Nosso roteiro por Nuremberg consistiu em um total de 5 dias: o dia de chegada, vindo de Frankfurt (que só começou pra valer a partir das 12:30); o dia de saída às 10h da manhã para Munique; 2 dias “full-time” por Nuremberg e 1 dia de bate e volta para Bamberg.
Dia 1 – Até breve, Frankfurt! Olá, Nuremberg! 🙂
Chegamos na cidade de trem, após cerca de 2h de viagem, por volta das 12h. A hauptbanhof (estação central) é muito, mas MUITO perto do centro histórico, como pode ser visto na foto.
Pra quem chega pela estação central, há uma passagem subterrânea que dá diretamente no Königstor, um dos portões de entrada desse centro histórico – não precisa nem atravessar rua com as malas. Pra quem vai ficar hospedado por essa região (como era o nosso caso), é uma mão na roda!
Me arrisco a dizer que do desembarque do trem até encontrar o hotel Privathotel Probst levamos menos de 15 minutos! Em termos de localização, a gente não poderia esperar nada melhor: estávamos pertinho da estação central e dentro da muralha que cerca o centro histórico (que é onde você provavelmente vai passar 99% do tempo na cidade).
Check in feito, devidamente instalados no hotel, fomos logo pra rua pra almoçar e depois conhecer a cidade. Estávamos bem pertinho da Handwerkerhof Nürnberg, uma espécie de feira/mercado com produtos típicos, artesanatos, itens de colecionador, e claro, restaurantes.
Uma das boas opções de restaurantes que pesquisamos dentro desse mercado era o Bratwurstglöcklein im Handwerkerhof. Restaurante típico, de comida tradicional alemã, e cujo carro chefe eram as famosas Nuremberger Wursts (as salsichas de nuremberg). Elas são bem menores e mais fininhas do que no restante do país (mais ou menos a medida de um dedo), e apesar de serem servidas em quase todo o país, são a representação mais típica da gastronomia de Nuremberg.
No post de restaurantes em Nuremberg a gente conta mais sobre esse e todos os restaurantes da viagem, mas o que dá pra dizer é que foi sensacional. Simplesmente a melhor salada de batatas que já comi na vida! 🙂
Depois do almoço, a ideia era caminhar livremente pela principal rua da cidade, a KonigStrasse, em direção ao mercado de Natal de Nuremberg (o maior e mais famoso do mundo). Como era domingo, sabíamos que a maioria das lojas estariam fechadas, então queríamos aproveitar para nos ambientarmos e admirar as belíssimas construções da cidade. A cidade estava bem cheia – descobrimos na hora que Nuremberg é um alvo de turistas alemães nos finais de semana dessa época justamente pelo seu mercado de Natal. As ruas estavam tomadas de decoração natalina e anúncios indicando as direções para o mercado.
Caminhamos bem lentamente pela rua, aproveitando para admirar a arquitetura, cada fachada, cada construção histórica. Nuremberg é uma cidade incrível pra quem aprecia a arquitetura de cidades medievais.
Apesar de ter sido quase que totalmente destruída na 2ª Guerra Mundial, o trabalho de reconstrução por toda a cidade é primoroso, e por alguns momentos você se sente mesmo em uma aldeia de outros tempos.
No caminho, aproveitamos para visitar a Lorenzkirche (Igreja de São Lourenço) e admirar sua arquitetura Gótica. A visitação é gratuita, e as fotos sem flash são liberadas em todo o interior da igreja.
Mais adiante, atravessamos a ponte MüseumBrucke sobre o rio Pegnitz, que corta a cidade. O visual do lugar é incrível, e mesmo com o tempo um pouco nublado e não ajudando muito, foi impossível não parar para tirar algumas fotos. Da ponte se vê o Spital Apotheke zum Heiligen Geist, um antigo hospital que hoje funciona como restaurante e é um símbolo da arquitetura da cidade, sendo um dos cartões postais de Nuremberg.
Durante todo o caminho até aqui passamos por diversas barracas com iguarias natalinas, mas foi ao cruzar a ponte que demos de cara finalmente com o esperado e famoso Mercado de Natal de Nuremberg. O mercado é realmente gigante, ocupa umas 3 ou 4 praças principais ali do centro, a partir da Hauptmarkt e subindo em direção ao castelo Imperial de Nuremberg. Uma particularidade que não é comum a todas as cidades é que o mercado de Nuremberg se divide em uma versão para crianças (o “Kinderweihnacht” ou “Christkindlesmarkt”) e a versão “normal”, para todas as idades. Mas recomendo passear por cada canto de ambos os mercados, porque é uma experiência realmente indescritível.
