierre, 1204
Horário: De segunda a sábado: das 10:00 às 17:00; Domingo: das 12:00 às 17:00
Entrada: gratuita no interior da Catedral. A subida na torre custa 7 CHF (grátis para portadores do Geneva Pass)
Site: cathedrale-geneve.ch

Place du Bourg de Four

Saindo da Cathédrale Saint-Pierre Genève, vale a pena dar uma rápida passada pela Place Bourg-de-Four, a praça mais antiga de Genebra. Se em sua origem a praça abrigava um importante mercado de Genebra, a atual versão da Place Bourg-de-Four concentra alguns dos cafés e bares mais descolados de toda a cidade. Se estiver com uma sobra de tempo em seu roteiro, esse pode ser um bom momento para um café ou uma bebida. Ou quem sabe mais tarde, no cair da noite, quando a praça se torna ainda mais agitada?

Hôtel de Ville, L’Ancien Arsenal e Maison Tavel

Na sequência, siga em direção a Rue de l’Hôtel-de-Ville para conhecer três atrações bem próximas entre si: a Prefeitura de Genebra (Hôtel de Ville), o antigo Arsenal (L’Ancien Arsenal) e a Maison Tavel (residência mais antiga da cidade).

Dica: tente fazer o caminho até lá pela Passage de Monetier, uma espécie de “passagem secreta” apenas para pedestres que normalmente só os moradores locais conhecem (ou quem faz o tour guiado oferecido pelo centro de informações turísticas). Inclua também no seu itinerário a simpática Rue Jean Calvin (ou Rua João Calvino), uma ruazinha deliciosa para caminhar e curtir a atmosfera da “cidade velha” de Genebra.

Rue Jean Calvin (ou Rua João Calvino) | O que fazer em Genebra
Rue Jean Calvin (ou Rua João Calvino) | O que fazer em Genebra

Não é muito difícil reconhecer a Rue de l’Hôtel-de-Ville e consequentemente os edifícios que compõem a Prefeitura/Câmara Municipal de Genebra por conta das inúmeras bandeiras espalhadas por todo o caminho. Em alguns dias e horários é possível entrar gratuitamente e conhecer um pouco da área interna e o pátio principal, mas particularmente acho que o mais interessante mesmo da visita é a fachada principal e a rua repleta de charme.

A poucos passos você encontrará também os antigos canhões de guerra expostos no “Velho Arsenal” (L’Ancien Arsenal). Também aberto a visitação gratuita, o espaço recoberto por arcadas preserva cinco canhões semelhantes aos que defendiam as antigas muralhas da cidade medieval. Nas paredes, três afrescos assinados por Alexandre Cingria representam períodos-chave na história da cidade.

Ainda nessa região, não deixe de visitar também a Maison Tavel, a residência particular mais antiga de Genebra. Destruída por um incêndio em 1334, a casa foi reconstruída pela família Tavel (daí o nome) e ganhou os ares palacianos que permanecem até hoje. Ao longo do tempo a casa passou por diferentes famílias influentes de Genebra até ser comprada em 1963 pela Cidade de Genebra, para ser convertida em museu em 1986. A visita é rápida e tem como destaque essa impressionante maquete representando o centro histórico de Genebra.

Maison Tavel
Endereço:
Rue du Puits-Saint-Pierre 6
Horário:
De terça a domingo: das 11:00 às 18:00. Fechado às segundas-feiras.
Entrada:
Gratuita para exposição permanente (demais exposições incluídas no Geneva Pass)

Promenade de la Treille

A Rue de l’Hôtel-de-Ville termina na Promenade de la Treille, uma bela esplanada com o calçadão mais antigo de Genebra (sua construção iniciou-se ainda em 1515). Na estrutura da Genebra medieval esse ponto era parte da grande muralha que protegia o centro histórico e delimitava o fim da cidade. O local é conhecido como a “varanda da Cidade Velha” justamente por conta da vista panorâmica de onde se pode observar do alto atrações importantes da “nova Genebra” como o Parc des Bastions e a Place Neuve, localizados imediatamente abaixo da esplanada. Ao longo de todo o mirante há um único banco com 120 metros de extensão — ótima oportunidade para uma pausa rápida para descansar as pernas e curtir o visual.

