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O que fazer em Bogota

O que fazer em Bogotá: roteiro de 3 ou 4 dias na capital da Colômbia

Apesar de ser a capital da Colômbia, Bogotá normalmente não figura entre as cidades mais procuradas pelos viajantes brasileiros. Para muitos, quando se trata de Colômbia, a cidade acaba servindo apenas como porta de chegada e/ou partida para os principais destinos turísticos do país: as cidades litorâneas de Cartagena de Índias e San Andrés. Percebemos isso pessoalmente pela dificuldade que tivemos em encontrar informações para planejar nossa viagem. Por isso, depois de conhecer Bogotá, a gente reuniu nesse artigo algumas dicas e sugestões do que fazer em Bogotá e de como montar um roteiro para 3 ou 4 dias inteiros na cidade.

Um pouco sobre Bogotá: cidade grande e com bastante trânsito

A cidade de Bogotá, que já foi conhecida como Santa Fé de Bogotá, é a capital e maior cidade da Colômbia. É o centro político, econômico, administrativo, industrial, artístico, cultural e esportivo do país. Pra ter uma ideia da importância, o aeroporto da cidade, o Aeroporto Internacional El Dorado, lida com o maior volume de carga na América Latina e é o terceiro em número de passageiros.

Pouca gente se dá conta antes da viagem de que Bogotá é uma cidade muito grande, sendo inclusive maior do que São Paulo. E não apenas em extensão, mas com uma população de mais de 8 milhões de habitantes. Essa combinação resulta em trânsito bastante complicado, pior até do que nas grandes capitais brasileiras. E para piorar, Bogotá ainda não conta com metrô e tudo precisa ser feito de ônibus ou carro. Por sorte táxi ou Uber em Bogotá são muito baratos. 🙂

De qualquer forma, o trânsito e as longas distâncias necessárias para conhecer as diferentes regiões da cidade nos surpreenderam nos primeiros dias de Colômbia. Tudo é longe em Bogotá! De um extremo ao outro da cidade, você vai levar quase 1 hora com o trânsito “normal”. É bom estar informado para preparar seu roteiro de maneira a minimizar a necessidade de grandes deslocamentos. Assim você evita perder metade do seu dia no trânsito.

Bogotá: atrações históricas, museus, parques e gastronomia

Por conta da geografia de Bogotá e da quantidade de atrações e atividades interessantes, considero que o ideal seja ficar pelo menos 3 dias na cidade. Com menos do que isso você só terá tempo de conhecer a região de La Candelária, o centro histórico de Bogotá. Nessa região se encontra a Plaza Bolívar – a mais importante da Colômbia – e a belíssima Catedral Primada de Bogotá. Sim, o centro histórico é a principal zona turística de Bogotá, mas a cidade é muito mais do que isso!

Atrações como o Cerro Monserrate não podem ficar de fora de nenhum roteiro por Bogotá. Do alto de seus 3.152 metros, o local é cartão-postal, ponto turístico, destino de trilhas e peregrinações, mirante natural e sem dúvidas um dos melhores pontos turísticos de Bogotá.

Bogotá também é repleta de interessantes museus com um acervo que você não encontrará em outras partes do mundo, como o Museo Botero e o Museo del Oro (todos gratuitos aos domingos).

E como deixar Bogotá sem antes visitar algumas das muitas feiras de rua com antiguidades e produtos típicos, como o divertido Mercado de pulgas de Usaquen?

Isso sem falar na possibilidade de experimentar o autêntico café colombiano – reconhecidamente um dos melhores do mundo – e pratos típicos da rica cena gastronômica local em regiões como o descolado bairro de La Macarena.

Portanto, se o seu destino será a Colômbia, pense com carinho em dedicar alguns dias do seu roteiro a Bogotá. Uma cidade que para os padrões brasileiros é muito segura, barata, e com muita história pra contar. 🙂

Para ajudar na sua decisão, preparamos esse roteiro super detalhado com sugestões do que fazer em Bogotá em 3 ou 4 dias na cidade.