Pra quem quiser saber mais sobre as comidas, bebidas e particularidades dos mercados de Natal na Alemanha, a gente preparou um post só sobre isso: Um guia sobre os mercados de Natal da Alemanha.
Outra especialidade de Nuremberg são os “Lebkuchens”, uma espécie de pão de mel. Se no Natal os mercados são repletos de barracas vendendo lebkuchens artesanais, durante o ano existem lojas especializadas por toda a cidade . Uma delas é a Wicklein Lebkuchen, uma das poucas lojas abertas no domingo em Nuremberg, e que mesmo lotada, valeu a visita! Pudemos degustar vários estilos de Lebkuchen (dos mais simples até os mais condimentados, com muitas nozes, gengibre e castanhas em geral), e acabamos comprando vários para dar de presente. 🙂
Outras 2 lojas incríveis que encontramos por ali foram a Käthe Wohlfahrt (a mais famosa loja de artigos natalinos do mundo) e a Briefmarken Müzen Edelmetale (loja de selos, moedas, cédulas e demais artigos de colecionador). Em ambos os casos, pra quem gosta, vale demais a visita!
A Hauptmarkt nos reserva ainda a belíssima Frauenkirche Nürnberg (Igreja de Nossa Senhora), também do estilo gótico, de visitação gratuita.
Depois de tudo isso estávamos um pouco cansados e resolvemos voltar para o hotel pra cochilar um pouco e descansar pra aproveitar melhor a noite, jantar num lugar legal e visitar o mercado natalino com as luzes todas acesas. Apesar de parecer muuuuuuita coisa, toda essa parte do roteiro foi feita em cerca de 4 horas no máximo. O centro histórico de Nuremberg é muito pequeno (cerca de 4km de um extremo a outro), e dá pra conhecer tudo a pé e muito rápido. Decidimos voltar pelas ruazinhas paralelas a KonigStrasse para conhecer mais sobre a cidade no caminho.
Com as baterias recarregadas, refizemos a noite o mesmo caminho pela KonigStrasse pra aproveitar o mercado de Natal a noite, com tudo iluminado. No caminho, mais fotos! Foi impossível não registrar a beleza do Spital Apotheke zum Heiligen Geist a noite e a Schöner Brunnen, essa escultura iluminada bem no centro do mercado de Natal.
Acabamos não comendo nada no mercado de Natal, nos guardando para o jantar. Optamos pelo Böhms Herrenkeller, que era bem pertinho do nosso hotel e que ainda estava aberto e com algum movimento por volta das 21:20. Aqui vale uma dica, os restaurantes de Nuremberg em geral encerram a cozinha as 22h, principalmente em um domingo. Então, programe-se pra jantar cedo. 🙂
Depois do jantar, nada mais estava aberto na cidade, e com o frio por volta dos -2ºC, só restava voltar para o hotel e descansar pra aproveitar bem o próximo dia de viagem. 🙂
Aí embaixo tem um mapinha com um resumão dos principais pontos que visitamos nesse dia.
Dia 2 – Bate e Volta em Bamberg
Segunda-feira, dia de museus fechados, aproveitamos pra fazer um bate e volta até a cidade de Bamberg. Nesse dia, acordamos e fomos direto para a Hauptbanhof (não sem antes tomar café na Yorma’s da estação e seu incrível e delicioso capuccino de 1 euro).