Parc des Bastions e Mur des Reformateurs

A descida pela Promenade de la Treille leva diretamente até o Parc des Bastions (Parque dos Bastiões), um dos principais do centro de Genebra. Durante a maior parte do ano o parque tem uma atmosfera bem tranquila, e sua pista de caminhada é bastante utilizada pelos moradores da cidade. Com exceção dos meses de novembro e dezembro, quando o parque é utilizado por um dos principais Mercados de Natal de Genebra e transforma-se em um espaço festivo, com barraquinhas de comidas e bebidas típicas e até pista de patinação no gelo. Outra atração bem curiosa do Parc des Bastions é o jogo de xadrez com peças gigantes que acontece em tabuleiros pintados no chão. E isso desde antes de séries como o Gambito da Rainha da Netflix que voltaram a popularizar o esporte. 🙂

Mas o grande atrativo do parque é o Mur des Reformateurs, ou “Muro dos Reformadores”, onde estão as enormes estátuas representando os principais protagonistas da Reforma Protestante: João Calvino, Guilherme Farel, Teodoro de Beza e John Knox.

Mur des Reformateurs | O que fazer em Genebra
Mur des Reformateurs | O que fazer em Genebra

Place de Neuve: Grand Theatre de Genève

De frente para a entrada do Parc des Bastions está outra praça icônica de Genebra, a Place de Neuve. A praça reúne uma série de importantes atrações no campo das artes, como o Conservatório de música, o Museu Rath e o maior destaque, o Grand Theatre de Genève. Nesse roteiro a sugestão é apenas uma passadinha rápida pela praça para conhecer essas atrações pelo lado de fora, mas com mais tempo na cidade vale a pena pesquisar especialmente sobre o Museu Rath, que reúne um belo acervo de arte contemporânea e tem entrada gratuita para portadores do Geneva Pass.

Place Neuve | O que fazer em Genebra (crédito: geneve.com)
Place Neuve | O que fazer em Genebra (crédito: geneve.com)

Plaine de Plainpalais: mercado de pulgas e de agricultores

Encerrando a lista de destinos “obrigatórios” do centro histórico e seus arredores está mais uma importante praça: a Plaine de Plainpalais.

Plaine de Plainpalais | O que fazer em Genebra
Plaine de Plainpalais | O que fazer em Genebra

Apesar de estar sugerida como uma das últimas atrações desse primeiro dia em Genebra, o ideal é planejar o melhor momento para visitar a praça de acordo com o dia da semana. Isso porque a Plaine de Plainpalais é famosa por seus mercados públicos: em geral as quartas e sábados são reservados para a tradicional “Feira de Pulgas” (6:30-17:30), um popular mercado de antiguidades. Já nas terças e domingos acontece a feira de agricultores e produtores locais. E no final do ano a Praça também costuma receber uma parte das barraquinhas do Mercado de Natal de Genebra. Se o seu roteiro permitir alguma flexibilidade, escolha o dia para a visita da Plaine de Plainpalais de acordo com o seu estilo preferencial de mercado.

Patek Philippe Museum: o museu do relógio

Se ao final da tarde ainda tiver um tempinho extra, aproveite para fazer uma visita ao Patek Philippe Museum, o museu de uma importante marca de relógios suíços. Não é uma atração imperdível, mas compensa especialmente para quem tiver adquirido o Geneva Pass — nesse caso a entrada é gratuita. A exposição traz as criações mais famosas dos relojoeiros mestres da marca e conta ainda com uma biblioteca dedicada exclusivamente a temática da relojoaria.

Patek Philippe Museum
Endereço:
Rue des Vieux-Grenadiers 7
Horário:
Terça a sexta, das 14:00 às 18:00. Sábados das 10:00 às 18:00
Entrada:
CHF 10,00 (grátis com o Geneva Pass)

Jantar em Genebra: da cozinha típica até a culinária francesa

Na cidade onde o francês é a língua mais falada, a influência do país vizinho também se mostra presente na cena gastronômica local. Restaurantes estrelados e bistrôs tipicamente franceses coexistem com chalés e restaurantes de comida tipicamente suíça. O resultado? Uma cidade com variadas opções para agradar aos mais diversos paladares. Se você está a procura de onde comer em Genebra, temos 3 ótimas sugestões para o jantar. Se o foco é comida típica, o Auberge de Savièse e a Cave Valaisanne são excelentes opções para experimentar os tradicionais fondues e raclettes. Já se o objetivo for um bistrozinho de estilo francês, nossa dica é o charmoso Le Bistrot de Charlotte.