Dia 1 – La Candelaria e Monserrate

A melhor forma de começar o roteiro por Bogotá é visitando seu centro histórico, a principal zona turística da cidade. Claro que estamos falando de La Candelaria, região onde foi fundada Bogotá. A maioria das construções do bairro é em estilo colonial ou republicano e encontram-se bem conservadas, o que fez com que toda a zona fosse declarada Patrimônio Histórico. La Candelaria concentra ainda grande parte das instituições, museus e edifícios históricos de Bogotá. Essa é a típica área onde “se perder pelas ruas” é de fato a melhor maneira de conhecer e admirar a história de Bogotá sendo contada.

La Candelaria, o centro histórico de Bogotá

Plaza Bolivar e Catedral Primada da Colômbia

Em La Candelária está a icônica Plaza Bolívar, principal praça e atração turística de Bogotá. Tendo sido chamada no passado de Plaza Mayor e Plaza de la Constitución, a Plaza Bolivar fica localizada no coração da área histórica da cidade. O vai e vem dos turistas e também de locais é constante, especialmente aos finais de semana, quando muitas famílias de Bogotá vão até a região para passear pelo centro histórico ou simplesmente para alimentar os milhares de pombos da praça. 🙂 Bem no centro fica a estátua de Simón Bolívar, primeiro monumento público de Bogotá (esculpida em 1846 pelo italiano Pietro Tenerani).

No entanto, a Plaza Bolivar tem uma história bem mais antiga e remonta à era pré-colombiana, quando o local fazia parte da Confederação Muisca (principal tribo indígena que habitava a região). Após a colonização espanhola, em 1539, foi construído o primeiro edifício da praça, uma catedral primitiva. Durante todo o período colonial a Plaza Bolivar foi palco de atos de circo, mercados públicos e touradas.

Ao seu redor, a Plaza Bolivar é cercada por alguns dos mais importantes edifícios históricos de Bogotá; ao norte, o Palácio da Justiça; ao sul, o Capitólio Nacional; a oeste, o Palácio Liévano; e a leste a Catedral Primada de Bogotá.

Edifícios históricos ao redor da Plaza Bolivar

Aberta a visitação pública, a Catedral Primada de Bogotá é a mais importante igreja do país. Com sua área de 5.300 metros quadrados e uma fachada imponente, é a maior da Colômbia e uma das maiores da América do Sul.

Catedral Primada de Bogotá, mais importante igreja da Colômbia

Casa de Moneda e Museo Botero

Seguindo alguns metros pela Calle 11 estão lado a lado dois importantes museus do centro histórico: o Museo Casa de Moneda e o Museo Botero. Fundada em 1675, a Casa de Moneda da Colômbia foi declarada monumento nacional em 1975. Atualmente o local é aberto a visitação gratuita, e conta com uma vasta exposição de coleções de arte e numismática do Banco da República, além de belos pátios internos e várias salas de exposições temporárias.

Bem ao lado, em uma casa colonial bastante similar, está localizado o Museo Botero. Quando o tema é arte, talvez nenhum colombiano seja tão conhecido quanto Fernando Botero. O artista é famoso por suas esculturas e pinturas que reproduzem as formas humanas ou animais de maneira mais avantajada, com uma aparência acima do peso.

Museu Botero: mais de 200 obras doadas pelo artista

O museu Botero foi inaugurado no ano 2000 após uma doação feita pelo próprio artista de mais de 200 obras de sua coleção pessoal ao Banco da República (quadros de sua autoria e também de outros artistas). A visita é gratuita e imperdível!  

Chorro de Quevedo

Ainda em La Candelária está outra das atrações obrigatórias de Bogotá é a praça de Chorro de Quevedo. É nela que tudo começou: esse seria o ponto exato da guarnição militar do conquistador espanhol Gonzalo Jiménez de Quesada que resultou na fundação de Bogotá em 6 de agosto de 1538.

Entretanto, o nome “Chorro de Quevedo” veio bem mais tarde, quando a área foi comprada pelo Padre Agustin Quevedo. No ano de 1832, Quevedo inaugurou uma fonte de água pública para os moradores da região, e ela foi apelidada de “Chorro de Quevedo” (em português, o jorro de Quevedo). O nome pegou e permanece até hoje.

Após um longo período de abandono, a região passou por imensa degradação e ficou dominada pela violência. Até que a partir de 1969 iniciou-se um processo de revitalização, onde a praça foi reconstruída com base em imagens e modelos antigos. Nesse mesmo ano, a pequena Capela de São Miguel de Príncipe foi construída à imagem da primeira igreja de Bogotá.