Compramos o ticket para Bamberg na hora mesmo. Apesar da sugestão ser sempre de comprar as coisas com muita antecedência, no caso da viagem Nuremberg-Bamberg existem 3 tipos de bilhetes possíveis: o ticket “convencional” de cada trecho da viagem,que é CARÍSSIMO, muda de preço diariamente e não recomendamos; 2) o Bayern-Ticket que custa cerca de 28 euros, pode ser comprado no próprio dia e dá direito a andar o dia inteiro de trem para grupos de até 5 pessoas; ou 3) o “Tages Ticket“, uma espécie de “ticket-família” que é específico para até 2 adultos acompanhados de até 4 crianças e/ou cachorros (sim, é isso mesmo), também pode ser comprado no próprio dia, também vale pelo dia todo e que nos custou somente 19,10 euros (esse preço é fixo). Essa dica quem nos deu foi o atendente da Deutsche Bahn, então a recomendação é: especificamente para esse bate e volta, deixe para comprar no dia da viagem, e pergunte no guichê da empresa qual a melhor opção de bilhete para o seu caso (acredite, o atendente não vai te enrolar e empurrar o mais caro). Se estiver em casal, com ou sem filhos, a melhor opção será sempre o “Tages Ticket“. 🙂
Pegamos o trem por volta das 9:30 e antes das 10:30 já estávamos passeando por Bamberg. Recomendamos bastante esse bate e volta partindo de Nuremberg: a viagem dura menos de 1 hora, não é cara (gastamos somente os 19,10 euros no bilhete de ida e volta para o casal), e a cidade é lindíssima. Pra quem gosta de cerveja então, Bamberg é só alegria! Quer saber como foi esse bate e volta? Leia tudo no post: “A encantadora Bamberg: roteiro de 1 dia“
Dia 3 – Nuremberg Card, Museus, Kaiserburg e tour por um Bunker
Depois de aproveitar bastante o passeio por Bamberg, era dia de dedicar um dia completo a Nuremberg. Começamos o dia com o belíssimo café da manhã do hotel Garni Probst, onde estávamos hospedados, e por volta das 10:30 saímos para “começar os trabalhos”. 🙂
Como teríamos na sequência 2 dias consecutivos inteiramente dedicados a Nuremberg, optamos por adquirir o “city card” de Nuremberg, um daqueles cartões que dão direito a visitar as principais atrações turísticas da cidade e utilizar toda a rede de transportes por um custo fixo (no caso, de 25 euros por pessoa). Os cartões podem ser comprados em lojas de informações turísticas (nós compramos nessa aqui). No nosso caso, o cartão valeu muito a pena, nem tanto pelo transporte (em Nuremberg dá pra fazer 99% da programação a pé), mas pela entrada liberada nos museus e atrações durante esses 2 dias. Contamos tudo no post : “Nuremberg Card + Fürth: vale a pena?“
Ah, uma dica: na mesma lojinha de informações turísticas, eles tinham a venda 2 playmobils de uma edição especial produzida somente na Alemanha: o Martin Lutero (em comemoração aos 500 anos da reforma protestante), e o Albrecht Dürer, pintor e cidadão mais famoso da história de Nuremberg. Lá eles custam 2 euros, e ao voltar para o Brasil, descobrimos que eles valem mais de R$100 cada um e são considerados raríssimos! Ah, se a gente soubesse….. :/
Com os cartões em mão, começamos a explorar a cidade. Já tínhamos estabelecido um roteiro com os principais museus e atrações que nos interessavam e que estavam incluídas no Nuremberg Card, e a primeira delas foi o Neues Museum, que ficava quase ao lado do nosso hotel.
O Neues Museum é um museu de arte moderna, e no seu acervo conta com pinturas, esculturas, fotografias, videos e instalações. painting, sculpture. Confesso que não faz muito o meu gênero, mas recomendo para quem gosta, ou para quem tem o Nuremberg Card, já que a visita é muito rápida e o prédio em si é de uma arquitetura bastante interessante.
Em menos de meia hora saímos de lá e seguimos até a nossa próxima parada, a Ultra Comix, um paraíso para nerds em geral e aficcionados por quadrinhos, filmes e séries. Em seus 4 andares a loja tem de tudo, de gravuras a jogos de tabuleiro, de toy arts a armaduras de cavaleiros medievais. Pra quem curte, vale a visita!
De lá seguimos acompanhando a muralha do centro histórico em direção a Jakobsplatz, onde encontram-se as igrejas e St. ElisabethKirche. Interessantes, mas nada de espetacular (pode ser dispensado em um roteiro com menos tempo na cidade).
Bem pertinho dali fica a Ehekarussell, uma escultura imensa, meio macabra mas bastante interessante. Ela representa todo o ciclo do casamento, desde o namoro até a morte. O.o
Continuamos em direção a Henkersteg, outra das pontes que cortam o rio Pegnitz. Ponte e visual lindíssimos, daquele tipo de lugar que pra onde você aponta a câmera, a foto sai incrível. 🙂
Pra completar, em um dos trechos a ponte é coberta, e tinha um músico tocando músicas medievais em um acordeão que faziam o clima do momento ficar quase mágico.