Tábua de queijos e frios, vinho branco da casa e sobremesa típica de merengues com creme de Gruyère

+ Leia mais: Onde comer em Genebra

Dia 2: Museus, Nações Unidas e passeio pelo Lago Léman

A manhã do segundo dia em Genebra pode ser inteiramente dedicada a algumas das atrações que fazem a cidade ser reconhecida como “Genebra Internacional”. Devido a famosa neutralidade suíça, Genebra foi escolhida para sediar um grande número de organizações de cooperação internacional e museus relacionados a essa temática. Entre os maiores destaques estão o Museu Internacional da Cruz Vermelha e a ONU (Organização das Nações Unidas), localizadas na mesma região da cidade, nos arredores da Avenue de la Paix. Para quem estiver hospedado próximo ao centro histórico ou à estação de trem (o que era o nosso caso no Hotel D Geneva), o mais recomendável é pegar um tram ou ônibus — são muitas as linhas disponíveis, basta pesquisar no Google Maps para ter as opções mais apropriadas de acordo com o horário e a localização. Lembrando que o uso da rede de transporte pública está incluída nos benefícios do Geneva Pass.

International Museum of the Red Cross and Red Crescent (Museu Internacional da Cruz Vermelha)

O International Museum of the Red Cross and Red Crescent, ou simplesmente Museu da Cruz Vermelha é sem dúvidas o mais importante da cidade. Sabe quando você tem pouco tempo em uma cidade e precisa escolher apenas um único museu para visitar? Em Genebra, esse seria o Museu da Cruz Vermelha.

Como o Museu abre as 10:00 em ponto, nossa sugestão é que você chegue exatamente a tempo de pegar a abertura — nesse horário é sempre mais vazio e tranquilo.

O Museu da Cruz Vermelha de Genebra é uma homenagem ao maior movimento humanitário do mundo (a Cruz Vermelha), e apresenta exposições com temáticas como ‘Defendendo a Dignidade Humana’, ‘Reduzindo Riscos Naturais’ e ‘Restabelecendo Laços Familiares’. Não se trata de um museu “convencional” de arte para contemplação. A experiência de visita é densa, em alguns momentos pesada, trazendo luz a terríveis mazelas da nossa sociedade — como por exemplo nos arquivos públicos sobre as vítimas do holocausto. Mas há também muitas mensagens de esperança e momentos de leveza ao longo da mostra com bastante uso de recursos de tecnologia e interatividade. Em temas como vacinação, imigração e desastres naturais, vemos a importância das ações da Cruz Vermelha ao longo dos anos de seu trabalho de combate aos problemas humanitários.

Esse é o tipo de museu que nos faz refletir e questionar nosso próprio papel como atores tanto nos problemas como também nas soluções para o planeta. Entre 45 minutos e 1 hora podem ser suficientes para uma visita mais superficial, com foco nas principais atividades. Para quem tiver mais interesse específico sobre essa temática pode ser necessário reservar mais tempo para a visita.

International Museum of the Red Cross and Red Crescent (Museu da Cruz Vermelha)
Endereço:
Avenue de la Paix 17
Horário: De terça a domingo, das 10: 00 às 18:00
Entrada: CHF 15 (gratuito com o Geneva Pass)

Palais des Nations: a sede da ONU (Organização das Nações Unidas)

A poucos passos do Museu da Cruz Vermelha está a sede europeia da ONU (Organizações das Nações Unidas), que funciona no Palais des Nations (Palácio das Nações). Construído entre 1929 e 1936, o edifício é o maior centro das Nações Unidas depois de Nova Iorque. Ao avistar a fachada imponente e as bandeiras dos países membros enfileiradas, é impossível não resgatar a lembrança de já ter visto essa mesma imagem por diversas vezes nos telejornais.