Chorro de Quevedo

O processo de revitalização deu super certo, e atualmente a praça é cercada por cafés, restaurantes e lojas de artesanato, sendo muito frequentada por turistas e especialmente pelos jovens de Bogotá. Todos em busca da atmosfera que reúne ao mesmo tempo história e renovação. E em busca da chicha também, é claro! Se você procura por uma imersão na cultura local, o Chorro de Quevedo é “O” lugar onde você deve experimentar a “Chicha“, uma bebida milenar a base da fermentação do milho que é considerada um verdadeiro elixir com poderes místicos. Estima-se que em um final de semana sejam consumidos mais de 600 mil litros da bebida (!) somente nas cerca de 20 chicherias da estreita Callejón del Embudo, a rua que leva até a praça.

Uma das muitas chicherias

Mas além da chicha, a rua também atrai turistas por conta do brilhante trabalho de artistas de rua colombianos que a transformaram em um verdadeiro museu a céu aberto.  

Um dos trabalhos mais famosos é esse abaixo, representando uma mulher índia olhando para o céu. A riqueza de detalhes e as cores impressionam.

Bairro Egipto

Segundo bairro mais antigo de Bogotá, a região do Bairro Egipto é praticamente uma extensão de La Candelária. Entretanto, por ter sido dominada muito tempo pelo tráfico e pela violência dos anos de Pablo Escobar, essa é uma das poucas partes de Bogotá que ainda não está plenamente recuperada. Ainda em processo de revitalização, a região é visivelmente mais pobre e tem na arte de rua e na Iglesia Nuestra Señora de Egipto seus principais pontos de interesse.

Bairro Egipto

Estivemos por lá rapidamente durante o dia, e sinceramente não vimos nada nem fomos abordados por ninguém. Nos sentimos até mais seguros do que em muitas regiões aqui do Brasil. Mas de qualquer forma, fica a dica de se informar bem com os locais como está a situação da violência no momento da sua viagem para decidir ou não pela visita.

Cerro de Monserrate

Além da visita a região de La Candelária, o Cerro de Monserrate é outra importante atividade turística e um dos símbolos de Bogotá. Com 3200 metros de altitude, é um dos pontos mais altos da cidade e oferece belas vistas de Bogotá.

Cerro de Monserrate

Existem 3 maneiras de chegar até o topo do Cerro: a pé (mas ladeira e altitude não é uma combinação muito legal); de funicular ou de teleférico. Até dezembro de 2018 daria pra dizer que o passeio era 100% seguro, mas pela primeira vez na história houve um acidente com o teleférico (sem vítimas fatais, mas ainda assim, um acidente). Isso fez com que o teleférico ficasse fechado durante um tempo para manutenção, e a única opção fosse apenas o funicular. Independente do transporte escolhido, o preço de ambos é de cerca de R$15 (só a subida) ou R$25 (ida e volta).

Além das belas vistas da cidade, lá no topo de Monserrate fica o Santuário do Senhor Caído. Fundada em 1640, a igreja é ponto de peregrinação dos fiéis e um dos atrativos para as cerca de 3 milhões de pessoas que todo ano visitam o local.

Destaque ainda para as muitas lojinhas de produtos típicos e barracas de comida. Apesar de ser uma zona turística, os preços são razoáveis e é uma boa oportunidade de experimentar iguarias locais, entre elas o tradicional (e polêmico) chá de coca! A bebida é super comum nos países andinos por conta de ajudar no combate aos efeitos da altitude no organismo.

Experimentando o chá de coca

O momento ideal para fazer a subida ao Cerro de Monserrate é o final da tarde, pegando ainda um período de dia claro combinado ao momento do por do sol. De preferência num dia de poucas nuvens, é claro! 🙂

A seguir, um mapa com o resumo do primeiro dia do nosso roteiro em Bogotá:

Dia 2: Santa Fé e “El Septimazo”

O segundo dia pode ser inteiramente dedicado a região de Santa Fé, mais ao norte em relação a La Candelária e ao centro histórico. Todo o roteiro deste dia pode ser realizado inteiramente a pé.