A ponte nos levou até a região chamada de Weinstadel (na tradução, “depósito de vinhos”), que pelo que consta no passado foi uma região utilizada para uma espécie de quarentena para os leprosos. Apesar disso, hoje é uma região residencial linda, repleta de pequenas ilhas, pontes, ruazinhas, culminando na incrível Weißgerbergasse, uma rua que concentra a maior quantidade de casinhas artesanais no estilo enxaimel de Nuremberg.
A próxima parada foi o Spielzelgmuseum, ou Museu do Brinquedo. Mais uma atração incluída no Nuremberg Card, e que vale a pena para quem se interessa pelo tema. O destaque acaba sendo sempre para os brinquedos da época do Nazismo, que estampam soldadinhos com a suástica, aviões, tanques e todo tipo de referência a esse período tenebroso da história alemã. Dá pra visitar tudo em cerca de 30/40 minutos.
Bem pertinho dali fica a imponente Sankt Sebaldus Kirche, de estilo gótico.
Nosso planejamento nesse dia estava bem apertado. Eram cerca de 15:00 e decidimos almoçar bem rapidinho no Hutt’n, restaurante que já havíamos mapeado como uma boa opção na região. Conseguimos o objetivo: comemos bem, rápido, e ainda ficamos estrategicamente localizados para partirmos para o próximo ponto do nosso roteiro: o Kaiserburg, ou “Imperial Castle” de Nuremberg.
O “Castelo Imperial” é mais uma das atrações incluídas no Nuremberg Card. Chegamos por volta das 15h30 (no inverno ele fecha para visitações as 16h), e nessa época do ano a visita consiste em 3 partes: 1) Interior do castelo e seu vasto acervo ; 2) Subida a Sinwellturm, (a torre do castelo); 3) Fonte “Tiefe Brunnen”, onde fica o poço do castelo. Os jardins do castelo não ficam abertos nessa época, mas no verão podem ser visitados. Nosso cronograma ficou bem corrido, apesar de ter dado tempo de passar por tudo, mas aconselho a chegar um pouquinho mais cedo (De 45 minutos a 1 hora seriam suficientes para fazer tudo com calma).
De qualquer forma, o melhor momento do dia para ir ao Kaiserburg é no final de tarde, no horário de encerramento das visitações. Nesse momento, é possível ver e fotografar o por do sol na cidade de Nuremberg, tanto de cima da torre quanto da base do castelo.
É no horário de encerramento das visitações que acontece também uma espécie de “demonstração” envolvendo a 3ª parte da visita, no poço do castelo. Uma funcionária do Kaiserburg leva os visitantes ao redor do poço, conta sobre sua história e sua impressionante profundidade de quase 50 metros. Nesse momento ela enche uma jarra com água e joga a água pelo poço, e somente 5 segundos depois ouvimos a água bater no fundo. Na sequência, ela aciona o mecanismo que desce o balde (em teoria com uma câmera acoplada) até o fundo do poço, e podemos acompanhar a descida por uma tela (nós achamos que na verdade eles exibem um vídeo previamente filmado com a descida, mas de qualquer forma, vale a experiência).
Por volta das 16h15 fomos até a Albrecht Dürer Haus, outra das atrações incluídas no Nuremberg Card. É a casa do Albrecht Dürer (lembra dele, do playmobil que mencionamos lá no início?). Pois é, ao longo da viagem fomos “descobrindo” que o Albrecht Dürer é “o cara” de Nuremberg: tem restaurante com o nome dele, hotel, museu, exposições, tudo dedicado ao cidadão mais ilustre da história da cidade e a figura principal da arte alemã do século XV.
A Albrech Dürer Haus é a casa onde vivia e trabalhava o pintor Albrech Dürer, e que foi transformada em um museu. Confesso que só fomos por estar incluída no nosso cartão da cidade e porque tínhamos tempo livre até as 17h, mas a visita é interessante. Além de algumas pinturas e obras do artista, é interessante observar a disposição dos cômodos de uma casa do século XVI. Acabamos não conseguindo fazer fotos nossas, pois os equipamentos ficaram sem bateria e tivemos que deixar carregando no locker do museu enquanto fazíamos a visita.