Em nossa viagem por Genebra optamos por conhecer o Palácio apenas pelo lado de fora, mas saiba que é possível agendar visitas guiadas diariamente — são cerca de 100 mil visitantes todos os anos. Na visita é possível conhecer espaços importantes como a Sala de Direitos Humanos, o Salão de Assembleias, a Câmara do Conselho, entre outros. Se optar por fazer a visita guiada, pode ser necessário inverter essa atividade com a visita ao Museu da Cruz Vermelha, já que o primeiro horário é também às 10:00.

Palais des Nations: ONU (Organização das Nações Unidas)
Endereço:
Avenue de la Paix 14
Horário:
De segunda a sexta – Manhãs: 10:00 às 12:00; Tardes: 14:00 às 16:00
Entrada:
CHF 15
Site: unog.ch

Broken Chair: a cadeira gigante

Bem em frente ao Palais des Nations está uma das atrações mais curiosas de Genebra: a Broken Chair — literalmente uma cadeira quebrada gigante com apenas três pernas. A obra de arte em madeira é uma criação do escultor Daniel Berset e tem na verdade uma causa bastante nobre, simbolizando a campanha contra o uso de minas terrestres.

Feita a partir de 5,5 toneladas de madeira e com 12 metros de altura, a Broken Chair está posicionada na Place des Nations desde 1997 e tornou-se um ponto de parada obrigatório no chamado “distrito internacional” de Genebra.

Caminhada pela beira do lago: Parc de La Perle du Lac e o Bain des Pâquis, a “praia” de Genebra

A partir dessa região da cidade seria possível simplesmente pegar novamente um tram ou ônibus para retornar até o centro histórico de Genebra. Mas se o dia estiver propício, a dica é retornar caminhando pelas margens do Lago Léman. Nesse momento você estará na margem oposta a do primeiro dia, ou seja, terá um ponto de vista diferente da cidade e do próprio lago. Por todo o trecho, a avenida principal que segue em paralelo ao lago é repleta de edifícios de luxo e hotéis de grandes redes.

Uma das primeiras atrações para quem parte do distrito internacional e chega até o lago é justamente o Parc de La Perle du Lac. O parque — um dos mais arborizados de Genebra — segue margeando as águas do Léman e oferece uma área bem agradável e bucólica, ideal para caminhar ou apenas relaxar curtindo a vista do lago.

Um pouco mais adiante está o Bain des Pâquis, uma famosa área de banhos pública que também é conhecida como a “Praia de Genebra” tamanho o sucesso entre os moradores da cidade. Mas claro que principalmente durante o verão, né?

Bain des PAquis | O que fazer em Genebra
Bain des Paquis | O que fazer em Genebra

Se na época mais quente do ano é possível chegar e pegar uma das mesas e barracas à beira do lago e ficar admirando os Alpes franceses, nos demais períodos do ano o espaço é adaptado para atender a população da maneira mais adequada ao clima. No inverno, apesar de permanecer aberto para banhos dos mais corajosos que queiram encarar as águas congelantes, o espaço costuma ser mais utilizado a noite, nas áreas de bar e restaurante. No nosso caso, como a viagem foi no inverno, não nos animamos muito a encarar a tal praia. 🙂

Passeio de barco pelo lago Léman

Como de costume nas cidades que possuem lago e/ou rio na Europa, em Genebra é possível realizar diferentes tipos de passeios de barco pelo Lago Léman. A maior parte dos passeios partem justamente dessa margem do lago, então se o dia estiver propício, esse pode ser o melhor momento para observar Genebra sob um novo ponto de vista, a partir das águas calmas de seu lago.

A principal empresa de passeios de barco de Genebra é a CGN. Para um roteiro de apenas dois dias, o mais indicado é fazer um dos passeios de 1 hora de duração, como por exemplo o Passeio de 1 hora no Lago Léman. Os horários de partida podem variar bastante de acordo com a época do ano e o dia da semana, então é importante checar as informações no site e sempre que possível agendar com antecedência.