Nessa região, o foco está na diversidade. Em uma parte do bairro fica localizado o chamado “Centro Internacional” de Bogotá. A partir dos anos 60, a construção de diversos edifícios altos fez com que as empresas e escritórios que antes funcionavam no centro histórico migrassem para essa região. Ao mesmo tempo, houve toda uma preocupação com a construção de espaços de lazer, praças, parques, centros culturais e áreas destinadas aos pedestres, o que torna essa região uma das mais interessantes da cidade.

Já ao lado está La Macarena , região que fica “escondida” entre as montanhas de quase 3500 metros de altitude (a direita no mapa) e os imponentes edifícios empresariais do vizinho Centro Internacional. As inúmeras ladeiras, as casas coloridas e os ateliers de artistas locais atribuem charme e personalidade própria ao bairro. Dadas as devidas proporções, dá pra dizer que é uma mistura do clima de Santa Teresa (RJ) com Montmartre (Paris) e Olinda (PE). Deu pra imaginar? Rsrsrs

Toda essa mistura de edifícios altos e pessoas engravatadas convivendo com parques, museus e artistas de rua conferem um charme único ao bairro de Santa Fé, proporcionando um dia repleto de atividades.

Torre Colpatria

Falando em edifícios altos, a Torre Colpatria é um dos maiores edifícios de Bogotá (durante muito tempo foi mesmo o maior prédio da cidade com seus 171 metros de altura). Durante os dias de semana após o horário comercial e nos finais de semana durante todo o dia é possível subir até o topo da torre no andar 48 e ter uma visão privilegiada de toda a cidade. Como fizemos esse roteiro em um sábado, começamos o dia com a visita a Torre Colpatria (em outros dias da semana é necessário verificar o horário de funcionamento). O ticket de entrada pode ser comprado na hora e custa cerca de R$9 por pessoa.

Vistas da cidade do alto da Torre Colpátria

Em 2012 foram instalados grandes painéis de LED no exterior do edifício, que todas as noites se acendem com um espetáculo de cores e luzes de imagens relacionadas à Colômbia. As luzes podem ser vistas à distância de diversos pontos da cidade, mas vale revisitar a região a noite para conferir bem de perto.

Torre Colpátria iluminada a noite

Em Santa Fé se concentram ainda mais alguns importantes museus de Bogotá, entre eles o Museo Nacional, o Museo del Oro e o MAMBO (Museu de arte moderna). Vale a pena escolher ao menos 1 deles, ou então fazer como nós e visitar os 3! Rsrsrs

Museo Nacional de Colombia

Construído em 1823, o Museu Nacional de Colômbia é o museu mais antigo do país. Uma curiosidade é que o belo edifício do Museu foi originalmente uma penitenciária.

Seu acervo divide-se em quatro coleções: arte, história, arqueologia e etnografia. Sua coleção de arte colombiana, latino-americano e europeu inclui pinturas, desenhos, esculturas, instalações e artes decorativas desde o período colonial até a atualidade. O acervo nos surpreendeu positivamente pelo tamanho e pela variedade, contando inclusive com obras de Fernando Botero. O pátio/jardim interno também é bem bonito. Vale a visita! (Entrada: R$5 por pessoa – gratuita aos domingos)

Museo Nacional de Colombia, em Bogota

Museo del Oro

Fundado em 1939, o Museu do Ouro de Bogotá é considerado um dos maiores e mais importantes museus do ouro em todo o mundo. No acervo, trabalhos e esculturas pré-colombianos que utilizam como matéria-prima fundamental o ouro da região, necessariamente ligados à rotina e ao cotidiano da população, exposto em salas no segundo e no terceiro andar.

Museo del Oro

A estrutura proposta para a visitação segue um itinerário pré-determinado, mas é possível fazer a visita no seu ritmo, focando nos temas de maior interesse. A entrada custa o equivalente a R$5,00 (gratuito aos domingos).

MAMBO – Museu de arte moderna de Bogotá

O Museu de arte moderna de Bogotá (MAMBO) é o terceiro importante Museu localizado nos arredores de Santa Fé. Com entradas custando a partir de R$15, recomendamos a visita apenas para quem tem interesse especial nesse estilo. Dos 3, seria o mais “dispensável” na nossa opinião. O maior destaque fica por conta do próprio edifício onde funciona o museu.