Saímos de lá por volta das 16h50, e as 17h começava o tour guiado da “Historische Felsengänge Nürnberg” (sorte que é tudo pertinho em Nuremberg!). Bem resumidamente, é um tour pelos subterrâneos de Nuremberg e sua história, que termina dentro de uma cervejaria local, a AltStadtHof. O tour leva quase 1 hora e meia (é tudo a pé e sem banheiros no caminho), e escolhemos esse horário das 17h para não “perdermos” esse tempo de dia claro, já que nessa época do ano os dias são mais curtos.
O tour tem momentos bem interessantes, principalmente por quem se interessa por história de maneira geral e por fabricação de cerveja. O ponto negativo é que nesse horário o tour era em alemão, e por mais que tivéssemos um áudio guia, não tem a mesma riqueza de informações (em geral o áudio guia acabava em 3 minutos e o guia alemão ficava falando por uns 10 minutos em cada parada). Isso acabava deixando o tour um pouco monótono as vezes. Se você não fala alemão, nesse passeio específico vale muito a pena reservar o tour em inglês. Ah, o tour e o áudio guia também estão incluídos no Nuremberg Card! Viu como valeu a pena? 🙂
O tour ainda dá direito a uma mini-degustação da cerveja ou do whisky produzidos pela AltStadtHof. Nós até compramos uma caneca lindona como lembrança do passeio.
No fim dessa maratona de passeios e museus estávamos bem cansados. Decidimos voltar para o hotel pra descansar um pouco e só saímos mais tarde pra jantar em um restaurante próximo ao hotel, mas fora dos muros da cidade. Dessa vez optamos por um italiano pra variar da “overdose” de comida alemã: a Osteria del Centro. Contamos tudo sobre o jantar no post “Restaurantes de Nuremberg“.
Segue um mapa com o resumo de tudo que fizemos nesse dia:
Dia 4 – Um pouco mais da história de Nuremberg
No segundo dia inteiramente dedicado a Nuremberg, pela primeira vez teríamos necessidade de utilizar transporte público. Isso porque nosso roteiro previa a visita ao “Dokumentationszentrum Reichsparteitagsgelände“, ou simplesmente “Doku-Zentrum” (o Centro de Documentação do partido Nazista), e ao Zeppelinfeld, local onde Hitler fez alguns de seus mais importantes discursos nas convenções do partido. Os 2 locais ficam bem próximos um do outro, mas um pouco afastados do centro histórico de Nuremberg.
Fomos até a hautbanhof e pegamos num ponto bem em frente o “S3”, uma mistura de trem urbano com metrô de superfície, que nos deixou bem na porta do Doku-Zentrum em cerca de 15 minutos. Como estávamos com o Nuremberg Card, não precisamos fazer nada, só embarcar no trem. 🙂
A entrada no Doku-Zentrum e o áudio guia também estavam incluídos nos benefícios do cartão. Pra quem se interessa pela história da Alemanha, em especial do período do Nazismo, a visita vale muito a pena. O museu é muito organizado, com um acervo imenso e bem completo, exposto de forma muito didática e que te instiga a saber o que vem a seguir (você sai de lá com vontade de pesquisar mais sobre a história do país).
Destaque para o riquíssimo acervo em vídeo, que ajuda a tornar tudo mais “real” do ponto de vista do espectador que visita o local. Em cerca de 1 hora você consegue apreender uma quantidade razoável de informações, mas dá pra perder algumas boas horas por lá, dependendo do seu nível de interesse e disposição. Realmente imperdível.
Do museu caminhamos por cerca de 20 minutos em direção ao ZepellinFeld, circundando um lago imenso (e semi congelado) e curtindo o silêncio do local e a paisagem bastante bucólica e arborizada. Encontramos até uns patinhos que se alimentavam das sementes das árvores do local.
Logo na chegada ao Zeppelinfeld, nos surpreendemos com uma placa de “Entre por sua conta e risco” e um símbolo de uma caveira. É isso mesmo, apesar de ser um ponto turístico da cidade, a informação que consta por lá é que a prefeitura parou de investir na manutenção do local. Junte-se isso ao processo de depredação por parte dos turistas, e tem-se um estado de abandono. Conseguimos visitar rapidamente o local, mas não sabemos por quanto tempo isso ainda será possível. Uma pena… 🙁
Já era cerca de 14:30 quando pegamos o S3 de volta para Nuremberg. Ao chegar, fomos direto almoçar no Zur Baumwolle, mais um restaurante bem típico, onde fomos muito bem atendidos (saiba mais no post sobre restaurantes em Nuremberg).