Com pequenas variações entre si, a maior parte dos passeios de 1 hora contemplam uma passada pelo Jet d’Eau, pelo edifício da ONU e um ponto de vista privilegiado para observar o maciço do Mont Blanc. O passeio pode ser uma boa oportunidade para um pequeno descanso no meio do dia de atividades sem perder tempo em conhecer mais um pouco de Genebra. Vale a pena especialmente para quem adquiriu o Geneva Pass.

Passeio de 1 hora no Lago Léman
Endereço: Estação Genève Mont-Blanc
Horário: Consulte o site da atração.
Preço: 18 CHF por pessoa (incluído nos benefícios do Geneva Pass)

Tour guiado por Genebra: Centro Histórico ou Escalade

Depois de uma pequena pausa para relaxar em um passeio de barco pelo lago de Genebra, que tal voltar a bater perna desbravando os cantinhos secretos da “cidade velha” e aprendendo um pouco mais sobre a história da cidade? E o melhor, acompanhado de quem sabe tudo sobre Genebra! Para quem gosta de passeios guiados, existem duas opções bem interessantes oferecidas pelo Centro de Informações Turísticas de Genebra e que estão inclusos nos benefícios do Geneva Pass: o Tour pelo Centro Histórico ou o Tour Escalade.

O Tour pelo Centro Histórico percorre justamente as principais atrações da “cidade antiga” de Genebra, e seria mais indicado talvez para o primeiro dia na cidade. Como nós já havíamos percorrido quase tudo por conta própria, optamos por participar do outro tour sobre o Escalade. Como já mencionamos em outros momentos desse artigo, o Escalade é um evento único na história da cidade e que ainda hoje está muito presente na cultura local. Eu diria que o primeiro tour é uma opção para quem prefere conhecer a Genebra mais turística, e o segundo é para quem deseja conhecer a cidade sob a ótima do morador de Genebra e entender mais a fundo alguns traços da cultura local.

Tentando contar bem resumidamente e sem dar muitos “spoilers”, a Escalade faz referência a uma guerra do século XV (mais precisamente em 1602), onde os moradores de Genebra resistiram às tentativas de invasão por parte do Ducado de Savoya e conseguiram manter a soberania sobre a cidade. O Tour Escalade conta os detalhes dessa guerra e por que ela até hoje é motivo de orgulho para os locais — sendo inclusive um feriado nacional celebrado anualmente a cada dia 12 de dezembro.

O tour que tem duração de cerca de 2 horas até inclui algumas atrações mais “clichê” de Genebra, mas o mais interessante mesmo é percorrer ruelas e endereços super antigos da cidade que um turista local provavelmente não iria conhecer por conta própria. Ruas históricas como a Rue de la Confederation, Rue de la Monaie, Rue de la Cité e Rue de la Corraterie estão incluídas no percurso, e durante toda a atividade o guia vai construindo toda a narrativa que levou até a Escalade. São muitas histórias bem interessantes e algumas até hilárias, como a de uma senhora que ajudou na resistência tacando um caldeirão de sopa fervente pela janela em cima dos soldados inimigos. O edifício onde ela morava tem o seu rosto esculpido na fachada, e o tal caldeirão de sopa virou um dos símbolos da Escalade. No feriado de celebração da Escalade as lojas de Genebra inclusive vendem chocolate em forma de caldeirão, bem parecido com a época da páscoa aqui no Brasil.

Antes de visitar Genebra, confesso que não conhecíamos nada a respeito da Escalade. E é claro que é possível montar um roteiro turístico que simplesmente ignore essa parte da história de Genebra e a sua relação com a cidade e seus moradores. Mas o tour Escalade nos deu uma outra perspectiva sobre Genebra, nos ajudou a entender a cidade. Diria até que nos ajudou a gostar ainda mais de Genebra e construir aquela sensação de pertencimento, de maior conexão com a cidade.

Geneve Tourist Office (Centro de Informações Turísticas de Genebra)
Endereço: Rue du Mont-Blanc 18
Horário: De segunda a sábado, das 10:00 às 16:00
Site: www.geneve.com

Compras

Para encerrar as atividades do segundo dia em Genebra, que tal aproveitar o momento em que o comércio ainda está aberto no final da tarde para fazer umas comprinhas? É verdade que Genebra é uma cidade bem cara — como toda a Suíça — mas essa pode ser a oportunidade de encontrar algum souvenir de viagem ou até mesmo produtos típicos do país.