Plaza de Toros Santamaria

A Plaza de Toros Santamaria é uma antiga praça de touros (local onde eram realizadas as touradas). Com a proibição da atividade, o espaço foi adaptado como um centro cultural para shows e eventos.

O belíssimo exterior nos despertou o interesse de conhecer a atração por dentro, mas descobrimos que ela não era aberta ao público. Entretanto, explicamos para o senhorzinho da segurança que éramos brasileiros, e ele prontamente se ofereceu a nos deixar entrar para conhecer o local! 🙂 Uma pena não ser aberto, já que apesar da finalidade original ser terrível (as touradas) o local é muito interessante.

Parque de la Independencia, Quiosco de la Luz e Letreiro Bogotá

Na sequência, a dica é visitar o tradicional Parque de La Independencia, um dos mais antigos de Bogotá. Foi construído em 1910 para comemorar o primeiro centenário da Independência , em 20 de julho de 1810 . Sempre bastante movimentado durante o dia, é em uma das entradas do parque que fica o letreiro de Bogotá – atração que se tornou clichê em muitas cidades, as que em geral nós viajantes adoramos fazer o registro. Rsrsrs.

Letreiro Bogotá

Além de caminhar pelo parque e curtir uma das principais áreas verdes do centro de Bogotá, vale aproveitar para conhecer o Quiosco de la Luz. Construído a mais de 100 anos, o quiosque de planta octogonal pode até passar desapercebido, mas simbolicamente tem papel de relevância na cidade. Foi o primeiro do tipo a ser construído na Colômbia, e era responsável por abrigar a aparelhagem elétrica que gerava energia para a Plaza Bolívar, a principal da cidade. Atualmente exerce função apenas decorativa em meio ao parque.

El Septimazo

Uma dica bem legal que recebemos de locais e que quase não vimos em outros blogs ou sites brasileiros de viagem é a experiência do “El Septimazo“. O nome é derivado da ‘Carrera 7’, uma das mais importantes ruas do centro de Bogotá. De um movimento iniciado na década de 1960 pelos próprios moradores locais visando a ocupação da rua para entretenimento e lazer, a região e toda a atividade comercial da região foi sendo modificada. O hábito de caminhar pela Carrera 7 tornou-se uma tradição, e o crescimento do comércio formal e informal nos arredores fez a Carrera 7 virar uma referência como espaço para o artesanato, a gastronomia local, cultura e arte. A toda esse fenômeno de mobilização do coletivo urbano deu-se o nome de Septimazo

Esse processo culminou no fechamento total da rua para carros. Desde 2016, uma ciclovia permanente foi aberta e todo um projeto urbanístico transformou a Carrera 7 em um enorme e arborizado caminho para pedestres. Agora, a experiência do Septimazo acontece 7 dias por semana, 24 horas por dia. Uma experiência única e democrática de integração com a cultura local e com a atmosfera real da cidade de Bogotá.

Uma ótima forma de terminar o dia é jantando em um dos descolados restaurantes de La Macarena e arredores, como o Leo Cocina y Cava ou o Santa Fé Restaurante.

A seguir, um mapa com o resumo das principais atividades do segundo dia do roteiro em Bogotá.

Dia 3: Catedral de Sal de Zipaquirá, Usaquen e Parque de la 93

Para o terceiro dia em Bogotá recomendamos utilizar o período da manhã para um passeio até os arredores de Bogotá e na sequência conhecer a área mais ao norte da cidade – no caso de Bogotá, a zona mais “nobre”.

Catedral de sal de Zipaquirá (passeio de 1/2 dia)

Se fosse preciso indicar um único passeio para fazer nos arredores de Bogotá, a gente não pensaria duas vezes: Catedral de Sal de Zipaquirá. Talvez você nunca tenha ouvido falar dessa Catedral, ou saiba pouco sobre ela. Tudo que eu posso dizer é que é INCRÍVEL como a Catedral de Sal de Zipaquirá não é tão famosa ou reconhecida quanto deveria. Uma Catedral subterrânea, escavada em uma imensa montanha de sal e que recentemente ganhou o título de “maravilha do mundo” não pode ficar de fora da viagem pela Colômbia.