Após o almoço, aproveitamos para passear um pouco mais pelo centro histórico e curtir o nosso último por do sol nessa cidade inesquecível.
Passamos o resto da tarde e início da noite passeando pelas lojas, curtindo os últimos momentos na cidade. Ainda tínhamos um último museu no planejamento, o Germanisches Nationalmuseum, que nesse dia (uma quarta-feira) ficava aberto até as 21h. Mais uma atração incluída no Nuremberg Card, é claro. 🙂
Chegamos no museu por volta das 19:30, e nos surpreendemos com o tamanho do acervo. O museu é simplesmente GIGANTE. Daria pra se perder por horas e horas ali dentro, em cada uma das alas que vão desde arte rupestre a pinturas e esculturas de nomes como Renoir e Rembrandt.
Gostamos bastante da visita, um museu que agrada a múltiplos gostos, imperdível pra quem gosta.
Por volta das 21:00, fomos caminhando novamente em direção a JakobPlatz em direção ao restaurante mais clássico da cidade: o Historische Bratwurstküche Zum Gulden Stern, que fica localizado numa casa construída em 1419.
Pra nós, brasileiros, é sempre muito impressionante visitar algo que já existe desde antes de sermos oficialmente “descobertos”. Contamos todos os detalhes da experiência nesse local histórico no post de restaurantes em Nuremberg.
A ideia a partir daí era voltar cedo para o hotel para arrumar as malas pois na manhã seguinte partiríamos para Munique. Entretanto, no caminho do hotel, encontramos um pub de cerveja artesanal, o Böheim Bier. Pra quem é cervejeiro como a gente, não dava pra ignorar esse “sinal divino”! Rsrs. Se cerveja alemã já é boa, imagina cerveja artesanal alemã? Entramos para conhecer, conversar um pouco sobre cerveja e, claro, degustar algumas.
Dali finalmente era hora de voltar para o hotel e nos prepararmos para mais uma viagem rumo a Munique. Aí embaixo tem um resumo do o roteiro do dia.
Dia 5 – Despedida de Nuremberg rumo a Munique
Dia de se despedir dessa linda cidade, de suas ruelas e construções medievais, e partir pra não menos empolgante Munique, terra da oktoberfest! \o/
Fizemos essa viagem de ônibus, pela empresa FlixBus, que recomendamos muito. Nosso ônibus saía as 11h40 da rodoviária de Nuremberg (que é bem perto da hauptbanhof e do centro histórico, coisa de 200m).
Os ônibus são muito modernos, limpos, saem na hora exata, chegam na hora exata, tem aplicativo pra acompanhar tudo certinho, e custam MUITO mais barato do que viajar de trem (contamos tudo no post: 6 razões para viajar de ônibus pela Alemanha). O lado negativo é que leva um pouco mais de tempo (fizemos esse trecho em cerca de 2h15, quando de trem seria cerca de 1h10), mas uma diferença de 13 euros por pessoa compensou – e muito! 🙂
Quer saber como seguiu a viagem por Munique? Então continua acompanhando pelo post: Roteiro de 6 dias em Munique.
Onde ficar em Nuremberg
Nossas sugestões pessoais de hotéis bons e baratos onde já ficamos hospedados em Nuremberg e arredores:
Ou consulte o mapa abaixo para pesquisar hotéis e apartamentos para se hospedar em Nuremberg, na Alemanha.
Booking.comMais atividades em Nuremberg
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Boa noite Augusto. Suas dicas são excelentes. Irei com minha família em Dezembro/23 para Nuremberg e gostaria de uma opinião sobre ficar hospedada dentro ou fora da muralha, pois meu receio é com relação a segurança para andar de noite, tendo em vista que escurece mais cedo. Se puder me ajudar, agradeço.
Olá Rosa! A cidade é super segura, especialmente nessa época de Natal. Ficar dentro da muralha é o ideal, mas as vezes é mais caro. Outra opção é ficar fora da muralha, mas próximo às entradas da cidade. Não aconselho ficar muito distante da cidade murada, já que tudo acontece por lá. Aqui no blog temos algumas dicas de hotéis em Nuremberg, vc chegou a ler os posts?
Boa viagem e aproveite!