Para marcas e artigos de luxo em geral, não deixe de visitar as boutiques da Rue du Rhone ou as grandes lojas de departamento como a Globus ou a Manor. Outra loja de produtos bem típicos é a Victorinox, especializada nos famosos canivetes suíços. Mas se assim como a gente, você é apaixonado por chocolates, não perca a chance de descobrir lojinhas especializadas como a Chocolaterie de Genève. Ou então se perca pelos supermercados suíços em busca de alguns dos melhores chocolates do mundo!

Leia também:
11 melhores marcas de chocolates suíços
Supermercados na Suíça: Dicas do que comprar

Dia 3: atividades extras em Genebra

Se você ainda tem um terceiro dia para curtir Genebra, vamos deixar algumas dicas de atividades sazonais ou atrações um pouco mais distantes do centro histórico mas que valem a pena para quem tem um pouco mais de tempo.

Teleférico de Mont-Salève

Um dos passeios mais legais dos arredores de Genebra é o Teleférico de Mont-Salève. O monte em si fica em território francês, mas a estação de teleférico fica bem na fronteira entre os dois países. Para chegar até lá a partir do centro de Genebra é necessário pegar o ônibus em direção a Veyrier, douane, em um trajeto que leva de 30 a 40 minutos. Já no teleférico em si são necessários somente 5 minutos para chegar até os 1100 metros de altitude da estação de Mont Salève. Para os mais esportivos, o local é considerado um verdadeiro “playground” para atividades como saltar de parapente, escalada ou trekking. Mas só o passeio e as vistas dos Alpes com o maciço Mont-Blanc já fazem tudo valer a pena.

Teleférico de Mont-Salève

Toda a atividade leva pelo menos um turno do seu dia (manhã ou tarde), e por isso é recomendável apenas para quem tem algum tempo livre em Genebra. É uma pena que o Teleférico de Mont-Salève não funcione justamente na época mais fria do inverno, então não conseguimos realizar o passeio nessa última viagem. Não deixe de verificar no site oficial da atração os dias e horários de funcionamento.

Teleférico de Mont-Salève
Endereço: Pas de l’Echelle – 74100 Etrembières
Horário: Aberto normalmente de abril a outubro, das 09:30 às 17:00 (confira no site oficial)
Preço: Só ida – 6,50 €; Ida e volta – 10,80 € (gratuito com o Geneva Pass)
Site: www.telepherique-saleve.fr

Mercados de Natal de Genebra

Em novembro e dezembro não tem passeio de teleférico, mas em compensação é nessa época que acontecem os Mercados de Natal da Suíça, e é claro que Genebra não poderia ficar de fora. Até pouco tempo atrás, Genebra contava apenas com mercados de Natal relativamente pequenos espalhados por diferentes áreas da cidade. E esses mercados ainda existem e podem ser bem divertidos, como o Mercado de Carouge ou o Mercado Quai du Général Guisan. Este último, considerado por muitos o “mercado de Natal oficial de Genebra”, acontece a beira do lago conta com cerca de 30 expositores com o melhor das comidas e bebidas de Natal.

Natal em Genebra, na Suíça
Natal em Genebra, na Suíça

Mas a exemplo do que vem acontecendo por toda a Suíça, os mercados de Natal em Genebra vêm ganhando em estrutura e popularidade. Desde 2018, o Noël aux Bastions acontece nos belos arredores do Parc des Bastions, bem no centro da cidade antiga de Genebra. Com mais de 8.000 metros quadrados, esse é atualmente o mercado que pode concorrer com o das vizinhas Montreux, Lausanne ou Berna.