Além de ficar próxima a Bogotá (1 hora de distância), o custo total da visita é bem razoável, é possível conhecer tudo em uma manhã, e de fato é uma atração única no mundo. Além disso, toda a estrutura turística da Catedral de Sal é de primeiríssimo mundo. Não deixa nada a dever a grandes atrações do planeta.

+ Leia mais sobre a visita até a Catedral de Sal de Zipaquirá

Usaquen (Mercado de Pulgas aos domingos e feriados)

Na volta de Zipaquirá, a sugestão é se manter na zona Norte de Bogotá. Comece por Usaquén, um dos bairros mais charmosos de Bogotá. Até o início do século 20 a região concentrava grandes fazendas e casarões coloniais, e muito dessa arquitetura foi preservada. O resultado é que atualmente o bairro mistura o moderno e o colonial, e vem se tornando um polo cultural. Atrai não só os turistas mas principalmente os locais.

A mais famosa atração do bairro é o Mercado de Pulgas de Usaquén, que acontece todos os domingos e feriados nos arredores do Parque de Usaquén, a pracinha central. Por isso, se possível, o ideal é colocar esse dia de roteiro em um domingo ou feriado.

O mercado de pulgas de Usaquen lembra muito outras atrações similares de nossos países vizinhos sulamericanos, como a feira de San Telmo de Buenos Aires, ou a feira Tristan Narvaja em Montevidéu. Ótima oportunidade para comprar souvenirs de viagem e experimentar iguarias da culinária local.

Entretanto, mesmo que não seja dia do mercado de pulgas, o bairro reúne outros atrativos como a Igreja de Santa Bárbara (construída no século XVII).

Usaquén também se destaca na gastronomia, e opções não faltam para o almoço, de cafés a restaurantes gourmet. Para quem curte café e quiser uma rápida imersão na variedade de estilos da produção local, não deixe de ir ao Catación Pública. Além de cursos (para quem dispõe de mais tempo), o local serve cafés de todas as regiões do país, e você ainda escolhe o método de preparo (prensa francesa, alemã, tradicional, etc). Na mesma rua, há poucos metros, fica a simpática Nova Pastelaria, com ótimas opções para o brunch dominical (não deixe de experimentar a “água de panela”, bebida típica a base de rapadura). Entre os restaurantes, o imperdível La Provence de Andrei traz o melhor da culinária francesa – sempre com um toque colombiano, é claro. Um dos melhores de toda a viagem.

Zona T e Parque de la 93:

Nessas duas zonas bem próximas ficam concentrados alguns dos melhores cafés, bares, restaurantes e lojas de grifes famosas de Bogotá, além da maior parte dos grandes shoppings da cidade. Nem precisa falar que os pontos fortes da região são compras e a agitada vida noturna, né? Mas esteja preparado para gastar, já que é uma das áreas mais valorizadas de Bogotá.

Toda a região e seu entorno são muito limpos e trazem bastante segurança para o turista. Ao mesmo tempo, pode ter um certo ar de “artificialidade”, um clima de “shopping a céu aberto” que nem todo mundo gosta.

Parque de la 93 | Imagem: divulgação

Vale destacar especificamente os arredores do chamado “Parque de la 93”, um dos novos polos gastronômicos de Bogotá. Abandonada até o início dos anos 90, a região no entorno do parque passou por um imenso processo de revitalização promovido pelos próprios moradores locais. Hoje é uma das zonas mais nobres e movimentadas de toda a cidade, misturando áreas comerciais e residenciais, supermercados, comércio de rua, além de boas opções de bares, cafés e restaurantes. Uma dica é aproveitar a noite para experimentar a cerveja local na Bogota Beer Company.

Abaixo no mapa, um resumo do nosso 3º dia de roteiro em Bogotá, na Colômbia.

Dia 4: atividades extras em Bogotá e arredores

Se você ainda tem um dia extra para curtir Bogotá, já dá tempo de sair dos roteiros turísticos mais tradicionais e explorar algumas atividades menos conhecidas. Seja em Bogotá ou nos arredores da cidade.

Quebrada las Delicias

Para quem gosta de trilha, caminhada e principalmente contato com a natureza, um passeio imperdível e pouco divulgado de Bogotá é visitar a reserva natural da Quebrada de las Delícias.

Até os anos 80 e 90 essa área era completamente dominada pelo narco-tráfico e pelas comunidades ao redor que despejavam seu esgoto e lixo na natureza. Em um projeto que envolveu a conscientização dos moradores locais, a recuperação ambiental fez com que a Quebrada voltasse a ser um espaço ideal para o turismo de natureza. Muitas trilhas ecológicas, vegetação nativa, belos mirantes, poços e cachoeiras que se tornaram uma das melhores fontes de água da cidade.

É recomendável fazer o passeio com um guia, já que a área não é muito bem sinalizada (agendamos diretamente com o escritório de turismo de Bogotá).

Plaza de Mercado Paloquemao

Para quem é fã de mercados públicos (como nós) Bogotá possui um exemplar bem “raiz”: a Plaza de Mercado Paloquemao. Um programa super local, zero voltado para os turistas, onde você poderá conhecer (e provar) uma imensa variedade de frutas, legumes e produtos típicos da região. Fica um pouco afastado de tudo, mas vale a pena para quem tem um tempo extra na cidade.

Mercado Paloquemao

Villa de Leyva

Uma vila colonial que preserva o clima do passado. Essa é Villa de Leyva, uma das boas opções de passeios de dia inteiro nos arredores de Bogotá. O passeio com motorista particular leva ao todo cerca de 10 horas a partir de U$70 por pessoa. Antes de chegar à vila, você terá a opção de visitar outros dois pontos turísticos próximos – escolhendo entre Lagunas Azules, Casa de Barro, El Fossil e El Infiernito.

+ Leia mais sobre a viagem de Villa de Leyva por transporte particular

Laguna Guatavita

Uma dobradinha típica para quem visita a Catedral de Sal de Zipaquirá é incluir no passeio a Laguna Guatavita. Com suas águas cristalinas e muitas histórias relacionadas aos povos indígenas, a visita pode valer a pena para quem tem mais tempo em Bogotá (já que amplia a duração do passeio de meio dia para um dia inteiro).


Onde ficar em Bogotá: dicas de hotéis e melhores bairros

Por ser uma cidade grande, toda região terá seus prós e contras. Recomendamos especialmente pesquisar opções em La Candelária, La Macarena, Zona T, Parque de la 93 ou Chapinero. Entre os hotéis, o Villar America é indicado para quem procura bom custo-benefício. Os quartos são amplos e contam inclusive com cozinha completa! Outra opção certeira é o internacional e sempre excelente Hilton Bogotá. Já no coração do centro histórico, uma boa opção é o charmoso Hotel Casa Deco com seu inconfundível estilo colonial. Para saber mais, leia nosso post completo sobre onde se hospedar em Bogotá:

+ Onde ficar em Bogotá: dicas de hotéis e melhores bairros da capital colombiana

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Onde comer e beber em Bogotá

Veja nossa lista completa com sugestões de restaurantes, bares e cafés para comer e beber em Bogotá, na Colômbia.

+ 11 restaurantes em Bogotá: dicas de onde comer e beber na capital da Colômbia

Onde fazer câmbio em Bogotá

Como é padrão em viagens a países sul-americanos, o melhor é deixar para fazer o câmbio no próprio país de destino. Na Colômbia não é diferente. É muito mais vantajoso adquirir os pesos colombianos em casas de câmbio locais do que fazer a conversão ainda no Brasil. Nós levamos o dinheiro dividido em dólares e reais, e sinceramente vimos pouca diferença entre as cotações. Uma dica para fazer câmbio em Bogotá é o Centro Comercial 93, uma galeria próxima ao Parque de la 93. Por lá se concentram diversas casas de câmbio, e você pode ir de uma em uma perguntando a cotação para escolher a melhor do dia.

Como se locomover entre o aeroporto El Dorado e o seu hotel em Bogotá

Como de costume na maioria das cidades, o aeroporto internacional de Bogotá fica distante do centro da cidade e das zonas mais turísticas (mínimo de 30 minutos de carro). A melhor forma de se locomover entre o aeroporto e seu hotel é contratando um serviço de transfer em carro particular. Recomendamos contratar através da Get Your Guide pelos links abaixo (custo a partir de U$11 por passageiro).

+ Traslado do aeroporto internacional El Dorado até o centro de Bogotá

+ Traslado do centro de Bogotá até o aeroporto internacional El Dorado

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Escrito por
Augusto
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