Noël aux Bastions
Noël aux Bastions

O parque se transforma em uma autêntica vila Natalina, com dezenas de cabanas de madeira vendendo comidas e bebidas locais e oferecendo boas opções de compras de produtos típicos do Natal suíço. É sem dúvidas um dos melhores pontos para quem estiver ‘turistando’ pela cidade poder vivenciar a atmosfera natalina, experimentando especialidades locais como raclette e fondue. Sempre na companhia de uma caneca de vinho quente enquanto passeia pelas barracas tradicionalmente decoradas, é claro. Ah, e para os mais ousados, ah até uma pista de gelo para exercitar o talento na patinação. 🙂

Leia também: Mercados de Natal da Suíça

Carouge: o bairro boêmio de inspirações italianas

Conhecida como a “Pequena Itália”, Carouge até cerca de 200 anos atrás era uma cidade separada de Genebra. Atualmente, esse bairro boêmio situado ao sul do centro histórico preserva em suas ruas e edifícios uma arquitetura bem diferente — herança da época em que foi projetada pelos italianos. O fato de estar ligeiramente afastado das principais atrações (entre 10 ou 15 minutos de tram ou ônibus) faz com que muitas pessoas acabem não incluindo no roteiro uma passadinha por um dos bairros mais agitados de Genebra. Mas tendo um tempinho extra, não perca a chance de desbravar as ruas charmosas dessa região tão peculiar de Genebra e escolher um dos muitos bares e restaurantes para curtir uma experiência completa ao melhor estilo do Carouge.

CERN: acelerador de partículas

Na época em que o CERN foi construído, muita gente ficou morrendo de medo de que as experiências com aceleração de partículas pudessem resultar no fim do mundo. Talvez você não se lembre disso, mas fato é que o mundo não acabou e o CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) permanece funcionando em Genebra e até recebendo visitantes para tours guiados. As visitas consistem em um vídeo de introdução ao CERN, seguido de uma visita ao primeiro acelerador construído no CERN e ao centro de operações de um dos experimentos.

CERN: acelerador de partículas | O que fazer em Genebra
CERN: acelerador de partículas | O que fazer em Genebra

Apesar de ser gratuita (mediante reserva prévia), a visita é recomendada apenas para quem tem profundo interesse no tema, afinal o CERN fica relativamente afastado do centro (cerca de 20 minutos de distância utilizando a linha 18 do tram) e a visita em si dura aproximadamente 2 horas.

Bate e volta até Annecy (França), Montreux ou Lausanne

Outra ótima opção para aproveitar um ou mais dias de sobra em Genebra é fazer uma viagem de um dia até alguma cidade próxima. Por estar situada na fronteira da Suíça com a França, Genebra oferece boas opções de destinos de bate-volta em ambos os países. Pelo lado suíço, Montreux e Lausanne estão a pouco mais de 30 minutos de distância e tem ótima disponibilidade de trens para ir e voltar ao longo de todo o dia. São cidades relativamente pequenas e que podem facilmente ser visitadas em apenas um dia.

Pelo lado francês, a belíssima Annecy costuma ser o destino favorito para um bate-volta. Apesar de não ficar tão pertinho (são cerca de 1h30 de trem), a charmosa cidade preserva um belíssimo centro histórico medieval e belezas naturais que justificam plenamente a escolha.


Assim termina o nosso roteiro de 2 ou 3 dias em Genebra, na Suíça. Espero que tenham gostado das dicas e sugestões, e que voltem aqui depois para comentar o que acharam da cidade. Antes de ir embora, leia a seguir mais algumas últimas dicas importantes sobre hospedagem, transporte, passeios e seguro viagem para aproveitar da melhor forma a sua estadia em Genebra! 🙂


Onde ficar em Genebra

Nossa dica pessoal é o Hotel D Geneva, um hotel moderno e bem pertinho da estação de trem. Ou consulte no mapa abaixo todas as opções de hotéis em Genebra.

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Como chegar em Genebra

O trem é o melhor meio de transporte para viajar internamente pela Suíça. É recomendável adquirir os passes de trem com antecedência para conseguir os melhores preços!

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Escrito por
Augusto
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2 comentários
    • Que legal sua mensagem Solange! De fato, temos enorme prazer não somente nas viagens, mas também nesse momento de escrever sobre as nossas experiências para ajudar aos futuros viajantes. Ficamos felizes em ajudar. Espero que a viagem tenha sido incrível! 🙂

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